Por: jaime nunes mendes
Com jeitinho se consegue tudo de quem ama. Assim, para que confrontar, criticar, insultar, quando se pode superar uma crise com doçura e suavidade? Para que provocações impensadas, críticas contundentes, injúrias implacáveis, se é possível, num abraço, juntar dois pólos opostos?
Sim, é bem verdade que às vezes é necessário exortarmos; contudo, deixemos esta alternativa como a última a ser aplicada. Primemos, pois, pelo jeitinho. Mas que jeitinho seria esse?
Ah! Obviamente não é o “jeitinho brasileiro”. De modo algum. O jeitinho de que falo, é aquele da meiguice, da ternura, do carinho. Se é bem mais fácil convencermos pela mansidão, por que então usar a força ou a chantagem emocional? Em termos práticos, se acaso eu esquecer, por exemplo, a meia suja em cima do sofá, em vez de fazer um sermão recheado de críticas, por que não empregar este infalível jeitinho?
Eu, particularmente, farei desse jeitinho o meu instrumento para pedir, convencer, obter etc.
Em suma, com esse jeitinho só não se consegue o impossível. Nesse caso só Deus e o seu jeito de lidar conosco.
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