O Travis tem umas musiquinhas tão ruins que chegam ao cúmulo de serem boas.
É mais ou menos o que acontece com o seriado Chaves: de tão ruim, o negócio vira cult.

Ok, a comparação foi uma merda. De qualquer forma, ouça Pipe Dreams. Você vai entender o que eu estou falando.

Eu já disse que odeio superficialidade? Pois é, odeio.
Cuspo em cima.

E o lugar onde seus olhos habitam
Que irritam, insistem em ver o que é mito
Falar o que é escrito e interromper meus pensamentos
Esqueçam o que sinto, finjam que não existe transpiração
O dito pelo não dito, sem intervenção
As flores jogadas sobre a cama, o perfume amargo
O fogo queimando as linhas do chão
Transformando em cinzas o pouco que sobrou da paixão
Provando que eu esqueço fácil
Tão fácil que assuta.
Insulta.
...

Poucas coisas são tão boas na vida quanto devorar uma barra de chocolate com amendoim em um momento de crise e ainda assim entrar numa calça 38 sem grande esforço.

Poucas vezes vi um dia tão lindo quanto hoje. O sol vibrante, a ventania constante e nenhuma nuvem branca no céu. Perfeito. Olhei pela janela do quarto e vi um lençol branco, trêmulo, pendurado no varal de uma casa que fica do outro lado da rua. O vento jogava o tecido para todas as direções, e aquele movimento foi trazendo aos poucos a melancolia. A piscina estava vazia, as folhas do quintal não haviam sido varridas e tudo aquilo que eu não tenho passou a ser projetado naquela tela branca. De amores a amigos, todas as imagens foram surgindo e rapidamente fugindo do meu olhar lento que não conseguia acompanhá-las. O dia lindo ficou triste, mas não deixou de ser deslumbrante em momento algum.

É difícil pra mim viver um dia assim. Raramente penso naquilo que não tenho, mas hoje o vento trouxe isso e nada pude fazer. A minha empolgação constante não cede lugar com facilidade para esse tipo de crise, e mesmo assim sei que a tristeza reflexiva é saudável. E sei que logo passa, e que amanhã não vou lembrar de mais nada. E sei que não preciso me martirizar com esses vazios, porque hora ou outra eles serão preenchidos.

Curtas

Meu primo Leandro, que mereceu historinha junto ao Pitoco há alguns posts, tem um Gol "batedeira" que entra em combustão a cada quinze dias. Cada vez que as labaredas sobem e mancham o capô, o gênio cola um adesivo pra cobrir o estrago. A coleção já é grande e conta com ícones como Pato Donald, Racionais MC's, Eu Acredito em Duendes e afins. Desde a aquisição da super máquina, a porta do motorista já não abria, mas isso era o de menos. O problema maior veio quando a porta do passageiro também deixou de funcionar e a família toda passou a entrar no carro pelo porta-malas. Sim, a família inteira: Leandro, esposa, filhinho maior e menininha bebê. E a trupe nem sequer se constrangia com a situação. Iam a supermercados, shoppings, parquinhos e até ao complexo do Pêssego (quem mora nos cafundós da Zona Leste vai achar que esse comentário é pessoal). Parente é isso aí.

A criatividade anda uma merda.
Preciso de overdoses de sessões de cinema.

Blog inteligente, divertido, louco.
Pronto, gostei.
Virei fã.

Em tempo, o bart postou o diálogo inteiro lá no blog.
Sem link, tá? Se interessar, tá dois posts abaixo.
...

E hoje não tem historinha, pq tô detonada e destruída.
Preciso de uma aspirina, um banho quente e cama.
Hasta la vista.

Só pra deixar claro: Bart, Kleber, Sacripanta e Cabeção são a mesma pessoa.

O Bart reproduziu lá no blog dele um diálogo que nós travamos via e-mail. O problema é que ele boicotou a minha mensagem que deu origem à série. Mesmo assim, dá uma passada lá pra ver o nível das nossas discussões.

Certa vez, minha irmã comprou no Carrefour um LP do Lulu Santos e mais algumas aquisições escatológicas. Isso lá pelos idos de 1986, 87 ou algo próximo disso. A Valeria sempre teve péssimo gosto musical, isso é fato.

Voltando ao Carrefour, eles tinham promoções incríveis na seção de música naquela época. Junto ao maldito álbum do Lulu, minha maninha trouxe pra casa inteiramente grátis uma pérola do Nenhum de Nós. Isso mesmo: merda em dose dupla. E olha que só tinha clássicos:

O Astronauta de Mármore

Sempre estar lá, e ver ele e voltar
Não era mais o mesmo mas estava em seu lugar

E Camila, Camila, o grande e único hit da banda.

