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Gregório
Fortunato O Anjo Negro nasceu em 24 de maio de
1900 filho de um ex escravo (Damião Fortunato) e de Anna
Bairros, em São Luiz Gonzaga. Já viúva Anna vai
trabalhar nas fazenda dos Vargas, onde Gregório ajuda
nos serviços de peão. Aos 27 anos tem um filho (Abel,
teria em 36 Alberto e em 38 Jurema) e aos 29 se casa com
Juracy Lencina. Lutou na Revolução Constitucionalista
de 1932 o lado de Benjamim Vargas (irmão de Getulio),
onde se torna Tenente. Em 38 vai para o Rio servir
a guarda pessoal de Getulio. Tanto na deposição de
Getulio em 45 como no sua reeleição em 51, Gregório
continua ao lado do Presidente como seu fiel escudeiro.
Em 05 de agosto de 1954 ocorre o Atentado da rua
Toneleiros que deságua numa serie de eventos
que culminam na prisão de Gregório em 15 de agosto e no
suicídio de Getulio no 24 seguinte. Condenado a 25 anos
de prisão, reduzida a 10, Gregório foi morto na cadeia
em outubro de 1962 por um outro apenado numa briga.
Gregório foi transladado para o Cemitério Municipal de
São Borja sendo enterrado entre os túmulos de Vargas e
Goulart. Em 2004 foi lançado um livro pelo Jornalista
José Louzeiro que finalmente põem uma luz sobre o caso,
Louzeiro esclarece que Fortunato foi na verdade um
bode espiatório da família Vargas e não o
mandande de crimes, o comprador das terras dos Vargas e
outros. O crime teria sido planejado por Beijo, as terras
teriam sido compradas como forma de esconder a
fortuna Vargas. A verdade que Fortunato sabia devia ser
tanta que os seus diários, certamente incriminadores,
foram a única coisa que desapareceram de sua cela, nem
dinheiro, nem a corrente de ouro foram roubados. José
Carlos do Patrocinio - Jornalista, orador, romancista
que tornou-se a figura central do abolicionismo no
Brasil. Nascido em 08.out.1854 em Campos/RJ formou-se em
Farmacia e foi acusado em 1892 de conspirador, tendo sido
por isso exilado para Cacuhy/AM. Ocupou a cadeira 21 da
ABL. Morreu em 30.jan.1905 no RJ. Cruz
e Souza - Poeta simbolista catarinense
(24/11/1861-19/3/1898). João da Cruz e Souza nasce em
Desterro, atual Florianópolis, filho de escravos
libertos. É criado e educado pelos ex-senhores de seus
pais até 1870. Termina o estudo secundário e, após a
morte de seus protetores, trabalha como professor em
Florianópolis, onde publica várias crônicas
abolicionistas e suas primeiras poesias em jornais
locais. Durante muitos anos redige o jornal Tribuna
Popular, no qual combate à escravidão e o preconceito
racial. Em 1885 lança o primeiro livro, Tropos e
Fantasias. Cinco anos depois se muda para o Rio de
Janeiro, onde começa a trabalhar na Estrada de Ferro
Central e a colaborar no jornal Folha Popular. Sua
poesia, de grande musicalidade, é marcada pela
sublimação do amor e pelo sofrimento com o racismo, a
pobreza e a doença. Com o livro Broquéis (1893) dá
início ao simbolismo no Brasil. Escreve também Missal
(1893), Evocações (1898), Faróis (1900) e Últimos
Sonetos (1905), publicação póstuma, em que trata a
morte como única forma de alcançar a liberação dos
sentidos. Morre pobre, de tuberculose, na cidade de
Sítio (MG). Raimundo
Nina Rodrigues - Medico, sociologo e etnologo que
nasceu em 04.dez.1862 Vargem Grande/MA e faleceu em
17.jul.1906 em Paris. Durante sua vida fez estudos sobre
clinica forense, autopsias e medicina legal. Deixou
varias obras como As Raças Humanas, Africanos no Brasil
e outros. Antonio
Francisco Lisboa - Escultor mineiro apelidado de
Alaijadinho devido a molestia que o deformou por volta de
seus 40 anos. Nasceu em 1730 e faleceu aos 84 anos.
Deixou obras inigualaveis esculpidas (com os instrumentos
amarrados em suas mãos) em pedra-sabão nas cidades
historicas de Ouro Preto, Mariana, Congonhas, Sabará e
São João Del Rey Andre
Pinto Rebouças - Engenheiro, Matematico, e Fisico,
nascido em 13.jan.1838 em Cachoeira/BA e falecIdo em
09.mai.1898 em Funchal/Ilha da Madeira. Formou-se na
Escola Militar do RJ e em engenharia na França. Projetou
os portos do Maranhão, Fortaleza, Recife, e RGS e
vias-ferreas em todo o Brasil. Uniu-se a causa
abolicionista. Quando proclamada a Republica exilou-se
voluntariosamente a fim de acompanhar a Familia Imperial,
que sempre lhe apoiou, a Europa. |