Lima Barreto
    - Afonso Henriques de Lima Barreto nasceu em
        uma família pobre de mulatos. Fica órfão de mãe aos 7
        anos. Protegido pelo visconde de Ouro Preto, consegue
        entrar na Escola Politécnica em 1897, mas acaba
        abandonando o curso de engenharia para trabalhar como
        funcionário público na Secretaria da Guerra, cargo que
        deixou devido a desregrada vida que levava e que acabou
        lhe abalando a saude com reflexos em sua obra literaria,
        Ocupa um pequeno cargo, de amanuense, e passa a colaborar
        na imprensa e a escrever seus primeiros romances. 
 
    - Sua estréia na literatura foi com
        Recordações do Escrivão Isaías Caminha (em 1909), em
        1915 publica sua obra maxima, Triste Fim de Policarpo
        Quaresma, que trata do patriotismo por vezes ingênuo de
        um funcionário público apaixonado pelo Brasil.
        Subsecretário do Arsenal de Guerra, o personagem central
        considera melhor tudo o que é autenticamente brasileiro
        e chega a pedir às autoridades federais que tornem o
        tupi-guarani a língua oficial do país. 
 
    - O naturalismo domina a ficção brasileira
        nessa época, mas ele não segue os princípios desse
        movimento em seu trabalho. Sua linguagem busca ser fiel
        à fala do povo, ignorando muitas vezes as regras
        gramaticais. É considerado "o romancista da 1ª
        República". Vítima de crises de depressão e do
        alcoolismo, é internado duas vezes em um manicômio, em
        1914 e 1919, antes de morrer, aos 41 anos, de infarto.