Aqui você vai encontrar as provas dos crimes cometidos nos Festins Diabólicos...
Flip - Feira Literária de Paraty
E a montanha veio a Maomé...

Falamos nesse site (Cavaleiros do Apocalipse) que a colunista vivia em abstinência moderada sob a expectativa de ver Neil Gaiman em Londres, em agosto de 2008. Em julho, porém, o criador de Sandman veio ao Brasil, na Feira Literária Internacional de Paraty. E fomos até lá vê-lo.

Mais de 20 horas de viagem, cerca de 16 horas no destino. Sim, um fã é capaz dessas coisas. Mas, o Senhor dos Sonhos fez valer cada momento da jornada tortuosa – e torturante – para receber um autógrafo e fazer essa foto.

Muita gente fez esse caminho: viajar a noite toda para estar por momentos com Neil Gaiman. Os “não-iniciados” balançam a cabeça, incrédulos, espantados, ligeiramente desconfiados de nossa sanidade. Não sabem que “os sonhos importam. Os sonhos sempre importam”. E se realizam...

Sorridente, simpático, atraente (desculpem, rapazes, mas ele é muito atraente). Atendendo a cada um dos seus 600 leitores – históricos ou recém-conquistados – durante mais de 05 horas de autógrafos, com o mesmo interesse e gentileza, Gaiman conseguiu fazer cada um sentir-se especial durante os poucos segundos em que estiveram juntos. A mágica?

Gaiman esteve, a cada novo autógrafo, totalmente dedicado ao seu leitor. O som ao redor, sua fome e cansaço, os protestos da organização da FLIP quando pedíamos fotos: nada tirava sua atenção focada exclusivamente no indivíduo à sua frente (ou às costas, no meu caso). Inteiro. Íntegro. Autêntico.

Apesar de estuporada* por alguma fã ciumenta no momento em que encontrou Neil Gaiman, essa colunista conseguiu mover-se o suficiente para deixar a Tenda dos Autógrafos, carregando seu “Prelúdios e Noturnos” como um tesouro ou troféu. O prêmio por duas noites insones, 1.200 km de estrada e 05 horas de fila.

* J.K. Rowling descreve os efeitos do feitiço estuporante como uma paralisia corporal integral que impede o atingido de mover-se, falar ou expressar suas emoções.