Ode do Oriente

 

Lisboa viu nascer

no seu bairro oriental

Aquilo que devia ser

o novo mundo em Portugal!

A exposição do velho mundo,

que os lusos desbrenharam,

Nasceu de um parque imundo

que os novos ignoraram.

Velhas latas enferrujadas

e lixeiras industriais,

Deram espaço a moradas

às novas “tias” de Cascais!

Entre lodo e muita lama,

batráquio e insecto,

Fez-se o Centro Vasco da Gama

de que a SONAE tem muito afecto!

Já se namora à beira-rio

e na Doca dos Olivais.

E os casais com o cio

nos Jardins da Água gritam por mais!

Projectou-se o Oceanário,

regalia para as lontras.

Aos visitantes enche o imaginário

e de “souvenirs” as montras.

Já o teleférico é um encanto,

que mesmo caro dá p’r’andar,

E é como qualquer canto

para o amor se consumar!

O Pavilhão Atlântico é a regalia

para os olhos de quem o visita,

Mas foi, na sua escadaria

que eu, assaltado, fiquei sem guita...

Os Jardins Garcia de Orta

com os bares que o ladeiam,

Toda a gente anda torta

devido aos cheiros que lá vagueiam,

Seja do Tejo que ele surja,

que em certos dias até é fixe,

Porém o odor da água suja

não anula o do haxixe!