Inúteis

 

Lágrimas caem, inúteis...

Sobre um pano já molhado,

Tapume de sentidos fúteis

Caiados em corpo magoado.

 

Só me resta secar o pano

Que me separa o corpo de tudo,

O promiscuo e o puritano

Calcados em mim desnudo.

 

Inúteis, lágrimas cadentes,

São secas agora em pano de nada.

Tomara que fossem dolentes

Duma dor velha... já sarada.