Meu irmão, mais sensato, nunca permitiu que aquele disco pousasse na velha vitrola. Em certa ocasião, ensandecido por algum motivo inexplicável, o homem arrancou o bolachão da capa e arremessou no meio da rua. Não contente em ter acertado a lataria do carro da vizinha, ainda fez questão de correr até o asfalto pra pisotear aquela coletânea de gravações sofríveis.

E ainda perguntam por que eu admiro tanto o meu irmão. Porque ele é o máximo, oras.

Parece mentira, mas eu juro pelas barbas do Bin Laden que tudo é verdade. Não tenho o mail do Alexandre aqui, mas vou conseguir e quem quiser pode confirmar os fatos diretamente com ele, autor do ato glorioso. E existem muitas outras histórias envolvendo o elemento - em uma delas, o dito perdeu metade da bunda depois de uma queda trágica do rolimã. Fica pra próxima.

E pra quem ficou com dó ou está sentindo algum tipo de admiração pelas malvadezas do Pitoco, saibam que o desgraçado morreu de velhice e voltou para o lugar de onde nunca deveria ter saído: o inferno, óbvio.

Esse blog já tem quase um mês de existência e ainda não organizei os arquivos para que meus fãs, ou melhor, leitores, se deliciem com tanta criatividade, irreverência e inteligência. Perdão, pessoas. Farei isso em breve, assim que entrar efetivamente em férias acadêmicas. ;-)
...

São comentários desse tipo que fazem com que eu perca automaticamente o direito de reclamar que poucas pessoas lêem essa overdose de histórias mal contadas.

Meu tio tinha um cachorro demoníaco chamado Pitoco. Era o próprio filho do demo. Quando meu primo Leandro fez uma tatuagem ilegal aos onze anos, foi o Pitoco que dedurou o ato para a família.

Escondido dentro do quarto, sob as cobertas e com uma febre de 40 graus, o Leandro achou que passaria a vida toda sem que ninguém descobrisse seu dragão deformado no braço esquerdo. Ele sempre teve merda na cabeça, mas na infância era pior ainda.

O cachorro maldito, mais esperto que toda a família junta, foi o primeiro a notar que o moleque estava escondendo alguma coisa. Corria alucinadamente entre a sala e o quarto, arranhava a porta como se quisesse abrí-la e latia feito louco. Queria de qualquer forma chamar a atenção do meu tio alienado que, como sempre, assistia algum programa cretino na televisão. Por um milagre de Santo Expedito, meu tio saiu do transe e percebeu que o cachorro precisava contar algum segredo. Seguiu o bichinho escroto e bateu na porta do quarto até o Leandro tomar coragem e abrir. Segue o diálogo que virou lenda:

- Quequi tá acontecendo, Leandro? O Pitoco tá preocupado com você.
- Num é nada não, pai... (moleque meio morto, meio vivo, pelando de febre e segurando o braço tatuado)
- Quequi cê tá segurando aí?
- Er...
- Fala, filho de Deus!
(Pitoco latindo, exigindo explicações concretas)
- É isso aqui, pai... (Leandro mostrando a cagada consumada)
- Que merda. Doeu?
- Pra caraio.
- Esconde essa coisa e vai dormir. Vou tentar calar a boca do Pitoco pra que ele não conte nada pra sua mãe.
- Valeu, pai. Fico te devendo essa.
- Falô, filhão! (tio idiota piscando e sorrindo, sem sacar a gravidade de um dragão no braço de uma criança de onze anos).

Como pode um homem tão cretino ser irmão legítimo de alguém tão genial quanto minha mãe? Milagres da vida.

A Bibiana me beliscou hoje à tarde - coisa que eu execro - e, para revidar, dei um chute na bunda dela. Desde então o clima está tenso entre a gente. Caralho, como é difícil conviver com as pessoas diariamente.

Caracas, eu estou demasiadamente séria nas últimas 24 horas.
Será que a morfina não faz mais efeito?

Faz sim. Tem que fazer.
O que corta o barato é pressão excessiva para entregar tudo antes de ontem.
Meu humor vai estar bem melhor na sexta-feira. Ou não.

Pensando no ano que está chegando ao fim, tenho a nítida sensação de que novamente não foi muito produtivo. Vamos ao balanço.
coisas positivas:
- troquei meu carro velho por um zero sem fazer dívida;
- aprendi muito sobre teoria do design por conta das pesquisas para o trabalho de graduação;
- por conta do que aprendi, hoje tenho quase certeza de que estou mesmo no caminho certo;
- continuo sem namorado (esse item entre nas duas listas);
- conheci pessoas bacanas e aprofundei amizades antes superficiais;
- descobri que sempre existem perspectivas de mudança e os horizontes são infinitos.
bad things:
- terminei o ano totalmente sem grana;
- continuo no mesmo emprego de merda;
- continuo sem namorado;
- algumas decepções, como é de praxe;
- criei um blog, fato que me torna ainda mais obsessiva.

