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— 34º
Capítulo
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GERLLIN...
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arry! Olá, pessoal, como vão todos? — Tonks estava linda, penteada e
carregava uma flor no bolso esquerdo da veste.
– Estamos bem, ah, Tonks acabamos de descobrir algo que nem mesmo toda a
ordem pode saber! — McGonagall falava em sussurros na porta do Cabeça de
Javali.
– Então acho melhor irmos a um lugar mais seguro! — Exclamou a bela moça
pegando a mão de Gina, Luna e Hermione e cumprimentando-as.
– Vamos para Hogwarts, afinal já esta noite! — Minerva saiu andando na
companhia de Tonks e Hagrid, enquanto Gina e Harry beijavam-se na brisa
da noite em direção a Hogwarts. Rony e Hermione estavam abraçados
deixando Nevile e Luna em uma situação de constrangimento.
– Anda, vai, vai... — Disse Rony baixinho perto de Nevile, Hermione riu
delicadamente.
Nevile olhou pensativo e tímido para Luna e voltou o olhar para Rony e
Hermione que não se desgrudavam.
– Você esta perdendo tempo, anda... — Agora quem aconselhava Nevile era
Hermione que deu um pequeno beijo em Rony e riu.
Nevile olhou novamente para Luna que estava se contorcendo de frio e com
um olhar tímido, aproximou-se mais um pouco, enfiou a mão entre os dedos
da garota e não á olhou, deixando ela ainda mais desconcertada. Essa
façanha fez com que Gina e Harry parassem de se beijar e olhasse o
constrangimento de Luna e Nevile dados à mão.
As entranhas de Nevile se debatiam mais que o bicho preso no corpo de
Harry no ano anterior quando Gina passava por ele.
– Você ta... ta... está com frio? — Perguntou um Nevile tímido e sem
graça.
– Muito!
Passaram-se alguns minutos onde já dava para ver os portões enferrujados
de Hogwarts para que Nevile abrisse novamente a boca:
– Acho que... é que... Estamos chegando!
– É!
Eles ainda não haviam se encarado, olhavam para o chão como se
procurassem algo muito valioso.
– Como você... se saiu no NOM’s ano passado? — Nevile retorcia sua mente
atrás de perguntas úteis, mas não achava.
– Bem!
As respostas rápidas e diretas de Luna deixavam o garoto ainda mais
constrangido, fazendo os outros dois casais rirem em silêncio.
Uma tomada de ar frio fez Luna e Nevile se abraçarem sem perceber, pela
primeira vez os olhos verdes se encontravam em meio à escuridão, algo
que fez o casal parar de andar e ficar imóvel.
– É... que...
Nevile não conseguiu falar mais nada, sua boca foi calada pelos lábios
secos e gelado de Luna que tomara a iniciativa.
– Vamos! — Gritou Harry para o casal ali parado a uns dez metros de
distancia, fazendo o trio que andava conversando na frente olhar para
trás e logo continuar a andar novamente.
O resto do caminho foi tranqüilo, Nevile abraçava Luna ainda meio
constrangido, Gina beijava Harry a cada dez segundos e Hermione
sussurrava coisas no ouvido de Rony.
– Creio que queiram dormi em garotos? — Perguntou Minerva ao topo da
escada de mármore. — Pode ir Harry, eu conto tudo para Tonks não se
preocupe.
– Certo, Boa noite a todos.
– Boa noite para vocês também! — Disseram Tonks e Minerva — Hagrid já
havia ficado em sua nova cabana.
Todos os garotos subiram sem pressa a escada da torre e Luna se separou
de Nevile e dos outros no corredor que levava ao salão comunal da
Corvinal.
O constrangimento de Nevile aumentara até o movimentado salão comunal,
onde pessoas ainda comemoravam a partida de Quadribol.
Estavam tão esgotados que foram direto para os dormitórios — Harry
atrasado por garotos dando lhe parabéns.
