Calúnia
Vieste a mim em desespero,
chorando pela calúnia que te vitimou
e ameaçadoramente tua desgraça decretou.
Reergue-te depressa!
Amigo, não entres jamais nessa,
onde já se viu, pensar em suicídio
cometer?
Perguntas-me em desalinho,
como contornar o caos, o que fazer?
Nada por enquanto... apenas esperança
ter.
É isso que te digo,
com a certeza de que o amanhã melhore,
o mal, pode crer no que afirmo, a vida
com justiça tolhe.
Verás daqui uns dias,
a nulidade de todas as curiosas tias,
que nas janelas ficam espiando,
bisbilhotando.
Na verdade deveriam,
flores em suas janelas colocar,
para mostrar beleza e os transeuntes
encantar.
Casamento não acaba assim,
se tua esposa em ti confia e
verdadeiramente te ama,
sabe o que fará? Procederá como
quando colhemos o aipim.
Você é o aipim,
pela terra foi necessariamente abrangido
e ela, compreenderá sim a necessidade
da terra tirar.
Eliminará da tua vida todo gemido,
sanará tudo com a límpida água do amor,
lavar-te-á a alma com o bálsamo que
elimina a dor.
Tudo será outra vez canção.
Amigo, não chores, a calma tudo renova
e te trará novamente linda e magnífica
emoção.
No final, o que conta,
é ter a consciência tranqüila, em paz...
os acertos que o teu coração está a
pedir, o amor faz.
Maria Nilceia
Índice de Textos
|