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  Com Padres, Irmãos Redentoristas e outros

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Segue nesta página 02 as entrevistas e depoimentos de alguns missionários redentoristas, conforme lista abaixo. Acompanhe. Vale a pena! 


01 - Pe. Fernando Veloso 

02 - Ir. Geremias Chappo
03 - Diácono Ancelmo Alencar Gomes 
04 - Pe. Francisco de Assis Miguel 
05 - Pe.João Ribeiro de Carvalho

01 -   Padre Fernando Veloso

É com alegria que ocupo a página vocacional do Site Redeman na Internet, para partilhar com vocês um pouco do processo vocacional.

A infância Nasci em Córrego Fundo - MG, uma pequena cidade do interior de Minas. Sou o 12º filho de uma família de agricultores. Meu Pai, Guilherme Firmo da Silva; hoje conta com seus 90 anos, bem de saúde, ainda muito ativo, graças a Deus! Minha Mãe, Luíza Veloso da Silva, falecida em setembro de 1998. Por vários motivos, morreram meus oito irmãos e atualmente somos quatro filhos. Eu e mais três irmãs que são casadas: Maria José, Aureci Veloso e Nazaré Luíza.

A família Minha família sempre foi católica, sempre participávamos de tudo o que acontecia na Comunidade. Eu sempre fui companhia de minha Mãe nos diversos movimentos de Igreja que ela atuava. Minha Mãe, esteve sempre sintonizada na Rádio Aparecida e nos Missionários Redentoristas. Minha vocação nasceu desde a infância, sempre tive o desejo de ser padre. Mas, foi quando pela primeira vez, tive a oportunidade de participar das Missões Redentoristas em minha cidade. A partir daí, me senti tocado pelo carisma de Santo Afonso Maria de Ligório, e desejava me tornar Religioso, Padre Missionário Redentorista.

No Seminário Entrei para o Seminário Santíssimo Redentor em Sacramento - MG, em 1981. Nesta cidade conclui o 2o Grau, Depois, fui transferido para estudar filosofia em Campinas - SP. Em 1983 iniciei o curso de Filosofia na PUCAMP (Pontifícia Universidade Católica de Campinas). Em 1986 realizei o Noviciado na cidade de Tietê - SP. Em 1987 voltei a Campinas e conclui o curso de Filosofia na PUCAMP. Ao final, achei que deveria fazer uma parada, trabalhar, viver um pouco mais fora, trabalhar, estudar, viajar, etc. Voltei para minha família em Córrego Fundo - MG

De volta à família Permanecei com eles durante 10 anos. Eles eram idosos, doentes e necessitavam muito da minha presença, do meu carinho e atenção. Neste tempo, além de trabalhar como professor, atuava na Igreja, na política, no Sindicato. Tornei-me professor e também diretor de escola. Atuava na Comunidade, na Catequese como Catequista e Coordenador, na PJ e como Tesoureiro, etc. Era Presidente de Entidade, fundada por mim e que ainda funciona. Através desta, consegui conquistar benefícios políticos, que foram repassados a Comunidade. A atuação como professor e diretor foi a mais rica, mas também a mais desgastante. Como trabalhava com a disciplina Ensino Religioso, vários alunos me chamavam à atenção sobre a minha vocação. Eu sempre me despistava e dizia que não tinha nada a ver o que estavam dizendo. Deus de uma certa forma ia confirmando seu chamado, e eu como Maria "ia guardando as coisas no coração".

Os estudos Neste tempo, além de ter uma atuação ampla em diversos setores da Comunidade, tive a oportunidade de realizar três cursos. Em 1993 realizei Pós-graduação em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Realizei curso em Assessoria em Pastoral da Juventude – (PUC RS). Em 1995 iniciei o curso de Estudos Sociais, pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Formiga - MG. Concluindo o curso em 1997 uma Missão Redentorista em minha cidade. Aproveitei e fui conversar com os Padres Missionários Sebastião Marques e Inácio Medeiros, sobre o meu desejo de voltar e ser Redentorista. Eles me acolheram, e me orientaram a entrar em contato com Provincial Pe. Carlos da Silva. Quando saí em 1987 quando voltei em 1998, era ele o provincial. Ele já conhecia mais de perto todo o meu processo vocacional. Fiz com muita alegria, o meu pedido de regresso na páscoa de 1997. Fiquei na expectativa aguardando a resposta, vivendo a vida como se nada estivesse acontecendo. Sempre procurava rezar a agradecer a Deus a graça da vocação. Não sabia se seria aceito. Se não fosse, só eu saberia e minha vida continuaria normal. Viajei em Janeiro de 1998 para Cabo Frio, e voltei, lá pelo dia 27/01/01, estava a resposta. Com muita ansiedade abri e vi que seria aceito e que deveria estar em São Paulo no dia 01/02/01. Dentro de quatro dias, arrumei minhas coisas e fui para o Alfonsianum, realizar o curso de Teologia. A resposta era difícil, porque estava deixando meus pais, ainda mais idosos. Era preciso dar minha resposta a Deus! Não tive dúvidas, respondi com convicção: "Eis-me aqui!".

