CULPADO!

(adaptada por: jaime nunes mendes)

Conta-se que na Idade Média, um homem muito honesto e religioso foi injustamente acusado de ter matado uma mulher. A pessoa que o acusava desfrutava de grande influência na sociedade. Como ela queria esconder a identidade do verdadeiro assassino, resolveu então escolher o homem íntegro como bode expiatório, acusando-o de assassinato.
Chegou o dia do julgamento. Caso fosse condenado o acusado seria queimado em praça pública. O juiz presidia o julgamento por pura formalidade, uma vez que já tinha decidido, por antecipação, condenar o pobre homem. Para se mostrar benevolente e verdadeiro, o juiz decidiu propor ao acusado um trato:
- Sou um homem muito justo, disse o juiz. Sendo assim, proponho-lhe que a sorte decida seu destino. Escreverei em dois pedaços de papel as palavras CULPADO e INOCENTE. O senhor escolherá aleatoriamente um dos pedaços de papel. Aquele que o senhor escolher, este será o resultado do julgamento. Portanto, acrescentou o juiz: - A SUA VIDA ESTÁ EM SUAS MÃOS!
Sem que o acusado percebesse, o juiz pediu que se escrevessem em ambos os papéis a palavra CULPADO. Não havia, pois, alternativa para o pobre homem. Qualquer uma das opções constaria CULPADO. Certamente o homem justo seria condenado.
Quando chegou o momento da escolha, o acusado parou por alguns instantes e, em profunda paz interior, aproximou-se do local onde estava os papéis e após fazer a escolha, colocou-o na boca e o engoliu rapidamente.
- O que você fez, indagou o juiz. E agora, como saberemos o veredicto?
- É simples, Sr. juiz. Disse o acusado. E continuando: - O senhor só precisa olhar o outro pedaço de papel. Se no que eu engolir estava escrito CULPADO, então no outro deve constar INOCENTE; caso contrário, se no que eu engolir estava escrito INOCENTE, então no outro estará escrito CULPADO.
O juiz então não teve outra alternativa: Declarou-o INOCENTE.

MORAL DA HISTÓRIA
Por mais difícil que seja a circunstância pela qual você esteja passando, quando todas as possibilidades parecerem esgotadas, como diz um velho jargão popular: há sempre uma luz no fim do túnel. Se sua consciência estiver em paz com Deus e com o próximo, certamente você encontrará uma solução.


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