| François
        Duvalier (14/abril/1907 - 21/abril/1971) Líder
        haitiano, foi político e medico (dai seu familiar nome,
        Papa Doc), foi ditador do Haiti entre 1957 e 1971. Nasceu
        em Port-au-Prince e foi educado na Faculdade de Medicina
        da Universidade do Haiti. De 1934 até 1946 Duvalier
        serviu em hospitais e clinicas especializando-se no
        tratamento de moléstias tropicais ganhando uma
        reputação como humanitarista. De 1946 até 1950 ele
        tornou-se diretor-geral do Serviço Nacional de Saúde
        Publica, e subseqüentemente serviu como ministro do
        saúde e do trabalho. Após liderar resistência ao
        presidente Paul Eugene Magloire (1907 -) em 1950, ele
        escondeu-se no interior, praticando medicina, até a
        anistia geral ser concedida em 1956. Em 1957, "Papa
        Doc," foi eleito presidente para um período de 6
        anos. Reeleito numa eleição fraudulenta em 1961, ele
        declarou si mesmo "presidente vitalício" em
        1964. Seu regime, o mais longo na historia do Haiti, foi
        um brutal reino do terror; políticos oponentes foram
        sumariamente executados, alem de expurgos, e com a
        população mantida em a estado de abjeto temor,
        principalmente pelos o notórios e violentos Tonton
        Macoutes, sua policia secreta. Sob Duvalier, a economia
        do Haiti continuou a deteriorar-se, e o analfabetismo
        alcançou taxas de quase 90%. Duvalier apesar disso
        manteve seu poder sobre Haiti. Sua pratica do Vuduismo
        (até o azul da bandeira foi trocado para o preto)
        espalhou rumores entre o povo que ele possuía poderes
        sobrenaturais (muitos dos feiticeiros eram seus espias e
        até incorporados aos Tontons Macoutes). Em 1968 o país
        enfrentou uma tentativa de invasão por exilados
        haitianos e 1970 a Guarda-Costeira bombardeou o palácio
        presidencial. Duvalier morreu em 1971, não sem antes (em
        janeiro de 1971) arranjar uma emenda na constituição
        que permitisse seu filho Jean Claude Duvalier (1951-),
        sucede-lo, o que ocorreu com a morte do pai. | 
        Tonton
        Macoutes Palavra que em haitiano é algo parecido
        com Bicho-do-mato, equivalente ao nosso Bicho-Papão. Foi
        o apelido que o povo deu a policia pessoal do ditador
        François Duvalier criada por volta de 1959. Não
        recebiam salários, eram voluntários que agiam sob as
        ordens diretas de Papa Doc, tinham licença para
        torturar, matar e extorquir. Foram responsáveis pela
        morte de centenas de oponentes de Duvalier (o numero pode
        chegar a 30 mil), algumas delas abertamente com os corpos
        pendurados para servirem de alerta aos opositores. Após
        a morte do Papa Doc, o Baby Doc reorganizou a VSN
        (Volontaires de la Sécurité Nationale,), seu nome
        oficial, embora eles continuassem a apavorar o povo da
        mesma forma. Após a queda de Baby Doc o grupo foi
        desfeito, mas alguns membros ainda continuaram a usar os
        mesmos métodos de espalhar terror. Ainda no ano de 1989
        havia noticia de membros, dentro do exercito, a causar
        empecilhos a democracia. A VSN (Tonton Macoute) policiou
        principalmente o interior do Haiti, fazendo a temerosa
        política Duvalier chegar a áreas distantes, pois o
        terror que imperava na capital Port-au-Prince, era
        protagonizado mais pela Guarda Nacional também ligada
        aos Duvalier | 
        Jean-Claude
        Duvalier, (1951-), Presidente do Haiti entre 1971
        e 1986. Com a idade de 19, ele foi proclamado
        "presidente vitalício" assumindo após a morte
        do seu pai, François Duvalier. Sob grande pressão dos
        EUA para moderar a corrupção a ditadura no pais ele
        aparentemente, mais com o fim de mostrar ao mundo,
        introduziu reformas, recolocando alguns dos oponentes de
        seu pai em seus gabinetes e libertando um certo numero de
        políticos prisioneiros. Ele tentou mudar a imagem
        internacional do país, mas seu regime não foi
        substantivamente diferente do de seu pai. O "Baby
        Doc," como era conhecido foi fortemente influenciado
        pela sua mãe, Simone Ovid Duvalier, (na verdade ela
        governava e ele aproveitava a vida) e pela sua jovem
        esposa, a mulata Michele Bennet, com a qual ele casou em
        1980. O custo do casamento dos 2 chegou a 3 milhões de
        dólares, isso aliado a denuncias de venda de cadáveres
        haitianos para universidades do exterior, trafico de
        drogas e a o dinheiro que vinha da Régie du Tabac
        (administração do Tabaco) administrado pela família
        escandalizava mais ainda o povo... Em março de 1983,
        quando o Papa João Paulo II esteve no Haiti declarou:
        "Alguma coisa precisa ser mudada aqui". Em
        1986, demonstrações antigovernista marcaram o regime de
        Duvalier; e ele (em 07/fev/1986) voou para o exílio na
        França. |