De volta ao Seminário Fui bem recebido pelo Superior da Comunidade, Pe. Vanin Barreiro e pelos Confrades da Comunidade. Eu me sentia em casa, foi um ano muito legal em minha vida. Permaneci quatro anos no Alfonsianum e cursei Teologia no (ITESP), Instituto Teológico São Paulo, até 2001. Foram anos de muita riqueza no estudo teológico e na vida espiritual. A experiência de vida na cidade grande, a pastoral urbana, os desafios encontrados, etc, foram muito ricos em todos os sentidos. Era necessário fazer uma síntese entre o estudo teológico e a prática pastoral. Trabalhei na Pastoral em duas Comunidades nestes quatro anos A primeira experiência foi na Vila Liviero, periferia da grande São Paulo, onde moram muitos nordestinos. É um povo muito bom, acolhedor, aprendi muito com eles. Em 2000, fui transferido para a Comunidade São José, no Jardim Oratório, em Mauá, na grande São Paulo. Foi uma experiência fantástica, acompanhava a Pastoral do Batismo de seis comunidades. Em Mauá mora um povo sofrido, mas fervoroso, deixei muitos amigos, que os guardarei para sempre em meu coração.

Redentorista No dia 10 de outubro de 2001, no Seminário Redentorista Santo Afonso em Aparecida, aconteceu a minha Profissão Perpétua na Congregação do Santíssimo Redentor. Conclui o curso de Teologia e fui transferido para a Comunidade Redentorista de Araraquara, para a Equipe Missionária em 2002. Para mim foi uma alegria muito grande fazer parte do Grupo de Missionários Itinerantes da Província de São Paulo. No pouco tempo que fiquei, a experiência foi muito rica. Procurei me dedicar no anúncio e na proclamação explícita da Palavra de Deus.

Ordenação No dia 03 de março, fui ordenado Diácono pelo Cardeal Dom Aloísio Lorscheider, na Basílica Nacional de Aparecida. No dia 31 de agosto de 2002, em Córrego Fundo –MG, fui ordenado Sacerdote Redentorista, pela imposição das mãos do bispo Redentorista, Dom Pedro Fré. Em 2003, fui transferido das Missões parar trabalhar na pastoral da Igreja Santa Cruz, na Comunidade Redentorista em Araraquara –SP.Esta é um pouco da minha história, da caminhada vocacional... Conto com suas orações, para que Deus e a Senhora Aparecida, me dêem a graça da perseverança e despertem muitos Jovens, para o serviço do povo de Deus.

02 -   Irmão Geremias Chappo

Site Redeman: - Ir. Geremias, você está completando 25 anos de vida religiosa na Congregação do Santíssimo Redentor. Fale para nossos internautas um pouquinho de sua trajetória, sua caminhada no percurso destes 25 anos. Como sugestão, comece descrevendo de onde nasceu, sua origem, família, amigos e comunidade, ok?

Geremias – Nasci no dia 14 de abril de 1949, em S.Pedro de Acântara, na época, município de São José, próximo a Florianópolis, SC. Com cinco anos de idade mudamos para Rio Canoas, município de Luiz Alves, que fica no Vale do Itajaí. Até meus 21 anos, época em que entrei no seminário, vivi na roça, onde vivíamos uma vida muito simples, praticando uma agricultura de subsistência, como todas as famílias da região viviam na época. A comunidade era pequena e as famílias viviam um pouco distantes umas das outras. Isso dificultava um pouco o relacionamento com pessoas e também nas relações de amizade. Estas se davam mais com os vizinhos mais próximos e se restringiam mais a colegas de pescaria, de caçadas, mas sem muita profundidade.

Site Redeman – Como foi que você percebeu o chamado de Deus para ser um religioso, pessoa cansagrada, missionário redentorista?

Geremias – Nada de muito extraordinário. Apenas um processo de discernimento que começou quando eu tinha mais ou menos 17 anos de idade, quando comecei a questionar-me como e onde investir minha vida. Era uma época em que a maioria dos jovens da minha idade procuravam a cidade, para trabalhar em fábricas, pois a roça não oferecia meios dignos de vida para todos. Deus foi, aos poucos, me iluminando e me inspirando, sem eu entender muito do que se tratava. Mas com a força Dele e com minha busca e colaboração consegui entender e responder.

Site Redeman O que realmente levou-lhe a impulcionar, ou seja, a fazer a opção pela Congregação Redentorista?

