Dendrobate azureus
Nome
popular: Dendrobate,
poison frog
Nome
científico:
Dendrobates azureus
Família:
Dendrobatidae
Tamanho:
Cerca de 4,5 cm de comprimento.
Distribuição
geográfica:
Fronteira do Suriname
com o Brasil. O seu ambiente original é muito restrito, delimitado por
montanhas e regiões áridas.
Ambientes:
Florestas tropicais úmidas. Grande parte dos animais são observados sob
rochas, folhas e especialmente musgo, perto de riachos.
Hábitos:
Diurnos. Os D. azureus se orientam basicamente pela visão, já que tem a
audição relativamente reduzida. São basicamente terrestres, mas já foram
vistos espécimes no alto de árvores de 5 metros de altura, provavelmente em
busca de alimento ou para ocultar filhotes (os motivos ainda não foram
definitivamente estabelecidos pelos biólogos). Estes anfíbios vivem sempre
perto de cursos da água.
Longevidade:
Cerca de 5 anos em cativeiro.
Manuseio:
São animais venenosos, por isso não
devem ser manuseados sem a proteção de luvas.
Temperamento:
São encontrados em grupos, entretanto em cativeiro, reagem melhor quando
mantidos em casais. As fêmeas convivem bem, mas os machos são territorialistas,
colocando-se imediatamente em posição de combate, quando se deparam com um
adversário. Para manter um terrário com mais de um casal, é necessário que
este seja largo, com muitas plantas e para cada macho, é conveniente deixar um
recipiente com água separado.
Terrário:
Terrário com no mínimo 50 litros, é
suficiente para um casal. O substrato pode ser de musgo, cascalho de rio, barks,
litter, pó de xaxim, etc.
Decore com galhos, rochas com reentrâncias, plantas com folhas largas,
de preferência bromélias, etc. Alguns criadores recomendam que o tanque seja
relativamente profundo (cerca de 5 cm), com rampa de acesso para facilitar a
entrada e saída dos animais.
Temperatura:
Entre 22°C e 27°C. apesar de serem originários de região tropical, a mata
cerrada oferece temperaturas mais amenas.
Umidade:
Alta, entre 80% e 100%.
Iluminação:
Deve ser fraca, o suficiente para a manutenção das plantas e incidir
diretamente. Lâmpadas do tipo gro-lux, são ideais.
Alimentação:
Insetos
rasteiros, principalmente formigas e cupins, mas comem também moscas de frutas,
pequenos grilos, pequenas larvas de tenébrios, baratinhas, entre outros.
Dimorfismos
sexuais: Os
machos apresentam as pontas dos dedos mais largos nas patas dianteiras.
Reprodução:
O macho, sob uma folha ou rocha, grita para atrair a fêmea. O casal se aproxima
roçando o focinho e as costas, seguindo depois para o esconderijo em que são
depositados os ovos. a fecundação é externa.
Postura:
A fêmea põe entre 2 e 6 ovos, protegidos por uma substância gelatinosa. O
macho cuida dos ovos. Os ovos eclodem entre 14 a 18 dia depois da postura. Os
girinos apresentam um bico serrilhado e um disco oral bastante afiado, com 5
fileiras de dentes, sendo 3 na mandíbula. A metamorfose dura entre 70 e 85 dias
e a cor azul se estabelece antes do desenvolvimento completo. No seu habitat, o
pai cuida das crias (apesar de já terem sido vistas fêmeas carregando os
girinos), mas é aconselhável separar os filhotes nascidos em terrários, para
prevenir a pratica do canibalismo, comum entre estes animais.
Alimentação
dos girinos:
Algas e ração para peixes vegetarianos.
Observações:
Desde 1969,
quando foi o herpetologista holandês Hoogmoed relatou a sua incidência na região
do Suriname fronteira com o estado do Amapá, o Dendrobates azureus, vem
ocupando uma posição de destaque entre os criadores.
O ambiente natural dos D. azureus é relativamente pequeno,
principalmente em função das condições ambientais da região, a savana
Sipaliwini. O território é relativamente árido, mas esse é um ecossistema
bem mais complexo do que parece à primeira vista. Os D. azureus vivem em
espaços conhecidos como florestas ilhadas, que, por terem uma vegetação muito
alta e densa, são muito úmidas e apresentam temperaturas mais amenas, não
ultrapassando os 27°C, que se reduzem sensivelmente à noite.
Fotos: