A-1 (AMX)

O VETOR

AMX25.jpg (13550 bytes)Resultado  de  um projeto ítalo-brasileiro o AMX é uma aeronave de ataque com ampla gama de armamento que inclui mísseis ar-superfície  MBB kormoran 1,  Aerospatiale  AM-39  Exocet  ou  o AGM- 68A Maverick, mísseis anti-radar AGM-88A HARM, lançadores  de  foguetes  de  diversos  tipos  ou  bombas  inteligentes como  a  GBU-10  Paveway II.  Para sua defesa o AMX usa dois mísseis  de  curto  alcance  como  o  MAA1  Piranha.  Na versão brasileira  o  AMX dispõe de um par  de  canhões   DEFA   554  de  30  m.   Contribuiu    para   essa  decisão   as   restrições  impostas   pelos  norte-americanos  para  a  exportação  do  canhão  General Eletric M61A1 Vulcan de 20 mm.
    Ser capaz de carregar uma  grande e variada  carga ofensiva até um  alvo  não  é,  no entanto  o  suficiente, um avião  de  ataque  necessita  acerta-lo  com  precisão.  O A-1  possui uma sofisticada e eficiente plataforma de navegação e ataque que, como os outros sistemas da aeronave, são duplicados para garantir o sucesso de uma missão mesmo após uma pane ou avaria.  A  versão  italiana  do  AMX  conta com um radar de telemetria Fiat Pointer baseado no Elta EL/M-2001B, mas o modelo  brasileiro  passará a possuir um radar multi-função   vastamente   mais  capaz   que   atende   pela  designação  SCP-01.  Com capacidade Look-down /Look-up,  o  SCP-01  pode  ser  operado  em  funções ar-terra,  ar superfície ou  ar-ar,  podendo ainda ser usado como radar meteorológico. Para a Embraer, por exemplo, foi um gigantesco passo para o aprendizado de novas tecnologias de fabricação e também para a indústria aeronáutica como um todo, como os órgãos de avaliação, planejamento e homologação. Inicialmente previa-se a fabricação de 79 aeronaves para o Brasil, mas devido a restrições orçamentárias, esse número foi reduzido para 56, operando em Santa Cruz (Esquadrão Adelfi, 1°/16° GAV) e em Santa Maria, no Esquadrão Poker (1°/10° GAV) e no Esquadrão Centauro (3°/10° GAV). Ao longo desses dez anos de operação na FAB, novas doutrinas permearam a Força Aérea, como a utilização do HUD (Head Up Display), a precisão nos ataques com o sistema CCIP/CCRP (Continuosly Computed Initial Point/Continuosly Computed Release Point - Ponto Inicial Continuamente Computadoo/Ponto de Lançamento Continuamente Computado).
    Como qualquer outra aeronave de ataque operando a baixa altitude sobre território hostil, um A-1 estaria vulnerável as defesas inimigas durante o transcorrer de uma surtida, necessitando um leque de artifícios não só para executar uma missão, mas para regressar a salvo. Possuindo dispositivos que acusam a presença de  radares  inimigos  ou  o  lançamento de mísseis,  o A-1 conta  com sistemas ativos e passivos de contra medidas eletrônicas,  possuindo  ainda a capacidade de lançar "chaff" e "flares" para neutralizar a ação de mísseis orientados  por iluminação  radar ou infra-vermelha. As próprias dimensões físicas do A-1  já produzem  um  sinal de radar bastante pequeno que,  aliado  ao  reduzido registro acústico  e  emissão de calor e fumaça do Rolls Royce Spey,  diminuem substancialmente a vulnerabilidade do A-1 a detecção por radares inimigos.  Apesar da existência desses sofisticados equipamentos eletrônicos,  a  possibilidade  do  A-1 ser danificado  em  combate  permanece.   Todos  os  sistemas  elétricos,  hidráulicos  e  de aviônica  foram  duplicados  de forma  a  garantir a execução  da  missão  mesmo após a perda  de  qualquer  um  desses  sistemas. Os sistemas  que  acionam  as  superfícies  de  controle   de   vôo   são    bem   separados   e   redundantes,   reduzindo   muitíssimo  a  possibilidade  de  serem comprometidos se a aeronave  for  atingida por  fogo hostil. 

Testado e aprovado em combate

    Em 1998 pela primeira vez a Força Aérea Brasileira foi convidada para participar da 3ª edição do Red Flag, exercício organizado pela USAF em Nellis, Nevada. O 1°/16° Grupo de Aviação levou seis caças A-1 e 22 pilotos, apoiados por um KC-137 do 2°/2° GT e dois C-130E/H pertecentes ao 1°/1° GT e 2°/1° GTT. Contando ainda com a participação das forças aéreas da Bélgica, Cingapura e Holanda e da própria USAF, o Esquadrão Adelfi enfrentou os mais diversos tipos de ameaças na terra ou no ar, realizando durante 15 dias 52 surtidas em 18 missões de ataque, conseguindo na maior parte das missões penetrar nas defesas inimigas e obter um grande índice de acertos. O exercício serviu para demonstrar que aeronave é capaz de operar num ambiente moderno.
    Em 1999 ocorreu o batismo de fogo, durante o conflito das forças da OTAN contra as da Iugoslávia sobre Kosovo, tendo a AMI (Aeronautica Militare Italiana) utilizado com enorme sucesso os AMX pertecentes àquela força. As missões dos AMX estavam centradas em postos de comando, veículos blindados, baterias de artilharia terrestre - principalmente - e concentrações de tropas. Decolando em elemento (duas aeronaves) e utilizando as bombas Mk 82 não-guiadas, as israelenses Opher guiadas por infravermelhos e no final do conflito chegou a empregar bombas guiadas a laser GBU-16. O AMX teve importante participação para o sucesso da campanha aliada no conflito.