Como sempre, fiquei no zero a zero. Nada de créditos, nada de débitos.
O placar tem que mudar. E que o resultado seja positivo pra mim.
...

Mesmo com essas expectativas, esqueçam promessas de ano novo.
Só quero deixar claro que vou mudar de emprego - isso é questão de honra.
O resto é o resto. Vai acontecer ao sabor do vento.

Diversão garantida é assistir o Show do Milhão pra ouvir o Seu Silvio tentando pronunciar as palavrinhas em inglês que surgem no meio das questões.

Assim como o sacripanta, sem inspiração pra escrever.
Aliás, ele fez poema com citação pra mim na sexta passada.
Carinhoso como de costume, vou citar o trecho que interessa:

"Que a Vanessa tome tanta morfina que morra esturricada.
Que ela vire um daqueles bonecões de Olinda de que tanto gosta.
Que os boi-bumbás do Maranhão da Roseana façam companhia para ela."

Outra coisa que vale citar é a lista de mulheres-personagens por quem ele já se apaixonou.
Eu acho que nunca me apaixonei por alguém surreal por mais de 2 horas.
Quando o filme acaba, a paixão morre. Memória volátil.

Mesmo assim, eu sou parâmetro quando citam mulheres que se apaixonam pelos caras errados.
O último homem perfeito que encontrei na minha vida já tinha namorada.
Talvez ele fosse perfeito exatamente por tal motivo.
...

Humanos são confusos demais. Não agem por instinto.
Às vezes eu me sinto insensível por esquecer toda a confusão com tanta facilidade.

A moça me envia um convite super simpático e eu respondo com uma mensagem em branco e um vírus anexado. Parece que a educação tomou o primeiro avião e decidiu morar na Nova Zelândia.

De qualquer forma, o maldito bicho se espalhou sem o meu consentimento. Hoje descobri também que ele chegou até caixas postais inimagináveis, totalmente perdidas no passado ou no buraco negro do meu Outlook.

E voltando à vida quase normal, praticamente recuperada do trauma por ter escrito "pesso" e ainda cuidando dos bichinhos virulentos que se espalharam nesse humilde computador, deixo aqui registrado os pensamentos do dia:

>> Entre braçal e intelectual, meu trabalho pode ser considerado como coluna do meio. Eu penso pouco e soluciono problemas imbecis. Carrego umas pilhas pesadas de papel e ando de um lado para o outro para atender reclamações e dúvidas alheias. Realmente não consigo saber em que time esse trampo joga.

>> A lixeira do banheiro, além de sua função conhecida por muitos, serve ainda para cobrir o ralo contra a entrada de bichos peçonhentos em casa. Pesquisas científicas comprovam que as residências que mantém o cesto sobre o ralo possuem 90% menos baratas em suas dependências. Não se sabe ainda se as baratas não têm força suficiente pra levantar o cesto ou se simplesmente resolvem retornar ao esgoto quando sentem o cheiro de merda. Vivendo e aprendendo.

Se alguma vez na vida você já me mandou e-mail, entre em www.mynetis.com e vacine seu micro.

Recebi na minha caixa postal o vírus Badtrans, que se espalha por todos os endereços existentes no seu programa de gerenciamento de mensagens (e não só naqueles que constam na lista de endereços, como a maioria dos vírus). Isso significa que o bichinho é enviado até para quem te manda spam (essa é a parte boa da história, se é que isso existe). De qualquer forma, o sacripanta não é tão mau assim. A vacinação do Mynetis já resolve o abacaxi.

Obrigada pela colaboração, e espero que vocês não me odeiem só por isso. Existem motivos melhores.

Morfina: seu blog com crassos erros ortográficos.

Alguém tem um canivete aí?

Acho que eu vou chorar.

Pronto. Três semanas de boa reputação foram para o brejo por conta de um pequeno deslize inexplicável.

Hahahhahaha!
No post abaixo, eu escrevi "pesso".
Que caralho significa isso, pô?

Em respeito (?) aos meus queridos leitores, não farei nenhum tipo de correção.
Escrevi errado mesmo, admito.
Mas quero deixar bem claro que eu sei que essa porra se escreve com cê cedilha.
...

É mais um sinal de que o nabo realmente ronda esta casa.

