Harry Potter e o Mistério do Véu Negro
 
 
 

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— 18º Capítulo
a chegada do natal

  

N

a manhã seguinte, a neve sutilmente caía ao exterior da Sede enquanto Harry dirigia-se a mesa de café!

– Bom dia Sra Weasley! — Harry puxara uma das cadeiras desgastadas e sentou.

– Bom dia Harry, querido, como passou a noite?

– Bem melhor do que as outras... — Deu um belo sorriso para a mãe de Rony e logo aproveitou. — Senhora... er... eu gostaria de pedir permissão para que Rony, Mione e eu pudéssemos ir novamente à casa de meus pais...

– Harry, não sei se devo... Da última vez que esteve lá voltou com... — Harry não deixara Molly terminar sua exclamação e logo interrompeu.

– Não, senhora. Andei treinando e acho que estou melhor preparado do que aquele dia!

– Não sei bem, mas se você realmente quer ir, Boa sorte querido!

– Obrigada. — Harry não encostara nem mesmo os dedos nos deliciosos biscoitos caseiros, sairá correndo para encontra os amigos, derrubando até os cobertores de Moody.

– Mais cuidado meu jovem.

– Desculpe Moody. — Gritava ele dobrando o corredor.
Após alguns minutos estavam prontos e nervosos.

– Harry mais tarde eu e o Alvo queremos falar algo sério com você, não se preocupe. Só não procure passar mal. — Molly abençoara os garotos que em seguida aparataram.

Estava tudo vazio e assombroso como da última vez á frente da antiga casa de Harry.

– Harry você está bem? — Perguntou Hermione nostálgica olhando o garoto estremecer.

– Sim, estou. Vamos entrar.

Passaram pelo portão enferrujado e entraram em uma casa de olhar redutível. Quase que instantaneamente a cicatriz de Harry começar a arder. Passaram por uma sala onde quase não batia luz do sol, cada passo que o garoto dava dentro daquela casa, era como se estivesse revivendo o dia em que seus pais morreram ali dentro.

– Harry...

– Sim, Mione.

– Isso não está certo. — Disse a garota olhando alguns lustre quebrados no chão.

– Ah, Mione, você sempre faz isso nas horas mais inoportunas. — Falou Rony desviando de dois pedaços de vidros.

– É sério. Acho que estamos correndo perigo. — Hermione estava cada vez mais pálida.

– Por que acha isso, Mione? Não tem ninguém aqui.– Harry havia pronunciado essas palavras, mas ele mesmo não estava confiante de que ali era seguro. — Mas por via das dúvidas apanhem suas varinhas.

Harry chegou no lugar onde pelo que se lembrava era seu quarto.

– Devíamos ter trazido o Moody com a gente aqui. — Disse Rony olhando uma porta trancada.

– Ai!

– O que foi, Harry?

– Seja o que for está cada vez mais perto, minha cicatriz dói cada vez mais. Vamos logo por aqui. — O garoto cruzara uma parede castigada pelo tempo.

– Harry...

– Hermione, agora não! -Rony já estava impaciente.

– Rony, cala a boca! Harry, eu não acho que seja uma boa idéia. Como iremos saber se esse lugar não está cheio de magia negra?

– Isso é verdade, Mione, você está certa. — Falavam praticamente em códigos.

Harry até pensava desistir, mas foi tomado quando encontrou um feche de Luz vindo de uma parede que aparentemente não tinha nada por trás.

– "Revelus". — Nada aconteceu com o feitiço revelador de Harry.

– Harry, por favor... — Hermione já se escorava em Rony. — Já sabemos que pode ter algo aí. É melhor irmos e voltar com o Olho-Tonto Moody. Teremos mais êxito.

– Ok! Vamos buscar Moody. — Harry queria encarar o que fosse, mas não iria contrariar os amigos. — Agora que eu sei que a minha cicatriz dói quando eu chego perto de uma Horcrux acho que dessa vez estamos em vantagem.

Harry, Rony e Hermione voltaram logo em seguida para o Largo Grimalld 12

– Ah garotos ainda bem que chegaram, eu já estava ficando preocupada. E como foi? Alguma surpresa? — Molly parecia ainda mais velha.

– Nenhuma surpresa, mamãe!

– Voltaremos outro dia lá, senhora.

– Harry, depois quero que desça, você já sabe o porque! — Harry acenou com a cabeça, enquanto subia as escadas com Rony e Hermione. 

– O que será que ela quer? — Murmurou Hermione curiosa.

– Sei lá, deve ser sobre alguma coisa a respeito da Ordem, eu espero.

Após o almoço forçado pela Sra Weasley, Harry meio que desconfiado adentrou a sala, dando de cara com o imenso quadro de Alvo Dumbledore.

– Com licença senhor, a senhora Weasley disse que o senhor deseja falar comigo.

– Oh, sim, sim, Harry, precisamos ter uma conversa de esclarecimentos, meu jovem.

Harry sentiu-se gelar. A última vez que Dumbledore chamou o, para um tipo de conversa assim foi para contar tudo sobre Voldemort em seu quarto ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

– Ah, Harry. Eu gostaria de começar a lhe contar coisas que lhe omite. Por achar que você não tinha idade para entendê-las. — Disse Dumbledore numa voz lenta e arrastada, porém fina, que deu a Harry uma sensação de calmaria.