Geremias – Ninguém faz opção por algo que não conhece. Eu, na época, não conhecia nenhuma outra congregação. Nem a Congregação Redentorista conhecia, mas Deus tem seus caminhos. Dois anos antes de entrar em contato com os Redentoristas, chegou em minhas mãos à devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e de Santo Afonso, por meio de um livrinho de novena, devoção essa tipicamente Redentorista, que são os grandes divulgadores desta devoção. Nessa mesma época começamos a ouvir a Rádio Aparecida, que até então era desconhecida por nós, na voz do Pe Vítor Coelho, que exerceu muita influência sobre minha decisão vocacional.

Site Redeman Você participava da vida de comunidade antes de ingressar para o seminário? Que trabalho fazia e em qual seminário ingressou?

Geremias – Apenas se restringia a participar do culto dominical, (na época, reza do terço) e eventualmente da Eucaristia, que era raro na época. Não tinha participação ativa. Participava também de um grupo de jovem, sem exercer nenhuma liderança. Ingressei no Seminário Redentorista São Geraldo, cidade do Potim - SP

Site Redeman – Que ano aconteceu o seu ingresso no Seminário São Geraldo, na cidade do Potim? Descreva também sobre sua experiência e formação neste seminário, certo?

Geremias – Entrei no Seminário S. Geraldo, (Seminário específico para irmãos) em fevereiro de 1971. Lá tudo era novidade. Naquele ano estávamos num grupo muito grande, (74 seminaristas). O formador da época era o Pe. Arlindo Santiago, que gostava de ver a "casa cheia", sem, aparentemente, cuidar da qualidade dos candidatos. Na época a dedicação ao trabalho se levava muito em conta, pois a mentalidade dos formadores, e que era passado para nós, que o Irmão devia ser alguém de muito trabalho, sobretudo manual, e oração. Quem possuía essas duas qualidades não teria maiores problemas na adaptação e também na vocação. Hoje, graças a Deus, essa mentalidade mudou muito, sem deixar de lado o trabalho simples e a oração, se dá muita ênfase na Missão Evangelizadora da Congregação, e isso implica num preparo mais profundo do candidato a Irmão. O trabalho, que para alguns era um grande obstáculo, para mim foi tranqüilo, pois na minha família trabalhava muito mais. Além disso, venho de uma família de tradição cristã profunda onde a espiritualidade está presente e isso ajudou na minha caminhada. Minha maior decepção ficava por conta de ver tantos colegas saírem do Seminário, quando eu esperava que a maioria perseverasse. Só mais tarde fui percebendo que a vocação é algo mais profundo.

Site Redeman – Depois que fez seus votos religiosos na Congregação do Santíssimo Redentor, (Redentoristas), onde trabalhou e onde trabalha atualmente?

Geremias – Fiz minha primeira Profissão Religiosa em 2/2/78. Nesta data me transferi para o Seminário São Geraldo onde atuei, por três anos, na formação. A partir de então administrei a Fazenda São Geraldo, que é da Congregação Redentorista. Fiquei no Seminário S. Geraldo durante 22 anos . No ano de 2000 me transferi para a Comunidade do Santuário, onde em fins de semana ajudava no acolhimento aos romeiros e durante a semana trabalhava em serviços de paisagismo no Morro do Cruzeiro, Porto Itaguassu, nos estacionamentos novos do Santuário como também em serviços de reflorestamentos nos morros, atrás da Basílica. No dia 14/1/2003 me integrei na comunidade Redentorista do Seminário S. Afonso, onde vou atuar preferencialmente no CERESP, bem como no Seminário e demais serviços na comunidade.

Site Redeman – Geremias, desde já nossos sinceros agradecimentos por suas palavras, mas pedimos ainda para que deixe a sua mensagem para todos aqueles que navegam por nosso site.

Geremias – Gostaria de lembrar a você, leitor (a) e internauta deste site Redeman, que todas as vocações, também a sua de casado (a), solteiro (a), viúvo (a), são igualmente importantes e nascem de nossa vocação comum de filhos e filhas de Deus que nos tornamos pelo batismo e são dons gratuitos de Deus. E cada um (a) acolhe sua vocação na alegria e gratidão, pois é a forma concreta da pessoa testemunhar o amor de Deus por meio da vida e acolher esse amor salvador de Deus em nós.

03 -   Diácono Ancelmo Alencar

Ancelmo conte-nos um pouco de você, de sua história vocacional, porque em outras oportunidades, seus amigos que também receberam o diaconato poderão deixar aqui o relato vocacional.  