Quando conseguiu subir, Rony já estava atirado sobre a cama e Nevile
olhava petrificado para o teto, nem se mexia. Harry não o interrompeu, e
vestiu seu pijama silenciosamente.
Crack!
– Dobby! Que susto!
– Te... tem alguém com você aí, Harry? — Nevile saira do transe e fora
dormir.
Harry afastou de leve a cortina e o acalmou:
– Sim, é só o Dobby. Sim... a que devo a visita? — Perguntou animado.
– A Diretora Minerva pediu que eu avisasse Harry Potter, senhor. Ela
gostaria de encontrar com Harry Potter e seus amigos na sala dela para o
café da manhã.
– Ah, certo. Pode avisar que iremos, mas eu não tenho como avisar Luna
Lovegood, da Corvinal...
– Certo, Senhor deixei antes uma carta da Diretora para a Srta. Lovegood
na sala comunal da Corvinal. O Senhor vai ficar em Hogwarts?
– Por alguns dias, Dobby... Algum tempo. Boa Noite...
– Boa noite, Senhor Potter! Se precisar de Dobby, é só chamar.
Harry agradeceu com um sorriso, deitou-se, mas mesmo cansado ficou ali
pensativo.
A noite passava-se estranhamente calma. Harry não conseguia adormecer e,
por isso, levantou-se sorrateiramente em direção ao peitoril da janela.
"O que será que a professora Mcgonagall quer falar?", pensou.
Respirou o ar puro da noite e tentou esvaziar a mente. Trabalho árduo,
principalmente depois de ter avistado alguma coisa de tamanho enorme
caminhando entre as folhagens da Floresta Proibida.
"Besteiras... deve ser o Grope...", consolou-se.
Por fim, resolveu voltar para sua cama e refletir sobre suas próximas
ações para o dia seguinte.
Em uma menção de segundos Harry encontrou-se em uma sala com varias
portas que começaram a girar rapidamente, as enormes e velhas portas que
aparentavam ser a sala do ministério pararam, ele um pouco nervoso e com
medo tentou abrir a porta que ficou a sua frente e que emanava uma luz
brilhante. A maçaneta estava firme e gelada.
Sem conseguir de alguma forma abri-la, Harry sentiu que algumas mãos
foram postas em seu ombro e quando ele se virou para ver seus donos ele
acordou e viu Rony de pé ao lado de sua cama com a mão posta em seu
ombro lhe chamando:
– Harry você esta bem cara? O que aconteceu você parecia estar tento
alucinações?
– Rony que horas são?
– Não sei cara, por quê?
– Temos que chamar a Mione e a Gina e ir para sala da Prof. McGonagall.
– Para quê?
– Não sei, também estou curioso. Onde está o Nevile?
– Ele desceu agora pouco, estava dançando feito louco.
– Dançando?! — Harry riu junto a Rony, Nevile adorava dançar em seus
momentos românticos.
Harry e Rony puseram as vestis da Grifinória e foram para o salão calmo
e vazio, exceto por Romilda Vance e três colegas que Harry só vira de
vista.
– Justo agora a Hermione demora no dormitório?! — Exclamou Harry olhando
para Romilda. — Fique aqui, Rony.
Harry deu alguns passos em direção à menina que havia lhe dado poção do
amor, estava pronto para pedir que a menina fosse chamar Gina e
Hermione.
– Harry meu amor! Bom dia! — Gritou Gina ainda em cima da escada fazendo
o grupinho de meninas olharem com nojo.
– Estava mesmo querendo ver você, onde está a Mione... — Harry calou-se
a ver Hermione aparecer atrás de Gina descendo a escada. — McGonagall
pediu para que forcemos tomar café da manha com ela hoje, o Dobby que me
disse. — Harry adiantou-se ao olhar de Hermione.
– Ah, então vamos logo estou morta de fome! — Disse Gina envergonhando
Harry diante das admiradoras.