– Harry, para muitos bruxos isso seria a melhor noticia do mundo, mas creio que não para você. — Dumbledore abriu um sorriso enganador e respirou. — Harry, você é o herdeiro do banco Grin... — Mas o Prof. não terminara de falar, pois Harry já o interrompia.

– Eu já sei disso, Prof. — Disse ele, que ao ver a expressão indagadora que tomou conta da face velha e cansada de Dumbledore explicou. — Há uma maleta Professor, o Brieida me deu... ele disse que era um grande amigo seu.

– Ah... Quer dizer que você conheceu o velho Brieida. E como está Resfine? — Perguntou Dumbledore com uma cara mais animada, vendo Harry fazer uma careta ao se lembrar do bicho, Dumbledore soltou uma risada rápida e continuou.

– Bom Harry, Não quero que pense que nós não confiamos em você. Apenas achamos que você deveria saber disso quando fosse mais responsável...

– Tudo Bem, no começo eu fiquei chateado, mas depois entendi. — Falou Harry sorrindo para Dumbledore que retribuía serenamente.

– Sabe Harry, por muitas coisas nós ainda iremos passar. E ficara mais fácil se confiarmos uns nos outros... — Dumbledore deu uma breve respiração e antes que Harry interrompesse, ele continuou. — Você já teve algum progresso com as Horcruxes?

– Acho, tem uma dentro da casa dos meus pais. — Harry deu uma breve pensada. — Professor, quando chegamos lá minha cicatriz ardeu, mas mesmo agora que consigo agüentar mais a dor, tem algo detrás de uma parede que faz minha cicatriz arder muito. Ah, voltamos para cá para tentar levar o Moody mas... — Dessa vez quem interrompera foi Dumbledore.

– Harry, você tem que descobrir um jeito de fazer isso sozinho, Moody Não vai poder te ajudar sempre. Você tem que aprender como fazer. A magia sempre deixa vestígios Harry. E lembre-se quando em mais nada puder confiar, só confie em si mesmo e continue tentando!

E com aquelas palavras Harry entendeu que estava dispensado.

– Mas como, Harry? — Perguntou Rony quando estavam sozinhos no quarto com Hermione. — Como ele quer que você ache os Horcruxes sozinho? Não temos tanto tempo de aprendizado como ele.

– Bom Rony, eu não sei como ele quer que façamos isso. Ele disse que Moody não poderia estar por perto o tempo todo. O que me deixa a desejar.Temos que arranjar um jeito.

– Harry por que você não vem dar uma olhada nisso? — Hermione estava lendo o Profeta Diário. — Olha, Bellatrix foi vista novamente nos arredores de Hogwarts, mas desta vez estava sozinha, nem sinal do Snape. O que será que ele anda aprontando em?

– Não sei Mione, mas tenho certeza que não é coisa boa.

O mês foi passando sem muitas novidades. Harry continuava treinando com Moody, Rony e Hermione e tentava arranjar um jeito de destruir a taça e entra na sua própria casa.

O natal estava chegando com cada vez mais frio.
Natal chegou e com ele veio Gina Weasley.

– Harry, meu amor, estava morrendo de saudades. — Falou Gina dando-lhe um beijo logo ao entrar, ignorando a todos. — Temos tanto para conversar.

– Bom Gina, acho que isso pode esperar um pouco não é?

– Claro.

Hermione havia ido para casa dos pais onde passaria o natal depois voltaria para a Sede. Mas Rony mudara seu humor totalmente, Harry não entendia muito bem por que, mas sabia que Rony e Hermione estavam caidinhos, pelo simples fato de um ficar implicando com o outro.

– Harry, venha cá, quero que conheça alguém, esse é Rodrig Alamedas Bodric um grande amigo de seu pai e sua mãe. — Disse o Sr. Weasley com as malas de Gina ainda nas mãos.

Harry achou estranho o nome desse bruxo mas nem pensava em possibilidades dele ser o mesmo R.A.B. do medalhão.

– Muito prazer Harry Potter. Há muito tempo sonhei com esse momento, você é igualzinho seu pai, exceto... exceto pelos olhos que são iguais aos da sua mãe!

– Obrigado!

Harry já ouvia isso há muito tempo, mas o que na realidade tinha demais com seus olhos? Isso ele descobriria mais tarde?

Harry não imaginara que haviam tantos com iniciais R.A.B. Ele ficou ali na sala, bastante tempo conversando coisas sobre o ministério da magia e como havia abandonado o colégio assim sem mais nem menos. Depois de bons papos e admirações, o homem de nome Rodrig Alamedas, colega de Arthur, foi posto como o mais novo membro da Ordem da Fênix para vigiar os trouxas em Londres.

– Harry, como você pode admitir aquele homem mesquinho, na Ordem? -Rony perguntou para tentar puxar assunto com Harry, que não parava de beijar Gina.

– Do mesmo jeito que pois você, Rony! — Gina respondera.