Bem! Eu sou o Ancelmo, sou natural de Alterosa (MG). Sou filho de uma grande família, gente simples e religiosa. Desde criança aprendi a amar Nossa Senhora Aparecida. Ouvíamos muito a Radio Aparecida a qual somos muito gratos pela evangelização que sempre levou aos ouvintes. Foi através das missões pregadas pelos Missionários Redentoristas que conheci esse bonito trabalho desempenhado em prol da evangelização, especialmente do povo mais sofrido

Como foram as etapas de sua formação? - Iniciei a caminhada formativa no Seminário Santo Afonso em Aparecida (SP) no ano de 1991, depois de três anos fui para Sacramento (MG) e logo depois cursei Filosofia em Campinas (SP). Nosso Noviciado foi em Tietê (SP) e o curso de Teologia foi em São Paulo (capital). A experiência da formação foi muito rica, existiram desafios mas sobretudo muitas alegrias e conquistas.

Seus colegas também fizeram essa trajetória? - Praticamente sim, mas com variações. O Luis Cláudio iniciou sua caminhada pelo Seminário São Geraldo, que é uma casa destinada a formação dos futuros irmãos redentoristas. Depois de descobrir a vocação Sacerdotal se juntou aos demais seminaristas na cidade de Sacramento (MG), pois lá acontece o curso propedêutico, anterior a Filosofia. Os demais amigos que se ordenaram diáconos junto comigo, fizeram a mesma caminhada. É bom lembrar que essa é uma experiência pessoal, é sempre particular.

Onde a celebração diaconal se realizou? - Nossa ordenação diaconal aconteceu em Mauá (SP), região da grande São Paulo, na Paróquia Imaculada Conceição. O Pároco é o Cônego Belizário Elias de Souza e o bispo que nos ordenou foi o Redentorista Dom Pedro Fré, bispo emérito de Barretos SP.

Por que em Mauá? - Porque já existe um passado histórico dos Redentoristas nessa paróquia. O Cônego Belizário sempre acolheu muito bem nosso trabalho por lá. Neste sentido, por mais de dez anos os Redentoristas, padres e estudantes de Teologia, moraram no bairro Jardim Oratório, vivendo os desafios diários e alimentando a esperança desse povo sofrido. Somamos presença por lá e assumimos mais três comunidades muito populosas. São elas: São Francisco e Santa Clara, São Luiz Gonzaga e Santa Luzia. Nosso interesse sempre foi ter uma oportunidade maior de proximidade com esse povo. E isto aconteceu. É muito valioso o acontecimento, pois eles acolheram e acolhem muito bem a todos nós. Portanto, para nós, além de ter sido um momento de oração e encontro com Deus, foi uma experiência marcante em nossas vidas juntamente com aquela gente..

Como é a realidade da pastoral nesse contexto urbano? - Os desafios são numerosos: realidade de desemprego, subemprego, violência, drogas... Isso tanto em Mauá quanto em Diadema onde trabalhava o diácono Edivaldo. Mas pensar que esse povo abandonou sua fé é um equívoco. Como a população é muito grande, a presença da Igreja acaba se tornando deficiente, talvez aí esteja a explicação para o grande número de outras denominações religiosas. Mas muita gente responde ao chamado e participa com muita disposição, generosidade e alegria.

Quais as funções do Diácono na missa? - Na liturgia eucarística, o diácono tem funções próprias: servir o altar, proclamar o Evangelho, convidar para o abraço da paz, purificar os vasos sagrados e fazer a despedida. Deve, ainda, incentivar a participação correta e efetiva da assembléia na Divina Liturgia. Diaconia quer dizer serviço, onde o Diácono é ordenado para servir. Faz parte do ministério do Cristo Servo, "que veio para servir e não para ser servido". No documento da Igreja, a "Lumem Gentium" (LG 29), encontramos a seguinte afirmação: "servem o povo de Deus na diaconia da liturgia, da palavra e da caridade". É bom lembrar que todo padre já recebeu também a ordenação diaconal. No entanto esse serviço não é nenhuma encenação, o diácono deve inspirar-se em Jesus servidor, aquele que se coloca a disposição dos irmãos na Igreja como resposta amorosa ao convite de Deus que se da no dia-a-dia de nossa vida. O próprio Jesus nos deixou o exemplo, em Jo 13, 4–5. Ele nos surpreendeu pois não se apegou a sua condição divina. Ele nos ofereceu um modelo de serviço que contrariava desde os apóstolos até uma grande parcela da sociedade atual.

Deixe uma mensagem aos leitores deste site. - Certa vez li um texto de um autor desconhecido que dizia algo a respeito da grandeza e da força do mar, ao mesmo tempo fazia um paralelo com a humildade. Assim como Cristo "abaixou-Se" para assumir a natureza humana e o Pai O ressuscitou dos mortos, também o mar só é grandioso e belo porque está abaixo de todos os rios. Ser humilde, porém, não significa ser capacho de alguém ou de uma instituição humana. Significa dizer que a pessoa tem consciência de sua realidade de criatura, da sua condição finita neste mundo. Nenhuma pessoa não é detentora da criação, mas integrante dela. Um(a) filho(a) que o Bom Pai dispensa um amor grandioso sem fazer nenhuma distinção de raça, sexo ou condição social. Portanto servir com humildade é uma virtude a ser cultivada em nossas relações. É a força da humildade. "Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve" (Mt 20, 27).