Os garotos passaram pelo quadro da mulher gorda e saíram caminhando em
direção ao salão principal, onde havia poucas pessoas nas mesas das
casas.
– Harry, Minerva mandou buscá-lo... — O Filch magro e velho estava ainda
mais magro e mais velho carregava madame nora em um dos braços e uma
bengala castanho chumaço na outra mão.
– Onde ela esta? — Perguntou Harry animado.
– Na sala reservada de reuniões, junto ao Longbotton e a Lovegood... —
Filch deixou sua feição ainda mais deprimente ao falar o nome dos
alunos. — ...acho que estão tendo um caso!
Hermione e Rony quiseram rir mais disfarçaram e foram andando com Filch
a uma sala que ficava atrás da mesa dos professores onde só Bins e
Trelawney estavam sentados. Harry já havia entrado naquele lugar no seu
quarto ano quando tinha sido sorteado pelo cálice, mas a sala estava
super limpa e havia uma mesa parecida com a da casa dos Weasleys bem ao
centro com três pessoas ocupando a ponta do móvel, quadros de bruxos
consagrados movia-se nas paredes, o que mais chamava a atenção de Harry
era a fartura de comida que estava sobre a mesa.
– Estão aqui, Senhora!
– Obrigado, Filch!
– Mais alguma coisa, Senhora?
– Não, obrigado. — Filch saiu arrastando uma das pernas pela sala e
desapareceu. — Sentem-se!
Os garotos se acomodaram nas cadeiras acolchoadas e macias satisfazendo
já o olhar com o banquete.
– E a Tonks Senhora? — Perguntou Harry lembrando que Tonks havia ficado
em Hogwarts naquela noite.
– Ah, Lupin foi levá-la ontem à noite ao Três Vassouras, não podemos
vacilar deixando a retaguarda de Hogwarts sem proteção!
– Sei, sei...
– Mais chamei vocês aqui essa manha para comemorarmos o feito inédito de
ontem. — Minerva deixou seu sorriso amarelo se esvair pelo rosto. —
Ontem à noite quando estava contando a Tonks e ao Lupin, o quadro de
Dumbledore também estava presente, ele falou que Aberforth era uma
grande pessoa, que podíamos confiar absurdos nele.
– Dumbledore sabia que o irmão estava vivo? — Perguntou Hermione bebendo
um gole de suco amanteigado.
– Sim, sabia...
– Mais porque Dumbledore não contou ao Harry...
– Ah, Hermione, Dumbledore não ia contar assim o segredo do irmão, não
é?
– Isso mesmo Ronald, ele não contou a ninguém, queria absoluto segredo,
até porque ele tinha uma rixa com o irmão, eram de opiniões diferentes e
só conversavam raramente...
– E a respeito das Horcruxes, por que então Dumbledore foi atrás do
medalhão se sabia que...
– É, Harry, Aberforth não confiava todos os seus segredos ao irmão, ele
já mas contou a Alvo que estava atrás das Horcruxes, e que sabia que uma
já fora destruída, e assim também fez Alvo, ele não contou que estava
procurando as Horcruxes com você, queria achá-las secretamente.
– Então Dumbledore e Aberforth não se gostam? — Perguntou Luna
desconcertada olhando para Nevile sorridente.
– Não que seja isso, mas Alvo não era pleno de certeza que Aberforth era
totalmente do bem, Aberforth já fez muitas coisas que beneficia as
Trevas que Alvo discordava...
– As trevas? — Perguntou Nevile espantado. — Ele me parecia super do
bem...
– Não julgamos uma pessoa pela aparência Longbortton, você deveria
saber! — Exclamou Minerva olhando de Luna para Nevile. — Chega de
comentários, viemos aqui para comemorar e tomar esse belo café da manha,
então sirva-se.
