A MULHER É APENAS DIFERENTE
Por: jaime nunes mendes

Em seu livro “Elogio da Loucura”, Erasmo de Rotterdam (1465? – 1536),  referindo-se ao papel da mulher, satiriza: “Além do mais, que outra preocupação têm as mulheres nesta vida, senão a de proporcionar aos homens o maior prazer possível? Não será essa a única razão de tantos enfeites, de maquiagem, de banhos, de penteados, de aromas, de perfumes e de toda essa arte de se arrumar, de se pentear, de maquiar o rosto, os olhos e a pele? ... Eles prometem tudo a elas e troca de quê? Do prazer”.
É triste, mas esta foi uma realidade que perdurou até recentemente. Durante milênios a mulher existia tão somente em função do homem. Seu tempo deveria ser gasto, primeiro em função do marido, depois a serviço do filho e, apenas por último, é que ela deveria pensar em si própria. De forma clara, pode-se afirmar que a mulher não tinha vida em si mesma. Era ao mesmo tempo uma espécie de escrava e objeto do homem. Não tinha opinião própria e nem podia exercer qualquer atividade pensante. E o homem, aproveitando-se sempre desta suposta fragilidade feminina, exerceu verdadeira tirania sobre ela.
Hoje, não obstante a mulher ter se emancipado, ainda assim ela é vítima do machismo crônico de muitos homens, que se acham no direito de usá-la para seus fins mais egoístas. Mesmo àquelas que trabalham fora, para ajudar nas despesas da casa, têm de suportar sozinhas todo o serviço doméstico. Varrer a casa, lavar os pratos ou passar roupas é, para muitos homens, coisas de mulher. E o pior é que muitas delas acham que é assim mesmo.
Que isto se perpetue entre homens sem o temor de Deus, vá lá. Agora, que este tipo de comportamento seja vivido por homens que dizem servir a Deus, nem por hipótese há de se conceber. A mulher, conforme a Bíblia, deve ser companheira do homem. Se ela trabalha fora para ajudá-lo, por que tem de fazer todas as tarefas de casa sem ajuda dele? Homem que é homem nunca humilha ou usa a mulher para suas finalidades egoístas. Ao contrário, ele a aceita com suas peculiaridade, porém, nunca como um ser inferior que precisa de controle. A mulher não é sexo frágil, como muitos pensam. Há muitas mulheres que são verdadeira mantenedoras da casa. Mesmo aquelas que, por não terem necessidade de trabalhar fora, permanecem em casa cuidando dos seus afazeres, jamais devem ser subestimadas no seu valor. O homem nunca foi melhor do que mulher. Na verdade, nessa relação não existe “melhor” ou “pior”; há apenas  o “diferente”. Aceitemos pois as diferenças, e glorifiquemos a Deus por isso: “Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela” (Ef. 5:25).


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