04 -   Padre Francisco de Assis Miguel

Pe. Francisco, onde você nasceu e quem são seus pais? - Eu nasci em uma cidade cravada entre as montanhas do Sul de Minas Gerais, por nome de Aiuruoca. Nome indígena que quer dizer: Aiuru = papagaio; Oca = casa. Meus pais, José Sebastião Miguel e Celina Faria de Oliveira Miguel. Sou o sexto filho de uma família de 8 irmãos.

Fale-nos um pouco como era seu ambiente familiar, ok? - Somos uma família simples, como uma boa família mineira, muito religiosa. Me lembro muito bem, nós morávamos a 13 quilômetros da cidade, com isso era difícil todos nós participarmos da Missa aos domingos, mas meu pai todos os domingos ia para a cidade participar da Missa. E quando ele chegava em casa, nos reunia para ler o Evangelho para nós e contar o que o Padre tinha falado na sua homilia. E foi em uma destas conversas de meu pai, que eu pensei em entrar para o Seminário e ser um padre daquele que meu pai contava. Como todo bom pai, ele era o nosso catequista. Ninguém, ia deitar sem antes pedir a ele que nos ensinasse a rezar. E nós tínhamos o bom costume de rezar o terço em família, onde convidávamos os vizinhos para participar conosco. O meu pai que era o rezador da região. Quando eu aprendi a rezar o terço, e o meu pai não podia ir, era eu que ia no lugar dele.

Como surgiu a vocação sacerdotal em você?  - Bem! Crescendo neste ambiente religioso, um dia em pensei em ir para o Seminário, mas não sabia direito o que era ser padre, muito menos o que era ser um Missionário Redentorista. Fiquei com esta idéia desde os 6 anos de idade, até mais ou menos 14 anos. Depois desisti, pensei em casar constituir uma família, mas com o passar do tempo, percebi que a vocação matrimonial, não era o chamado de Deus para mim. Sempre havia uma inquietude dentro de mim. Em minha casa o rádio sempre estava sintonizado na Rádio Aparecida e escutando as propagandas vocacionais, pensei novamente em ser padre. Agora bem mais maduro e consciente. Vindo aqui em Aparecida, no Santuário, vi vários cartazes que indicava o Centro Vocacional. Fui até lá e encontrei o Ir, Viveiros. Conversando com ele peguei o endereço do Seminário Santo Afonso. Escrevi pedindo informações o que eu devia fazer para entrar no Seminário.

Como foi a reação dos seus pais em saber que você iria para o Seminário? - No primeiro momento eles ficaram meio assustados, porque eles não esperavam que um dia eu pensasse em ser padre. Eles me disseram que eu tomasse uma decisão, pois eles não iriam interferir em minha vida. Estavam prontos em me ajudar naquilo que eles pudessem. No final do ano de 1981, o Pe. Queiróz foi até minha casa e convidou-me para poder participar da Convivência Vocacional em janeiro de 1982.

Como você encarou a realidade em deixar os seus pais e ir para o Seminário?  - No primeiro momento foi um pouco difícil. Sendo aprovado na Convivência e tendo somente a 4ª série primária, eu tinha que ir estudar no Seminário Santa Teresinha, em Tietê, interior de São Paulo. Eu queria estudar aqui em Aparecida. Pensei em desistir, mas o Pe. Agenor me disse que eu devia ir para o Seminário, e fazer uma experiência até nas férias de julho, se eu não gostasse podia ir embora. Quando contei para meus pais que eu ia entrar no Seminário no mês de fevereiro, eu senti neles uma indefinição. Quando chegou o dia de viajar, naquela noite não conseguia dormir. Foi para mim a noite mais longa de minha vida. Pois pensava no que eu ia fazer e ao mesmo tempo deixar meus pais. Sai de madrugada para pegar o ônibus, deixei meus pais chorando e parti chorando também. Passei aqui por Aparecida e diante da Imagem de Nossa Senhora entreguei-me em suas mãos, pedindo a sua benção e proteção.

