Axolotl
Nome comum: Axolotl, axolote ou axolotle
Nome científico: Ambystoma mexicanum
Família: Ambystomidae
Tamanho: Em seu ambiente natural, chegam a medir entre 20 e 30 cm, em cativeiro gira em torno de 18 cm.
Longevidade: 25 anos em cativeiro.
Distribuição
geográfica:
Lagos do México central, como o lago Xoximilco (próximo a cidade do México),
situados em altitudes elevadas.
Hábitos:
Possuem hábitos tanto noturnos quanto diurnos, eles ficam ativos 24 horas.
Aquário:
Aquário que pode ser de vidro ou acrílico com capacidade de 40 litros é
suficiente para abrigar 3 axolotls adultos. É necessário que o aquário fique
fechado para evitar que os animais saltem para fora. Deve-se ficar atento à
superpopulação, que provoca o surgimento do canibalismo. Como decoração
pode-se usar plantas aquáticas como elódeas, cabombas, etc, elas ajudam a
manter os axolotls em atividade, além de servir para ocultar os ovos e as
larvas. O fundo do aquário deve ser forrado com pedras que são utilizadas
pelos machos para expelir e ocultar os espermatóforos (células sexuais
masculinas).
Iluminação:
Pode se usar qualquer lâmpada que não altere a temperatura da água como as lâmpadas
fluorescentes, e as do tipo grolux para aquários somente para manter as
plantas, não use lâmpadas incandescentes, pois elas aquecem a água e eles não
gostam pois eles gostam de baixas temperaturas.
Temperatura:
de 14° a 18°C esta é a temperatura ideal para a cruza , mas eles toleram
temperaturas até 25°C, o ideal para eles é em torno dos 20ºC. Dispense os
aquecedores então !!!! Uma temperatura inferior aquela que os animais estão
acostumados auxiliam na reprodução e no desenvolvimento das larvas. No verão
a temperatura não pode ficar abaixo de 10°C.
Água:
O pH da água tem que ser de neutro para alcalino( 7.0 e 7.4) e nunca ácido,
pois primeiramente eles param de se alimentar e aparecem umas manchas brancas
semelhantes a fungos nos animais quando o pH acidifica, se caso isto aconteça,
troque a água imediatamente e com a água nova o pH é alcalino e as manchas
somem por causa do auto poder de regeneração dos axolotls. A água deve ser
tratada com anticloro e mantida sob filtração constante. Para que o pH fique
sempre alto coloque pedras calcáreas na parte aquática como dolomitas, mármores
etc, pois estas pedras deixam o pH alcalino e ajudam a não cair o pH. Não use
galhos e troncos na parte aquática por causa que estes materiais acidificam o
pH da água e estas salamandras não toleram pH ácido.
Alimentação:
Vermes aquáticos, minhocas, larvas de todos os tipos, tubifex, artêmia salina,
peixes vivos e pedaços de peixes, carnes, insetos, lesmas etc.., além de ração
de répteis (reptomin) Gammarus, etc. Apesar de bastante vorazes, deve-se
retirar o alimento não consumido para não contaminar a água. Como os axolotls
exibem hábitos diurnos e noturnos, podem ser alimentados em qualquer hora,
organizando-se uma rotina no aquário.
Reprodução:
Mantidas as condições adequadas do ambiente (água, alimentação e baixas
temperaturas), os axolotls reproduzem-se com uma facilidade notável, durante o
ano inteiro. Jogos sexuais são comuns entre os jovens, mas a plenitude sexual só
é atingida na fase adulta. A fecundação é interna; encerrada a corte, o
macho elimina depósitos de espermatóforos que ficam presos às pedras do piso,
em seguida, a fêmea prende esses depósitos em sua cloaca. A postura é feita
24 horas após a fecundação, a fêmea põe até 500 ovos, prendendo-os a
plantas. Os girinos são visíveis sob a membrana dos ovos.
Dimorfismo
sexuais: Os
machos apresentam inchaço nas glândulas situadas próximo à cloaca. Na fêmea
a região torácica é maior.
Metamorfose:
Como todos os demais anfíbios, os axolotls passam pelas fases do ovo, girino,
jovem imaturo (entre 18 e 24 meses de vida) e adulto (entre 2 e 3 anos). Apesar
disso, mantêm a aparência de girinos durante toda a sua vida, dificilmente se
transformando-se em salamandras. Os motivos de eles não se transformarem ainda
não foram descobertos e comprovados cientificamente, mas acredita-se em duas
hipóteses:
Uma que é por causa das baixas temperaturas em que
eles vivem, em lagos frios ou até mesmo gelados e em altitudes elevadas este é
um fator, outro é por causa de sua alimentação, que por causa do local em que
vivem seus alimentos são pobres em Iodo e a água também e isto impossibilita
a sua metamorfose, acredita-se que se mudar eles de ambiente eles se transformam
em salamandras, pois uma vez foram levados alguns exemplares para o Zoológico
de Paris e lá eles se transformaram em salamandras.
