CRISTÃO, CRENTE, PROTESTANTE E EVANGÉLICO: QUAL DESSES ADJETIVOS DESIGNA MELHOR O POVO DE DEUS?
Por: jaime nunes Mendes

Analisemos cada um separadamente:
Cristão (do latim christianus: o que pertence ao cristianismo) - segundo a Bíblia, surgiu pela primeira vez em Antioquia: “E sucedeu que todo ano se reuniram naquela igreja, e ensinaram muita gente; e em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos” (At. 11:26). É empregado de forma genérica para designar o adepto de qualquer religião dita cristã, ou seja, qualquer pessoa que professa crê em Cristo. Por exemplo: os evangélicos, os católicos, os espíritas, as Testemunhas de Jeová etc. Dá-se o mesmo com o substantivo cristianismo (do latim christianismus), que não é específico de um determinado grupo religioso, mas de toda cristandade (conjunto de países ou povos declarados cristãos). Por exemplo: os cristãos evangélicos, os cristãos católicos, os cristãos espíritas, os cristãos ortodoxos etc.
Crente (do latim credens, plural credentes) significa o que crê, aquele que tem fé. Ao pé da letra, portanto, todas as pessoas que têm fé, independentemente da razão dessa fé, podem ser chamadas de crentes, inclusive o próprio Diabo: “Tu crês que há um só Deus: fazes bem: também os demônios o crêem, e estremecem” (Tg. 2:19). Esta é a forma mais usual nas igrejas evangélicas. Qual de nós nunca ouviu falar, por exemplo em: crentes tradicionais, crentes pentecostais, crentes batistas, crentes presbiterianos, crentes assembleianos, crente mundano, crente carnal, crente fiel etc.?
Protestante, que significa pessoa que protesta, trata-se de um termo surgido na Alemanha em 29 de abril de 1529, quando os partidários de Martinho Lutero protestaram contra um decreto do imperador alemão. Embora seja empregado em referência a todos que crêem na salvação pela fé, na prática, porém, é mais comum na Europa, em referência aos luteranos, anglicanos e calvinistas.
Evangélico (do latim evangelicus: aquele que crê nos evangelhos), é a forma usada em documentos oficiais, por exemplo, pelo IBGE e por outros órgãos oficiais; é também a que mais aparece na imprensa e no meio acadêmico.
Em relação a qual desses adjetivos é o melhor, ao que parece, todos eles podem ser usados sem restrição, já que mais importante do que o rótulo ou o título, é a integridade moral e espiritual de cada pessoa que se diz cristã, crente, protestante ou evangélica.


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