PORQUINHOS EM MINHA VIDA

 
   Essa é a história de um pequeno animalzinho que, com seu amor e ternura sem limites, foi capaz de mudar toda uma vida.

   Aos nove anos de idade ganhei meu primeiro porquinho-da-índia, um maravilhoso presente de aniversário. Ele era marrom, preto e branco, lindo, me apaixonei no minuto em que o vi. Na verdade, não sabia ao certo que bicho era aquele, nunca havia visto um antes e não fazia idéia de como cuidá-lo; tudo o que sabia era o que o vendedor da loja de animais havia dito: comia ração para coelho e verduras. Mas, no início, meu instinto e amor foram suficientes.

   Dindon, como passei a chamá-lo, vivia solto no pátio de minha casa e possuía uma casinha de gesso para se esconder dos “perigos do mundo”. Vinha correndo quando chamado e passava longas horas dormindo no meu colo.

   Com o tempo, resolvi adquirir uma fêmea para lhe fazer companhia. Deu certo, da união dos dois nasceram os primeiros filhotes, bem no meu quarto! Três pequenas criaturas ansiosamente esperadas e profundamente amadas.
Passados alguns meses, algo terrível aconteceu: com cerca de um ano de vida, Dindon pegou pneumonia. 
   Triste, passei a alojá-lo dentro de casa, por ser mais quente, e separado dos demais porquinhos. Ele comia pouco, o nariz escorria, vomitava, e tinha dificuldades para respirar.  Fiz tudo o que pude, mas apesar disso ele morreu em poucos dias e me culpei imensamente por não ter sabido tratá-lo da forma mais adequada.

   Sua morte trouxe tristezas e sofrimento, mas a lembrança dos bons momentos, e os filhotinhos fizeram-me continuar com ainda mais forças.

   Decidi ler e descobrir tudo o que fosse possível sobre porquinhos-da-índia, a fim de evitar doenças e garantir-lhes vidas mais longas e felizes. No entanto, não encontrei nenhum livro ou pessoa que pudessem me ajudar.

   Continuei a percorrer sozinha a minha jornada, que, por mais longa que tenha sido, hoje estou certa de que valeu a pena, pois sei que realmente aprendi.

A inspiração e a paixão por Dindon me guiaram ao longo de todos esses anos; a saudade me motivou a aprender, e quanto mais compreendia, mais amava esses animais.

   Porquinhos-da-índia são incríveis, inteligentes e carinhosos, mas ainda muito mal compreendidos. A maioria dos veterinários chega a recusar-se a atendê-los, e seus donos, na maior parte crianças, gostam de seus bichinhos mas carecem de informações sobre eles. Por essas razões, sinto-me ligada eternamente a esses animais e obrigada a ajudar as pessoas a compreendê-los melhor.
 

ATÉ A PRÓXIMA!

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