Quais foram os seminários que você estudou? - O Primeiro foi o Seminário Santa Teresinha, na cidade de Tietê, onde cursei da quarta a sétima série do primeiro grau. Cheguei no Seminário no dia 24 de fevereiro de 1982. Nos primeiros meses achei muito difícil, mas aos poucos fui me acostumando. Em 1985, fui transferido para o Seminário Santíssimo Redentor, na cidade de Sacramento, no Triângulo Mineiro, onde cursei a oitava série. De 1986 a 1988, morei aqui no Seminário Santo Afonso, cursando o segundo grau. De 1989 a 1991, morei no Seminário São Clemente, na cidade de Campinas, onde cursei a Filosofia. Em 1992, voltei para Tietê, para fazer o meu noviciado, professando em nossa Congregação, no dia 31 de janeiro de 1993. Neste mesmo ano fui para São Paulo, onde iniciei os meus estudos de Teologia no Instituto Teológico São Paulo, morando no Alfonsianum. E no dia 14 de setembro de 1996, fiz minha Profissão Perpétua na Congregação do Santíssimo Redentor. No dia 02 de fevereiro de 1997, fomos ordenados Diáconos aqui em Aparecida, éramos sete Diáconos que ordenamos juntos, por Dom Aloísio. E no dia 19 de julho de 1997, foi Ordenado Sacerdote em Aiuruoca, minha cidade natal.

Onde trabalhou, onde trabalha atualmente, de modo especial aqui na Província Redentorista de São Paulo? - Em janeiro de 1997, fui transferido para a cidade de Araraquara, para trabalhar na equipe Missionária. Fiquei três anos pregando Missões em várias cidades do estado de São Paulo e Minas Gerais. Em janeiro de 2000, o nosso Padre Provincial pediu para que eu fizesse parte da equipe do Secretariado Vocacional, morando aqui em Aparecida, no Seminário Santo Afonso, acompanhando os jovens.

05 -   Padre João Ribeiro de Carvalho

MINHA VOCAÇÃO...- Eu sei, não é nada belo, falar de si mesmo... Mas aqui o “mas” cabe bem. Pois se trata de uma vocação especial. Parece que há pessoas interessadas em conhecer a minha vocação. Quem sabe, alguns Jovens lendo este artigo, gostariam de preencher minha futura vaga... Assim sendo, criei ânimo e vou por no papel “a história da minha vocação”, humana, cristã, religiosa sacerdotal...Nasci em Salto Grande – SP, Diocese de Assis – SP. Hoje minha terra, faz parte da recém-criada Diocese de Ourinhos – SP. Eu sei que todo dia é dia lindo para nascer. O meu nascimento é bonito demais. Minha Mãe me pôs no mundo, num dia que não dá para esquecer: Dia dos namorados! Nasci no dia 12 de junho de 1920. Faz um bom tempinho não acham? Meus pais: Agostinho Ribeiro de Carvalho e Laura Rosa da Cruz. Pela idade que eu tenho, nem precisa dizer: ambos são falecidos. Que Deus os tenha bem junto de Si em sua glória. Agradeço a minha Mãe porque não me abortou. Se isso tivesse acontecido, hoje eu não seria padre... Obrigado ao meu pai, pelas lições de vida que o senhor me deixou: lições de fé e de muita garra. Se o senhor tivesse dito para mim NÂO, hoje eu não seria missionário redentorista! Com certeza, suas orações, seus sacrifícios, alentaram a minha perseverança, no seguimento radical de Cristo. Obrigado hoje e sempre!

MINHA INICIAÇÃO CRISTÃ - Fui batizado na Matriz de Salto Grande, cuja santa padroeira é Nossa Senhora do Patrocínio, estrela da minha vocação. Todos os dias eu invoco o patrocínio de Nossa Senhora, pedindo a ela que abençoe sempre o povo de Salto Grande e desperte muitas e santas vocações... Pe. José Marinho me batizou no dia seis de novembro de 1920. Três anos depois, Mons. Magaldi, por delegação do Bispo de Botucatu, me crismou no dia 20/07/1923. Meus padrinhos de batismo são: Mansueto e Maria Martorelli. Padrinho de crisma: Dr. Francisco da Silveira Filho, juiz de direito da Comarca de Salto Grande.

PRIMEIRA COMUNHÃO - Lembro-me bem daquele dia, uma bela manhã do mês de outubro, cheia de sol e de vida, fiz minha primeira comunhão na Matriz de Salto Grande. Quanta gente presente na Igreja. Eu deveria ter entre 12 e 13 anos. Terminada a missa, as catequistas convidaram as crianças para o tradicional café com leite, pão doce e bolo, todo enfeitado, com símbolos da Eucaristia. A festa foi ao ar livre, junto ao coreto da Matriz. Um dia inesquecível é o dia da nossa primeira comunhão! Pena que a maioria das crianças, por falta de apoio e incentivo dos pais, ficam marcando passo em sua primeira Eucaristia. Para muitas crianças, a primeira comunhão não passa de uma festa tradicional, social, e mais nada. Que pena! O meu Batismo, minha primeira Eucaristia e a Crisma, tudo foi feito em Salto Grande. Eis aqui as minhas raízes humanas e cristãs, que da minha infância se prolongam por toda minha vida... Bendito seja Deus!

