“LÍNGUA MORTA”
Certamente você já usou ou já ouviu alguém usar a palavra “pêsame”. Trata-se de uma expressão de condolência ou tristeza pela morte de alguém. É usada com mais freqüência no plural (pêsames), que é a forma substantivada de pesa-me (de pesar: “tristeza, desgosto, dor moral”).
Já que nos referimos à morte, você sabe o que quer dizer a palavra fúnebre? Pois bem. Do latim “funebris” significa mortuário, lutuoso, macabro. Relaciona-se com o funeral, que é a cerimônia de enterramento, ou como se diz popularmente, o enterro.
E féretro, você sabe o que significa?
Bem. Originalmente era uma espécie de maca na qual os antigos romanos carregavam os restos de pessoas mortas.  Hoje é sinônimo de caixão de defunto,  ataúde, tumba, esquife (veja Lucas 7:14).
Ainda sobre a morte, você conhece a origem da palavra cemitério?
Vem da junção de dois elementos gregos: koimá (“deitar-se, dormir”) + térion (“lugar onde”). Ou seja: “lugar onde se deita para dormir” ou “dormitório”.  Outra palavra que designa o local onde se enterram os mortos é necrópole (do grego “nekrós”( “morte, morto”) e “pólis ou pole” (“cidade”), ou seja: Cidade dos Mortos.
Para encerrar: você sabe qual o nome do enxame realizado em cadáveres para apurar a causa do óbito?
Embora em medicina legal, seja comum o uso da palavra autópsia ou autopsia para designar tal perícia, ao pé da letra, porém, o termo correto deveria ser necrópsia ou necropsia, com o mesmo radical grego das palavras necromancia (adivinhação por meio dos mortos), necrotério (local onde se expõe os mortos), necrófobo (pessoa que tem medo da morte), necrólatra (adorador de mortos), necrópole (local onde se enterram os mortos) etc.


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