Rony já se encontrava com uma costela de galinha entre os dentes,
Hermione e Luna bebiam delicadamente o suco, enquanto Minerva e Nevile
deliciavam-se nos macarrões enrolados.
Harry achava ridículo receber bolinhos de chuva na boca por Gina, mas
aceitava para não á magoar.
Aquele início de manhã estava perfeito, alegria, amigos, amor, tudo que
Harry precisava para esquecer Snape, Bellatrix ou Voldemort por alguns
minutos. Brindes eram dados em homenagens especiais e normais, os
quadros nas paredes aplaudiam e sussurravam a cada declaração feita por
Harry.
– Meninos... — McGonagall dirigiu o olhar para Nevile, Luna e Gina. —
Seus horários... não podem...
– Ah, sim! — Exclamou Luna levantando-se da mesa puxando Nevile. — Vamos
Gina, Poções agora!
Nevile saiu tropeçando no tapete correndo atrás de Luna e Gina que iam
de pressa para seu primeiro horário que seria com Slughorn.
– Acho que já vamos também Professora... — Disse Harry levantando-se. O
mesmo fizeram Hermione e Rony que ainda segurava um bolinho na mão. —
Temos que resolver uns assuntos.
– Sim, Harry, foi uma ótima manha! — Exclamou Minerva apertando a mão
dos garotos fortemente.
– Até mais!
Harry, Rony e Hermione saíram da sala da prof. Minerva e foram para o
salão da Grifinória onde poderiam conversar com mais privacidade, pois
todos agora deveriam estar em aula.
Ao continuarem o caminho Harry percebeu uma coruja piando no assoalho da
janela com um pergaminho pendurado na perna.
– De quem será isso? — Questionou Hermione.
– Kim. — Leu Harry.
Harry,
Rufo está nesse momento em Londres, aproveite essa oportunidade para
poder ir ao ministério... Tente descobrir como abrir aquela porta.
Atenciosamente,
Kim Shacklebolt
P.S.: Cuide-se, estou esperando na cabine.
– Então é isso. — Disse Harry. — Chegou a hora!
– É, Harry. — Rony encarou Hermione. — Mas como iremos abrir aquela
porta?
– Isso está resolvido Rony, preciso de vocês dois comigo, certo?
– Claro, claro!!! — Responderam os amigos excitados.
– Vamos agora mesmo!
Harry, Rony e Hermione voltaram correndo ao salão principal e pediu que
Minerva abrisse o portão para eles pudessem resolver um assunto em
Hogsmeade, à diretora rapidamente chamou Hagrid que seguiu os garotos
até a entrada do castelo e destrancou o portão deixando o trio sair
afoito e aparatar logo em seguida.
Ali estava o auror magro e de feições alegres na porta da cabine,
ansioso, esperando os garotos.
– As corujas de hoje são bem mais eficazes? — Riu Kim cumprimentando
eles.
– É, mas vamos logo...
– Ah sim, Harry... vamos!
Entraram na cabine tiraram as fichas da máquina e desceram o elevador
até o andar onde ficava a sala das portas.
Passaram por alguns aurores, mas com a presença de Shacklebolt ninguém
os interrogava. A fonte estava ainda mais brilhosa e linda que nunca.
Entraram em um corredor e viram Dippet tirando um cochilo na cadeira de
repouso do quadro e caminharam lentamente.
– Aqui, Harry! — Kim parou e abriu a porta que dava de frente a sala
redonda e repleta de portas. — Entrem, ficarei aqui vigiando.
– Certo... e obrigado.
– Disponha, Harry, seja rápido!
– Certo!
Harry, Rony e Hermione entraram na porta que foi logo fechada, sedo
marcada com um “x” de fogo vindo da varinha de Hermione.
Os garotos chegaram ao meio do salão e viram-se rodeados por portas.
Analisaram cada uma minuciosamente, deixando seus olhos pularem a que já
estava marcada com um "X". Todas eram absolutamente iguais, e neste
instante começaram a rodar.