PRIMEIROS SINAIS DA MINHA VOCAÇÃO - Toda Vocação é um mistério, do começo ao fim... Principalmente a Vocação Religiosa e Sacerdotal, num Instituto Religioso. Deus sempre nos faz a proposta e fica aguardando nossa resposta. Esta resposta deve ser: lúcida, consciente, madura e responsável... Pois o assunto é com Deus. Um diretor de Seminário me disse uma vez que um futuro sacerdote, deve carregar 4 “esses” (S) no coração: -Saúde de corpo e alma – Sabedoria, capppacidade de discernimento, gosto pelo estudo – Senso comum, pessoa equilibrada... –Santidade, sempre querendo alcançá-la com a graça de Deus. Não posso afirmar com certeza, se Deus encontrou algum desses “ESSES” em minha insignificante pessoa. A vocação seja qual for é pura graça de Deus. A iniciativa é sempre de Deus! A vocação vem do alto, para nos levar para o alto. Deus nos ama, chama, inflama e envia... “Vem e segue-me!”, “Ide e anunciai!”.

DESDE MINHA TENRA IDADE... - Desde minha tenta idade que eu queria ser padre... sem mesmo conhecer os padres de minha paróquia... Minha cidade é muito pequena, os padres quase todos eram estrangeiros, poucos paravam em minha paróquia. Nem dava tempo para conhecê-los, sempre iam para cidades maiores. A gente via o padre, somente lá no Altar, de costas para o povo, rezando missa em língua estranha (latim). Não conhecia a “vida de padre”, mas, eu queria ser padre. Gostava de meu tio Otaviano, conhecido como “Tio Branco”, ele era claro, cabelo ruivo, uma pessoa maravilhosa. Eu não sei porque, ele sempre me chamava de “vigário”. Será que eu tinha desde pequeno “cara de padre?" Sei lá!

EU JÁ ESTAVA NA ESCOLA... - Eu estava no 2º Ano escolar, quando um dia, na classe, o professor lançou a seguinte pergunta para todos alunos: O que Você vai ser quando crescer? Eu, de cara respondi: Eu vou ser padre. Risada geral, para não dizer gargalhadas! Não passou muito tempo, procurei meu vigário, Pe. Vicente Fontanet, espanhol nascido em Barcelona. Ele me atendeu muito bem. Abri o jogo sobre meu desejo. Graças a Deus, ele se mostrou interessado e me convidou para ir até Assis, conversar com o Bispo. Eu fiquei um pouco com medo, nunca tinha visto um Bispo em minha vida. Falei com Papai, ele me apoiou e me deu uns “trocadinhos” para pagar o Trem e ir na companhia do meu vigário. Dom Antônio dos santos, primeiro Bispo de Assis, nos recebeu muito bem. Depois da minha apresentação, nos ofereceu um cafezinho, depois de uma conversa veio a resposta “episcopal”, que me arrasou! “Meu Filho, infelizmente o Seminário está cheio, não há vaga para Você! Quem sabe mais tarde!.” Será que o Bispo não foi com minha cara? Será que Santo Afonso colocou aí a sua “colher de pau”? Meu destino seria mesmo ser um de seus Filhos Missionários, em sua Congregação, fundada em 1732, em Nápoles?

A VOCAÇÃO É UM MISTÉRIO DO PRINCÍPIO AO FIM... - Em 1936, chegaram em Salto Grande, dois Missionários Redentoristas, para pregarem as Santas Missões. Eram eles: Pe. Vitor Coelho e Conrado Kolmann. Não deu outra, apesar de ser meio “grandalhão”, eu estava com dezesseis anos e não perdi nenhuma “Missãozinha”. Pe. Vitor perguntou para a garotada: Quem de Vocês quer ser Missionário? Todo mundo respondeu: eu, eu... Eu fui um dos escolhidos para fazer a entrevista com Pe. Vitor na casa paroquial. Meus primos: Otávio Barreto e Albertino Alexandre, colegas de escola, também foram comigo conversar com o missionário. Quanta emoção da nossa parte! Pe. Vitor mandou a gente escrever uma cartinha ao Diretor do Seminário em Aparecida. A gente não tinha idéia de Seminário, diretor, etc, mas queríamos ser padre. Mas, quando Deus chama, Deus agarra a gente... Escrevi ao diretor do Seminário, que eu queria ser padre, igual ao Pe. Vitor. Que pretensão! Pena que nunca mais vi aquela cartinha!