Traçando o Futuro

Após o conflito, as atenções se voltaram para o AMX quanto as possiblidades no mercado mundial. A venda para a Venezuela, a primeira para um país que não a Itália ou Brasil, dá uma noção do que está por vir com relação ao seu futuro. A Alenia e a Embraer preparam a nova geração do caça, a medida que aumenta o número de pedidos de informação sobre a aeronave em um mercado que tem como maiores rivais aviões de treinamento avançados otimizados para ataque. Denominado AMX-T, essa versão biplace do AMX desenvolvida pela Embraer para a Venezuela, é muito mais capaz como avião de ataque do que os treinadores avançados atuais e também podendo desempenhar muito bem o papel de treinadores avançados. Integrada pela Embraer e pela Elbit, essa versão do AMX receberá uma série de equipamentos de última geração utilizados pelo ALX, novo caça de ataque leve. entre eles destacam-se compatibilidade com NVG (Night Vision Goggles - Óculos de Visão Noturna), um HUD grande angular, novos MFD e atualizações em seus sitemas de contramedidas eletrônicas e de aviônicos. Há ainda a possibilidade de integração do radar Scipio de fabricação nacional. O AMX italianos devem passar por um upgrade, provavelmente incorporando as mudanças dos AMX-T encomendados pela Venezuela. Outras possibilidades como a substituição dos motores Rolls-Royce RB-168 Spey Mk 807 por uma versão sem pós-combustão do Eurojet EJ200, acrescentando mais potência e consequentemente aumentando suas performances e ainda a proposta da Alenia para a Aeronautica Militare Italiana em desenvolver uma versão de guerra eletrônica, chamada de AMX-E, podendo também operar com mísseis AGM-88 HARM. Quanto à FAB e sua nova filosofia de racionalização, é de se esperar que até seja feita a encomenda de um quarto e último lote de 24 aviões dessa nova versão para a Força, podendo ser os substitutos dos Xavantes de Fortaleza (1°/4° GAV - Esquadrão Pacau) no treinamento avançado ou em um novo esquadrão, e que os outros A-1 que já operam na FAB passariam por um upgrade parecido com os AMX italianos, incorporando os mesmos sistemas dos AMX-T venezuelanos. Somando-se os F-5 modernizados e os ALX e futuramente os novos caças do Programa F-X, o Brasil terá uma força respeitável e um grande poder de dissuasão no cenário latino-americano.
    A FAB adquiriu um total de  56  AMX,  dois forram perdidos em acidentes,  restando  54  AMXs.  E ainda pretende adquirir mais um lote destas aeronaves, elevando para 78 o número de AMXs.

Quando  estas  aeronaves forem complementadas pelo novo caça de superioridade aérea,  teremos  um fator de dissuasão capaz de honrar nossos pilotos.

Características

Tipo: Aeronaves de ataque
Ano: 1984
Operadores: Brasil, Itália e Venezuela
Motor: 1 turbofan Rolls Royce Spey MK 807
Empuxo 11.000 Libras
Pesos:
Vazio 6.640 kg
Máximo na decolagem 13.000 kg
Capacidade de combustível 3.555l em tanques internos (fuselagem e asa); capacidade para dois tanques de 1.000l (799kg) nos pontos internos das asas e dois tanques de 500l (399kg) nos pontos externos
Dimensões:
Altura 4,57 m
Envergadura 8,87 m
Comprimento 13,57 m
Superfície alar 21.00 m²
Performances:
Vel. máxima (a 305 m) 1.160 Km/h
Vel. de ascenção 3.840 m/min
Teto de serviço 13.000 m
Autonomia:
Perfil "HI-LO-HI" + carga bélica de 907Kg 890 Km
Perfil "LO-LO-LO" + carga bélica de 907Kg 555 Km
Perfil "HI-LO-HI" + carga bélica de 2.720Kg 520 Km
Perfil "LO-LO-LO" + carga bélica de 2.720Kg 370 Km
Máxima (com tanques de 1000 L) 3.150 Km
Armamentos:
Armamentos Bombas guiadas a laser e IR; bombas de queda livre, de fragmentação e anti-pista; mísseis ar-superfície e anti-navio; mísseis ar-ar AIM-9 Sidewinder e MAA-1 Piranha
Outros Dois canhões DEFA 554 de 30mm (versão brasileira) ou 1 canhão Gatling Vulcan M61A1 de 20 mm (versão italiana); um ponto ventral para 907Kg; dois pontos internos subalares para 907Kg; dois pontos subalares externos para 454Kg; dois mísseis ar-ar em trilhos nas pontas das asas. Carga bélica máxima de 3.800 kg.

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