– Ah, droga, será como da última vez, arriscaremos uma a uma até
encontrar a porta certa.
– Não, Rony... — Elucidou Hermione.
– Tem algum plano, Hermione? — Indagou Harry, e ao fitar a expressão da
garota sentiu-se como se tivesse dado um gole na Felix Felicis.
– Já viemos aqui antes, certo? — Começou ela.
– Sim, e daí? — Foi a vez de Rony interrogar.
– Já marcamos as portas que não nos servem mais...
– Exatamente, Harry. — Disse Hermione. — Tudo o que precisamos fazer, é
lançar um feitiço parecido com o Prior Incatatem nas portas, para elas
revelarem os mais recentes feitiços lançados. E cá entre nós, não é todo
dia que chega um bruxo aqui e marca um "X" nelas...
– Genial... mas você conhece algum feitiço do tipo, Mione? — Perguntou
Harry.
– Oras, vocês deveriam visitar mais vezes a biblioteca... é claro que
conheço um feitiço.
Hermione olhou para os colegas hasteou a varinha:
– Divulguios...
A flama verde saiu pairando os reflexos sobre as portas que rapidamente
apareceram X’s em duas na esquerda e uma à sua frente.
– Agora nos resta essas quatro... — Disse Rony olhando pras portas não
marcadas.
Harry, sem palavras, adiantou-se para a porta a seu lado e tentou girar
a fechadura sem êxito.
– Xeque-mate! — Disse Harry percebendo que aquela era a porta.
– Então abre, Harry! — Disse Rony olhando para o amigo. — Você disse que
sabia!
– Realmente sei, e são vocês dois que vão fazer isso!
– Quê? — Perguntou Hermione e Rony deixando a testa e os olhos faiscando
de medo.
– São vocês que irão abrir... devem apenas usar o amor... o amor de
vocês abrirá a porta. — Harry deu um riso ao olhar a cara de Hermione
vermelha e suada. — Andem!
Os garotos se olharam e andaram vagarosamente ao alcance da porta
tocaram a fechadura, um de cada vez. Nada.
– Claro que assim não irá abrir! Vocês têm que usar o amor... o amor de
dentro de vocês... o amor que um sente pelo outro!
Hermione encarou Rony e começou a chorar, ele não entendeu nada da
situação e logo ficou nervoso e trêmulo, era a chance deles mostrarem
para Harry que podiam ajudá-lo.
– Hermione, não considerei tudo o que nos aconteceu apenas curtição...
Eu te amo, sempre te amei, mas não conseguia admitir... — Rony falou sem
mesmo perceber que sua boca se mexia.
– Eu também, Ronald, você não imagina o quanto foi doloroso deixar meu
orgulho falar mais alto...
– E você com... com aquele Vitor... só falava nele... e no baile, você
foi com ele...
– Claro, você não me notava como uma menina...
– Você gostou dele mesmo, Hermione?
– Claro que não! Eu sempre gostei de você... seu bobo... Ano passado eu
não suportava ver você com a... a Lilá, eu chorava toda noite... e você
ainda fazia questão de beijá-la na minha frente... — Uma lágrima correu
no olho de Hermione deixando os olhos de Rony encharcado d’água.
– Não gostava da Lilá e o importante é que eu te amo e sempre vou te
amar... — O braço de Hermione soltou-se da fechadura e atingiu os ombros
de Rony dando-lhe um beijo demorado, o que fez Harry ficar sem graça.
O semblante da mão de Hermione encontrou a mão de Rony em cima da
fechadura, brilhos prateados expandiram-se por todo local deixando um ar
leve e agradável.
A mão dos amados girava de acordo com o feixe da porta fazendo um
sorriso aparecer em todos os rotos.
Fulgores dourados apareceram quando Rony e Hermione abriram a porta
deixando a sala submersa de claridade.