DIA SETE DE SETEMBRO DE 1936 - Foi neste dia, ainda me lembro... Participei da “corrida de saco” no pátio da escola, de outras brincadeiras na comemoração do “Dia da Independência”. Fui correndo me despedir do meu patrão, Pedro M. Hadad. Ele não queria acreditar que eu iria para o Seminário, então me disse: “Não vai Joãozinho, padre não pode casar! Você vai ficar muito longe de seu pais! Eu aumento o salário para Você!”. Diante de minha determinação ele me deu um belo chapéu cinza da (marca Cury). Fui também me despedir da Tia Anália, a quem era muito afeiçoado. Foi outro “Deus nos acuda”: “Não vai Joãozinho, padre não pode casar, vai ficar longe de nós!” Ainda bem que, a maioria dos meus parentes e amigos me davam força, principalmente meu pai e minha mãe adotiva, Dona Chiquita. Meu pai, no momento estava atravessando uma fase financeira difícil, mesmo assim, emprestou “cinco mil reis”, do meu tio Otaviano, para minha viagem e para os primeiros anos no Seminário em Aparecida - SP.

EMBARQUE... - Foi precisamente às 16:00 hs, eu e o meu primo Otávio e meu colega Albertino, estávamos juntos dos Missionários, aguardando na Estação, o Trem de passageiros, que vinha de Porto Epitácio, com destino a São Paulo. Meu Pai e Dona Chiquita, meus irmãos: Nelson, Terezinha, Cléofe e Ditinha, toda parentada comovidos com aquele instante. O povo de Salto Grande, todos os meus colegas de escola, estavam ali entre lágrimas e emoções, para a despedida dos Missionários e dos “futuros Missionários”... Que despedida emocionante, cortante, penosa e difícil... Era um deixar tudo e todos! A minha terra natal, Salto Grande “Água da Limeira”, Bairro Rural onde nasci e me criei, o meu cavalinho branco “Ferrabrás”. O Trem ainda não tinha partido e eu já sentia saudades, que me triturava por dentro e por fora... Fui sem saber para onde iria... Sem saber quantos anos ficaria longe de minha família, da minha terra, da minha infância... Era um verdadeiro “êxodo”, atrás da terra desconhecida, da minha vocação. Quando Deus chama, Ele agarra a gente, fascina e ninguém resiste! Vem e segue-me! Seguir não só por um dia..., mas todos os dias, toda a vida, até o fim...

VOCAÇÃO É AMOR! - Seguir Jesus Cristo e a nossa vocação é ter um grande amor, até o fim... Os anos de formação no Seminário Redentorista, no crescimento da vocação religiosa, sacerdotal e missionária, passaram muito depressa! Foram seis anos no Seminário Santo Afonso em Aparecida - SP, um ano no Noviciado (Espiritualidade Redentorista), em Pindamonhangaba – SP. Seis anos em Tietê - SP (Filosofia e Teologia). Minha Ordenação Sacerdotal aconteceu na Catedral de Sorocaba – SP, realizada por Dom José Aguirre em 06/01/1949. Meu Pai e meu Irmão Nelson, estavam presentes em minha ordenação, naquele importante momento em minha vida. Comecei partilhando minha vida religiosa e sacerdotal em Aparecida, aos pés da Padroeira do Brasil, na Basílica Nacional, na Editora Santuário, como redator do “Jornal Santuário”. Quanto povo, quantas confissões... Como nós Redentoristas trabalhamos naquele ano! Em 1950, Pio XII, decretou o Ano Santo, levando muitas e muitas romarias à Aparecida. Em 1951, fiz meu 2º Noviciado, seguido de seis meses de pastoral missionária, sob a direção do Pe. Mestre Geraldo Pires de Souza. Foram experiências que valeram a pena! A partir daí, não deu outra, caí nas Santas Missões, que eram pregadas por esse imenso Brasil. Só Deus sabe quantas missões, cidades pequenas, médias e grandes... Quantos Retiros, novenas, tríduos, semanas santas e outras atividades missionárias...

Meu momento presente - Hoje conto com 83 anos de vida humana e cristã. Conto com 59 anos de vida Consagrada na CSsR e 54 de vida sacerdotal. Atualmente trabalho e atuo na pastoral da Igreja Santa Cruz em Araraquara. Lembro-me da frase do Papa João Paulo II, “o missionário do mundo”: “Quem persevera em sua vocação edifica a Igreja”. Conto com as orações de toda a Igreja, dos familiares, parentes, Confrades, amigos, internautas, etc, para que na graça de Deus, minha vocação e perseverança seja coroada. E Vocês Jovens, ao lerem esta minha história vocacional, quem sabe, sintam também o desejo de se tornarem Missionários Redentoristas, gastando seus dias pela Redenção dos redimidos... Estamos no ano Vocacional, venham construir o Reino de Deus conosco! Vale a pena! A Igreja precisa muito de Vocês! Nela há vocações para todos!  (Pe. João Ribeiro de Carvalho CSsR = E-mail: joricarcssr@hotmail.com)

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