Uganda, e a guerrilha de
Koni
- A terra de animais como o chimpanzé,
elefante, rinoceronte, leão e leopardo, faz fronteira ao
norte com o Sudão, a leste com o Quênia, ao sul com a
Tanzânia, e a Ruanda e a oeste com o Republica
Democrática do Congo (ex-Zaire); sua capital é Kampala.
Uganda tem uma extensão de 240 mil km2. Sua população
é de 25,8 milhões de pessoas, o cristianismo (75%)
divide com o Islamismo (16%) a preferência religiosa do
povo, o inglês é a língua oficial alem de dialetos
como o Swali, Ganda, e dialetos Bantus, a expectativa de
vida é 45 anos.
- A historia moderna de Uganda iniciou em
1962, quando o país tornou-se independente. A partir
daí foi uma sucessão de golpes, contra-golpes, lutas
internas, protestos, etc encabeçados por vários
movimentos guerrilheiros. Nove anos após a
independência, já em 1971, um golpe militar liderado
pelo comandante Idi Amin Dada eliminou a oposição
política instaurando um reinado de terror, derrubando
Apolo Milton Obote, que assumira o poder em 1966. Obote
por sua vez já tinha feito das suas, ao depor Mutesa II
(antigo Rei apoiado por ingleses e empossado em 1963 como
Presidente), do qual era o Primeiro-Ministro. Quanto à
guerrilha, só nos anos 80 existiam o Exercito de
Resistência Nacional, à Frente de Resistência Nacional
e o Movimento de Liberdade de Uganda. Isso para citar as
três mais importantes.
- Atualmente governa o país, Yoweri
Museveni que tentou introduzir reformas democráticas e
diminuir os abusos do exercito e da policia. As reformas
econômicas de Musevini produziram algum crescimento mas
trouxeram inflação. Musevini também levantou um
banimento de 17 anos imposto ao multipartidarismo e sofre
com criticas por sua intervenção na guerra civil na
Republica Democrática do Congo. Internamente tem sido
inábil para deter a guerrilha no norte e leste do pais.
Musaveni nasceu em 1944 e se formou na Tanzânia, esteve
envolvido com a Frelimo (Frente de Liberação de
Moçambique) e com essa experiência, formou o NRA
(Exercito de Resistência Nacional) que tomou o poder em
1986. Em 2001 foi eleito presidente e é considerado o
homem certo para comandar Uganda.
- Parece na verdade que o grande problema
Ugandense realmente são os vários pequenos reinos que
existiam até 1967, quando foi eleita uma constituição
republicana, e esses reinos foram extintos em nome de uma
união nacional, totalmente avessa a uma tradição que
vinha desde o inicio dos tempos para aquelas tribos.
Essas tribos muitas vezes são a base de cada movimento
guerrilheiro diferente existente em Uganda, e nenhum
deles vê com bons olhos a tomada pelo poder do grupo que
representa uma tribo vizinha. O flagelo de Uganda
atualmente é o Exercito da Resistência do Senhor (LRA),
liderado pelo seu autoproclamado profeta, Joseph Koni,
que pretende governar baseado nos 10 mandamentos
bíblicos.
- O senhor Koni tem usado para isso, um
procedimento nada cristão. Apavora o norte da Uganda
através do terror, principalmente saqueando pequenas
aldeias à noite, quando essas estão mais vulneráveis,
inclusive seqüestrando crianças, para serem forçadas a
servir aos rebeldes. Koni é acusado de ter quase 60
esposas. Uma que conseguiu fugir, disse ter ficado quase
8 anos nas mãos dos rebeldes. Desde junho de 2002 quase
5.000 crianças já foram raptadas. Os raptos não se
restringem só as crianças, as mulheres mais velhas são
forçadas a se tornarem esposas dos comandantes mais
antigos do LRA, e as mais jovens obrigadas a serviços
domésticos. Os jovens são forçados a entrar no
grupamento e a praticar atrocidades como a queima de
aldeias. O LRA considera um ser humano pronto para a
guerra aos 7 anos.
- Agora as Nações Unidas, através do
sub-secretario Jan Egeland, vão tomar o caso em suas
mãos e tentar falar de paz com o LRA. A guerrilha no
norte de Uganda já dura 17 anos, e a solução aventada
pela ONU, é a de cortar o abastecimento de Koni, que
ocorre pelo Sudão. A ONU também conta com a ajuda do
vizinho Quênia, que vão tentar, usando seus nomes,
colocar na mesa as duas partes antagônicas O problema,
aparentemente, não são propriamente os planos de paz, o
maior problema é colocar na mesa de negociação governo
e rebeldes. O governo já acenou com planos de paz que
Koni nem quer ouvir falar, e o presidente Musevine já
demonstrando cansado de por tentativas anteriores
frustradas atirou a primeira pedra, ao citar a bíblia,
através da imprensa, para o sr. Koni lembrando que a
recompensa pelo pecado é a morte, certamente
se referindo ao texto bíblico em Romanos Capitulo: 6
Verso-23 que diz Pois o salário (recompensa) do
pecado é a morte, mas a oferta de Cristo é a vida
eterna através de Jesus Nosso Senhor!..