OS APELIDOS
Por: jaime nunes mendes

A maioria das pessoas recebe, seja na infância, seja na fase adulta, algum tipo de apelido. Normalmente, os apelidos dados durante a infância são quase sempre frutos dos mimos dos pais ou de algum parente. Por exemplo: de Ivanete, Netinha; de Daniel, Dedéu; de Maria José, Zezé etc. Há apelidos que são, digamos, conseqüências naturais do próprio nome. Por exemplo: de José: Zé, Zezinho, Zeca, Juca etc.; de Francisco: Chico; de Sebastião: Tião; de Antônio: Toninho, Totonho, Tonho, Totó; de Luís: Lula, Lulu; de Alberto: Bezinho, Bebé, Bebeto; de Joaquim: Quincas; de Manuel: Manuca, Manduca; de Raimundo: Mundico etc. Alguns são conseqüências de profissões, características físicas, de rivalidades, do local onde vivem, da religião que freqüentam etc. Por exemplo: Perninha, Cabeção, Zoião, Bocão (por características físicas), Pedro Saci (por ter uma só perna), Bartimeu Cego (por não enxergar), Irmão (por ser crente), Beato (por ser muito católico), Ceará (por ter nascido neste Estado), João do Brejo (por morar no Brejo), Zé Bituca (por fumar restos de cigarros), Pé-de-Cana (por alcoolismo inveterado), Zé Açougueiro (por trabalhar em açougue) etc.
Na Bíblia, os apelidos (cognome, alcunha, epíteto) referem-se - normalmente - às qualidades ou à origem da pessoa: “E chegou, e habitou numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que fora dito pelos profetas: Ele será chamado Nazareno” (Mt. 2:23). / “E apresentaram dois: José, chamado Barsabás, que tinha por apelido de Justo, e Matias” (At. 1:23). Os apelidos pejorativos ou maldosos são veementemente condenados: “Então subiu dali a Betel; e, subindo ele pelo caminho, uns meninos saíram da cidade, e zombavam dele, e diziam-lhe: Sobe, calvo; sobe, calvo! E, virando-se ele para trás, os viu, e os amaldiçoou no nome do Senhor; então duas ursas saíram do bosque, e despedaçaram quarenta e dois daqueles meninos” (2 Rs. 2:23, 24).



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