Informações
adicionais...
Axolotl
é um nome asteca, dados pelos índios centro-americanos para esses animais.
Numa tradução aproximada significa monstro d’ água, em função de sua
extrema voracidade. Ao contrário do que ocorre com seus parentes próximos,
como sapos e rãs, que passam a viver na terra quando deixam as formas larvais,
os axolotls permanecem na água por toda a vida. São da
mesma família e mesmo gênero da salamandra tigre (Ambystoma tigrinum)
um de seus parentes mais próximos.
A predação
é a função natural dos axolotls; assim eles evitam a superpopulação dos
lagos em que vivem. Entretanto a espécie encontra-se em risco de ser extinta,
por causa da introdução de animais que se alimentam desses animais (como as
trutas), da drenagem dos lagos, da contaminação por poluentes e da exploração
comercial. Acredita-se que não existam mais exemplares selvagens, mas ainda não
foi comprovado. Mas a facilidade de reprodução atua para garantir a preservação
da espécie, ainda que em cativeiro.
Em
tempos: A
maior fazenda de criação de axolotls é no Chile, por causa das baixas
temperatura do país a reprodução é muito bem favorecida. No Chile são
criados os animais que são exportados para o mundo inteiro !!!!
Criados
a mais de 100 anos em cativeiro, quando foram levados para a Europa para
experimentos científicos, a principal característica que atrai os criadores é
a facilidade de reprodução que exibem. Graças à sua forma larval, os
axolotls já foram um curioso enigma para os pesquisadores, até a constatação
de que são anfíbios neotênicos, isto é mantêm as formas juvenis mesmo
durante a idade adulta.
Em
ambiente natural, é comum a ocorrência de albinismo (ausência de melanina,
fator que determina o desenvolvimento de animais incolores); com a cruza de espécies
albinos e leucísticos, criadores vêm obtendo grande variedade de cores, desde
marrom-escuro até animais manchados. Esses experimentos produziram também
albinos verdadeiros, totalmente brancos, com os olhos cor-de-rosa.
Como são
consumidores bastantes agressivos, deve-se prestar muita atenção para não
superlotar o aquário, o que, via de regra provoca canibalismo entre os animais.
Os
axolotls exibem espantosa capacidade de regeneração, renovando cauda e membros
em poucos dias. A sua constituição simples também os mantêm imunizados
contra infecções, em condições adequadas. Na criação, deve-se controlar os
níveis de amônia e de nitritos, que podem deteriorar as guelras e nadadeiras e
provocar descoloração e perda de apetite. Isso pode ser feito com filtração
constante e troca periódica de parte da água, que deve ser tratada com
anticloro. O desenvolvimento de colônias de bactérias e fungos no aquário
também coloca em risco a vida dos animais. Bactericidas podem ser usados, mas
para evitar descoloração e escamação de pele, a dosagem usual para peixes de
aquário deve ser reduzida à metade.
O
acasalamento destes animais ocorre em qualquer época do ano, especialmente no
final do inverno. Iniciando a corte, o macho aproxima-se com focinhadas no corpo
da fêmea. Em seguida, o casal inicia uma dança em que se cutucam mutuamente
(isso favorece a produção de espermatóforos e óvulos). Então, o macho se
afasta, para depositar as bolsas gelatinosas de esperma, que ficam presas nas
pedras do fundo do aquário. A fêmea as agarra com a cloaca e fertiliza os ovos
internamente.
A redução
abrupta da temperatura da água favorece o acasalamento. Para facilitar o
cruzamento, convém baixar a temperatura da água durante os meses de inverno,
para cerca de 9°C. o macho deve ser separado durante duas a quatro semanas;
reintroduzido no aquário, os ovos fertilizados surgirão em 24 horas.
Uma fêmea
é capaz de depositar ate 500 ovos por postura, presos em cordões gelatinosos
de 7 a 10 cm; é importante separá-los dos adultos, para que não sejam
devorados. Com a eclosão dos ovos, a taxa demográfica tende a decrescer
rapidamente, por que os girinos também praticam canibalismo, em função de
espaço e alimentação insuficientes. Os filhotes devem ser alimentados
diariamente com larvas de artêmia (náuplios), até atingirem cerca de 4 cm;
nessa idade, podem passar a receber pedaços de peixe, como ração principal.
Para garantir a sobrevivência de boa parte dos girinos, a água do aquário não
deve ser filtrada; por isso, deve ser trocada freqüentemente, para eliminar os
restos de animais devorados, prevenindo contaminações.
Na limpeza dos aquários, recomenda-se o uso de
solução de uma colher de chá de sal de cozinhe duas de bicarbonato de sódio
para 1 litro de água, que removem todos os depósitos de limo. Os detergentes
domésticos nunca devem ser usados, porque são nocivos à saúde dos axolotls.
Fotos:
White albino
Golden albino
Blind golden albino
Dark pigmented blind leucistic
Yellow
Melanoid
Wildtype
Exemplar raro com metamorfose completa