Os garotos entraram na sala, Rony e Hermione estavam de mãos dadas. A
claridade era intensa, mas estranhamente suas pupilas não se sentiram
incomodadas. Aos poucos a sala foi ganhando forma, a luz diminuiu por
completo e os garotos assustaram-se com o que viu.
Rony deixou escapar um assobio de intriga.
A sala era pequena e ao contrário do que imaginavam, as paredes, o chão
e o teto eram de terra batida. Não havia nada na sala, exceto uma
pequena banqueta no centro, feita de madeira.
Harry aproximou-se da banqueta e, de mais perto, percebeu que havia um
pequeno frasco com um líquido alaranjado.
Hermione e Rony também se aproximaram.
– O que é esse líquido? — Perguntou Rony apertando a mão da garota.
– Como vamos saber? — A voz de Hermione perdera aquele tom de
impaciência que adquiria toda vez que falava com Rony. E ele percebera
isso.
– Vamos tirar isso daqui, rápido. — Disse Harry. Por um momento ele
hesitou, mas, no fim, tocou no frasco.
– Cuidado, Harry. — Rony falou assustado.
– Pode ser perigoso. — Disse Hermione.
O líquido adquiriu uma luminosidade estranha e fraca. Mas nada
aconteceu. Ele arrebatou o frasco para dentro de seu bolso, e correu
junto com os outros para fora daquele lugar. Chegaram ao salão circular
com as portas marcadas com um "X".
Imediatamente, Hermione ordenou:
– Finelus!
No instante seguinte, os "X" desapareceram, restando apenas aquele que
fora conjurado por Hermione minutos antes.
Os garotos encaminharam-se para esta porta, abrindo-a. Deram de cara com
um Shacklebout nervoso e atordoado:
– Conseguiram? — Indagou afoito.
– Sim, mas precisamos sair daqui, temos que ver o Aberforth depressa. —
Disse Harry.
– Quem é Aberforth? — Perguntou Kim pensativo. — E para que vê-lo?
– Eu explico no caminho.
– E então, Kim, faz alguma idéia do que seja? — Perguntou Harry, já
sabendo a resposta.
– Sinceramente, não, nenhuma... Você tem razão, talvez esse Aberforth
possa nos ajudar. — Harry havia explicado a Kim que Aberforth era um
bruxo curandeiro que morava no Cabeça de Javali.
– Pessoal, isto é só um líquido laranja, o que o Aberforth poderá dizer?
— Perguntou Hermione. — Deve existir milhões de poção de cor laranja por
aí! Ele terá de decantar todos os ingredientes para saber do que é
feita...
– Mione, ele não é o professor Slughorn. — Disse Harry. — Estamos
contando com seus conhecimentos sobre o passado, talvez Aberforth já
tenha visto esta poção...
– Mas, Harry... o ministério guardava esta poção num local
inacessível... — Começou Hermione, mas foi interrompida por Harry:
– Não foi tão inacessível para você e o Rony...
A face de Rony mudou para escarlate. Hermione sorriu antes de continuar:
– Descobrir o que tem aí dentro pode ser perigoso...
– Este é um risco que temos de correr. — Disse Kim.
– A menos que você queira beber a poção e testá-la, Hermione. — Ironizou
Harry.
– Não, obrigado, não tenho sede. — Retrucou contrafeita.
Estavam andando pelas ruas, quando conseguiram encontrar um beco vazio.
Olharam ao redor, mas ninguém parecia estar observando-os. Entraram ali
e, num gesto simples, giraram cada um em torno do próprio eixo.
O Três Vassouras estava vazio, mas ninguém prestará atenção nisso.
Correram em direção ao Cabeça de Javali, para falar com o barman. Quando
chegaram na entrada, Kim informou-lhes que ficaria ali de vigília.
– Certo, se descobrirmos algo, voltamos para lhe contar. — Harry o
consolou.
– Ok, agora andem!
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