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EM DEFESA DA MULHER Por: jaime nunes mendes Em uma de suas peças, o dramaturgo grego, Eurípedes, que viveu bem antes de Cristo (485? a.C. – 406 a.C.?), coloca na boca da personagem Hécuba estas palavras: “Por causa de nossos costumes, nós, mulheres, não temos permissão para encarar os homens”. A mulher grega desta época, e mesmo àquela que viveu no período da igreja primitiva, não era considerada cidadã. Sua função restringia-se a conceber filhos, e de preferência homens sadios e robustos. Ademais, ela era uma espécie de semi-escrava, não uma auxiliadora tal qual Eva era para Adão. Quando Paulo escreveu: “ As vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei” (1 Co. 14:34), ele estava se dirigindo às mulheres gregas de Coríntios, que viviam sob este regime. Aqui mesmo no Brasil, lá pelos idos de 1850, a mulher só saía à rua acompanhada e em dias preestabelecidos; o mais tempo ficavam enclausuradas em suas casas, bordando, cozendo e, nas palavras escritor Manuel Proença: “falando mexericos”. Ou seja, a mulher não tinha uma participação ativa na sociedade. Não podia trabalhar fora. Não podia votar. Não podia reclamar muito. Enfim, vivia em função do marido e dos filhos. Muitos, hoje em dia, fazendo uso desta tradição, e empregando uma interpretação errônea da Bíblia, pregam, como arautos, a supremacia masculina. Esquecem-se de homens e mulheres são igualmente a imagem de Deus. Um é o complemento do outro. Ambos refletem a glória do Criador. Ambos custaram o mesmo precioso sangue de Cristo. Tanto um como o outro foram comprados por ele na Cruz. Se querem pregar a superioridade masculina, vá lá, que preguem! Porém, não usem a Palavra de Deus como argumento para suas atitudes machistas e patriarcais. O homem só tem autoridade sobre a mulher quando ele está sob a autoridade de Deus. Ele é o cabeça, mas não consta, na Bíblia, que a mulher seja a cauda! ...VOLTAR |