ENTREVISTA COM FERNANDA BRUM

 


Fernanda Brum toma nova direção em sua carreira

por El Net 19/04/2004

Ela, agora, tem um firme propósito: realizar os sonhos de Deus. E, para cumprir esse desafio, entrou em um novo processo em sua vida.

“Eu percebi que estava me tornando uma estrela gospel, e isso não agradava ao meu Deus”, testemunha Fernanda. “Essa situação não foi culpa de ninguém: da gravadora, da minha igreja, da minha família ou dos meus amigos. Foi minha culpa, eu falhei nisso”, admite.

Além do desafio de dar uma nova direção a sua carreira ministerial, Fernanda se deparou com uma grande batalha quando constatou que havia perdido o seu bebê em um aborto espontâneo. “Eu entrei em um tremendo luto, vivi momentos de muito tristeza e angústia”, relembra. “Entrei em águas profundas, mergulhei fundo no que Deus tinha para mim”, declara a cantora.

Logo depois, veio a ordenação para o ministério pastoral. Ela e o esposo Emerson Pinheiro foram consagrados pastores auxiliares, para atuar na área do louvor.

Para completar a alegria do casal, em dezembro passado, um exame realizado nos Estados Unidos mostrou que Fernanda estava grávida. Assim que o sexo do bebê foi descoberto, ele recebeu o nome de Isaac, e ela saiu testemunhando a metamorfose pela qual passou a fim de que Deus a preparasse para uma nova história. “Realizei muitos sonhos pessoais, hoje eu só tenho sonhos para o ministério”, afirma.

Mas a troca dos holofotes pela estola envolveu outras atitudes, não mais fáceis, na vida de Fernanda. “Eu tive uma ordem de Deus para não ter fã-clubes”, conta. Ela diz que em sua casa havia um armário com cartas e mais cartas de fãs, que ela guardava. “Havia um rolo de dois quilômetros de papel escrito ‘eu te amo’. Eram palavras de adoração voltadas a mim e não a Deus”. Foi em uma pregação da amiga Ana Paula Valadão que ouviu uma mensagem sobre idolatria que lhe mostrou a solução do problema. “Na mensagem, ela dizia que toda pessoa ou objeto que afasta a glória de Deus é tirada ou tirado da Terra. E eu entendi que aqueles adolescentes estavam se reunindo não para cultuar a Deus, mas para me idolatrar e para, muitas vezes, manter relacionamentos que não eram sadios. Passavam horas ouvindo minhas músicas, trocando fotos, falando de mim, indo às minhas apresentações. Eu sempre recebia telefonemas de mães que diziam não saber mais o que fazer, pois o filho faltava aula, não mantinha compromisso com a igreja, mas ficava trancado no quarto me ouvindo e olhando para minhas fotos”.

Preocupada com a questão, Fernanda decidiu queimar todas estas cartas que a colocavam como um ídolo. Atitude que foi interpretada erroneamente por alguns que achavam ser uma ação de estrelismo. “Eu comecei a receber telefonemas e reclamações de pessoas por estar queimando as cartas. Mas a história não é essa. Eu queimei, sim, cartas de pessoas que tinham uma visão deturpada de mim. Eu recebi um chamado para levar pessoas a adorarem a Deus e não para ser adorada”. Fernanda conta que chegou a receber a ligação de uma menina católica dizendo estar extremamente magoada com sua atitude. “Eu respondi a ela que não era para se preocupar, porque tudo que eu recebo como demonstração de carinho eu guardo. Eu respondo todas as cartas que recebo. Em alguns casos, fico tão emocionada que ligo para orar, para ministrar, para agradecer. Mas não posso aceitar – e assim incentivar – cartas de pessoas que dizem que, se não receberem minha atenção, vão se matar. Isso é idolatria. Já vi adolescentes passarem uma noite inteira acompanhando o Voices, dormirem nas ruas, chorarem, colecionarem fios de cabelo. Isso é idolatria”.

Mas as conseqüências das reuniões dos fã-clubes não paravam por aí. A perseguição dos fãs interferia na vida conjugal de Fernanda e Emerson. “Eles ligavam para minha casa chorando. Às vezes, no único dia da semana que eu tinha para estar com o Emerson, eles apareciam.”

Mas, a jovem pastora não se limitou à ação de declarar publicamente, inclusive em meios de comunicação de massa, que não apoiaria mais fã-clubes em seu nome. Ela iniciou um trabalho de discipulado que tem rendido frutos muito especiais, em que é possível ouvir testemunhos do ex-“perseguintes” – como a cantora, carinhosamente, os apelidou. “Depois de falar que não queria mais fã-clubes, a primeira coisa foi discipulá-los. Dizia-lhes que eu não podia ser adorada, pois aquilo não lhes fazia bem. Mostrava que eles estavam transferindo para mim o que deveriam levar a Deus. Aqueles que entenderam a mensagem e quiseram mudar, têm um testemunho tremendo, mas os que insistiram no erro permanecem com uma visão distorcida”.

Um exemplo do que Fernanda está falando aconteceu recentemente no Olympo, uma casa de shows na zona norte do Rio de Janeiro. A cantora e o seu marido participaram de um congresso de adoração como ouvintes. “Eu sentei no chão ao lado deles para ouvir as mensagens, eu os ouvi também, eles me viram e ouviram e não houve nada de gritaria, desespero. Foi a demonstração de um relacionamento de amizade, sadio. Todos estavam ali para adorar a Deus e nada tirou a atenção deles, fiquei muito feliz. Tudo que tenho feito ao falar sobre isso é um clamor pelo fim do fanatismo”, completa.

Em mais esta empreitada, Fernanda Brum demonstra que está conseguindo grandes vitórias. Ela está alimentando o coração de muitos sonhos e projetos que já estão em andamento. Um deles é a transformação da “Brum Produções” em “Casa da Adoração”, nome que ela e Emerson escolheram para o prédio onde o casal mantém um estúdio.

Mas as idéias não param de chegar. “Os nossos sonhos são profundamente ministeriais”, revela. “Minha esperança, e também do Emerson, é que aquilo que nós dois não conseguirmos fazer, Deus vai capacitar o Isaac para completar”. Para reforçar a idéia, ela lembra o texto de Josué 13:1: “Já estás velho, e entrado em dias, e ainda muitíssima terra ficou para se possuir”.


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