– Ah... — Rony olhou assombroso com cara de ingênuo diretamente para o colega. — Eu sou muito mais útil que esse tal de Bodric, espera até a Mione saber disso! Não se pode ficar acrescentando membros assim Harry!

– Rony, cala sua boca! — Disse Gina jogando um travesseiro em cima do irmão.

Os dias de férias de Natal foram passando lentamente para Hermione, que não agüentava mais ficar indo pro consultório dos pais e para Rony que não suportava fica de vela, mas para Harry e Gina o tempo voava, eles foram visitar A Toca no Natal. Muitas corujas sobrevoavam os campos enevoados e brancos das vilas, A Toca estava cada vez mais mal tratada, parecia-se que ninguém habitava a casa há anos, o quarto de Rony não estava pior do que ele havia deixado, mas ao contrario, a cozinha encontrava-se intacta, só com alguns vestígios de poeira.

– Quanto tempo! — Rony falava sozinho com a coleção de Martin Miggs que se localizava pendurada em uma parede coberta por recortes.

– GAROTOS, desçam para o jantar. — Gritava a Sra Weasley depois de arrumar toda a casa e preparar a comida.

Aquela primeira noite depois de algum tempo fora da Toca, era tensa e ao mesmo tempo alegre para Harry. Molly não parava de paparicá-lo, Gina só pensava em seu amor, mas Rony implica de alguma maneira no relacionamento da irmã com o amigo.

Harry sabia que a implicância do amigo com o seu namoro era por causa de Hermione, então ele decidiu ter uma longa conversa a sós com o amigo:

– Rony precisamos conversar. — Disse Harry entrando no quarto onde estavam dormindo.

– Agora que conversar? onde está a Gina em? — Perguntou Rony folheando O Pasquim que ganhara de Luna de Natal.

– Rony para com esse ciúmes bobo.

– Ciúmes bobo? Você parece que vai engolir ela inteira, Harry.

– Olha se você quer saber, você ta com inveja, por que não admite que gosta da Mione?

– Eu gostando da Mione? Ficou louco?

– Não, não estou louco, não. Desde que ela foi para casa dos pais passar o Natal, você está rabugento e mal humorado, o que será? Uma dor de dente? — Perguntou Harry ironicamente. — Abre logo o jogo, Rony, você não tem nada a perder!

– Ah Harry, na verdade não sei se gosto da Mione. Ela quer ser sempre a espertinha e tudo mais.

– Rony, por que você não conversa com ela?

– Mas por outro lado ela é tão bonita e me ajudava sempre que eu precisava nos deveres semanais. É acho que tenho que tomar coragem e falar com ela. — Rony tomara fôlego. — Obrigada, Harry.

– Os amigos são para essas coisas.

E assim Rony ficou mais contente e ficou totalmente a favor com Harry e Gina. No sábado à noite, Fred e Jorge foram jantar N’Toca e trouxeram presentes para todos. Suas gemialidades estavam crescendo e eles estavam tendo muitas idéias. O que era bom para o comercio deles.

Harry ganhou um Mega-olho, o objeto era uma bala de todos os sabores, como feijõesinhos, mas aumentava o tamanho do seu olho excessivamente.

– Harry, cuidado com as verdes, elas são de vomito e aumentam em duas vezes o tamanho do seu olho!

– Fred, como você esta magro, vocês não andam comendo, não? — Perguntou a Sra Weasley analisando a silhueta de George.

– Harry, Mamãe, vocês não sabem da nova?! — Fred falou puxando uma caixa enrolada de presentes.

– Não, não fala Fred! — Gritava George do lado direito da mesa ao lado de Gina e Harry.

– O que houve? — Perguntou Molly e Harry juntos.

– O George esta namorando a Cho Chang, aquela gatinha que estudava lá em Hogwarts ano retrasado, lembra Harry? — Gina dera uma engasgada e Rony soltou um riso.

– Harry era afim dela! — Disse Rony, deixando todos na mesa com um tom avermelhado na cara.

– Era mesmo, Harry?

– Eles foram até aquele barzinho de casais, em Hogmeasd, ano retrasado.

– Cala a boca Rony. — Agora era Gina que tentava entra debaixo da mesa de vergonha.

– Isso foi há dois anos atrás, ela é muito bonita, mas eu prefiro a Gina!

Nesse instante os olhos de Molly arregalaram e a boca da garota abriu em um berro de agradecimento.

– E quando vai ser o casamento dos pombinhos?

– Não temos planos para isso!

– Agora só falta vocês... — Molly deu uma direcionada de olhar para Fred e Rony, que ficaram brancos. — ...e o Carlinhos!

– Senhora, e o Percy? Ele esta namorando com alguém?

– É, ele esta até dormindo na casa da Mamila, ela é uma jovem que trabalha no ministério, junto com o Arthur!

Aquele papo de casamento e namoros deixava Rony ainda mais decidido a se declarar para Hermione.

 Os dois últimos dias de ferias de Gina, fora bem aproveitado na Toca, não parava de jogar com o passa-tempo-bruxo que Fred havia lhe dado e de beijar Harry, quando ele não estava a sós com Rony.



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