Eu imploro para que as pessoas virem o disco.
Esqueçam Casa dos Artistas, Soninha, Afeganistão e clonagem.
É tudo o que eu pesso, pelo menos por alguns minutos.
E que sejam minutos de silêncio.
...

Eita, mal humor da peste!

Tem um nabo apitando aqui dentro de casa.
Ainda não entrou no escritório, mas sinto que se aproxima.
Tranquei a porta. Dizem que ele guarda uma cópia da chave.
Tudo é questão de tempo.

Maldito nabo. Preciso de mais quatro dias, pode ser?
Tudo pronto até sexta-feira.
Esqueçam meus comentários inteligentes e modestos por esta semana.
Se eles forem curtos e surgirem em momentos propícios, aparecerão.
Senão, só amanhã.
Ou depois de amanhã.

A tática agora é vencer o nabo, dobrar esse velho inimigo.
E o maldito surge invariavelmente em todo final de semestre.
Até agora sobrevivi, ainda não conheço de perto o olhar do crápula.
Mesmo assim não aprendi a me defender.
Tudo fica sempre para a última semana.
Para o último dia.
Última minuto.

Às vezes eu me odeio. Sou brasileira, fazer o quê?
Funciono sob pressão.

Uma coisa que me deixou feliz foi ver os bonecos de vento novamente em ação nas portas de borracharia e postos de gasolina. Tudo porque a meta de economia de energia baixou de 20% para 7%. Vida longa aos bonecões!

Você nota que a pessoa está sem assunto quando ela só fala em blogs e Casa dos Artistas.

Ninguém tem um canivete, pô? Então eu vou usar faca de cozinha mesmo.

Acabei de descobrir o blog com o maior número de reticências por centímetro quadrado do universo.
Não vou fazer nenhum comentário sobre conteúdo, que cada um tire suas próprias conclusões.
Mas eu tive que transcrever o comentário abaixo. Foi irresistível.

Quinta-feira, Novembro 22, 2001

"Sofrer e chorar significa viver"
Dostoievski

Eu hein...
posted by Cibele Di Cássia I. Silva 6:36 PM

O que a menina quis dizer com esse "eu hein..."?
Será que pra ela sofrer e chorar não significa viver?
Deixa pra lá. Eu prometi não fazer maiores comentários.

P.S. Não clique no link. Acredite em mim: é ruim pra caralho.

Trilha do dia:

Blondie
U2
Portshead
Clash

Objetivo: amenizar o mau humor terrível de quem teve que passar o domingão inteiro diante do computador. E daqui da janela deu pra sacar que o dia foi lindo de morrer. :\

A noite vem chegando e todos estão ansiosos pra saber quem roda hoje na Casa do Caralho. Ai, que meda! Já tem gente fazendo pipoca e torta de sardinha pra não ter que sair da frente da televisão quando a fome bater.

E, pelamordedeus, alguém faz o favor de dar um tiro no rabo daquela senhora que anda narrando tudo o que acontece lá dentro? Além de pagar o mico-mór de assinar o caríssimo pacote pay-per-view da DirecTV pra ficar conectada 24h no antro de acéfalos, a grata espectadora ainda nos faz o imenso favor de narrar todos os acontecimentos em seu recém-inaugurado blog.

Liberdade de expressão é isso aí, né?
Ela escreve as merdas lá e eu daqui mando a digníssima para a puta que pariu. E tá tudo certo.

Os blogs seriam bem mais interessantes se não existissem tantos.

Fazendo um tour pelo blogs da região, percebi que até as criaturas mais medíocres conseguem colocar o sistema de comments no site. É, acho que não vou ter por onde escapar: volto para a terapia ainda esta semana.

Outra coisa que deu pra notar é que realmente existe uma panela impenetrável de blogs, assim como disse o Gibi. Que merda é essa, hein? Chuchu só linka abobrinha, que por sua vez só linka chuchu e beringela, que por sua vez linka abobrinha e nabo, que por sua vez linka rabanete e chuchu, que por sua vez link tomate e abobrinha... Que saco, pô! Já não chega ter que aguentar esses grupinhos durante toda a nossa vida acadêmica, agora eles existem também na Internet?

E experimente entrar na panela sem ser legume pra ver o que acontece.

:: quem, eu?
- quase 22 anos
- quase louca
- quase escritora
- quase designer
- quase atriz de trash movies
:: obcecada por:
- Van Gogh
- Man Ray
- Robert Gober
- Tattoo & Piercing
- Pessoas interessantes
:: procurando:
- um caminho
- outro emprego
- um namorado inteligente, bonito, simp?co e bem-humorado.
- dinheiro f?l e limpo.

caso voc?ossa me ajudar, meu ICQ ?b>14328918.

5 blogs (b) & sites (s) da semana

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