Nome científico: Eumeces laticeps

Família: Scincidae

Distribuição geográfica: EUA, da Pensilvânia à Flórida; ao sul, podem ser encontrados da florida à fronteira com o México.

Tamanho: Varia bastante; os menores espécimes medem 16 cm, enquanto os maiores ultrapassam os 32 cm.

Ambiente: Florestas quentes e úmidas, especialmente em áreas cobertas por folhas caídas.
Apreciam os bosques cobertos por folhas, em que encontram diversos ambientes para se ocultarem. Com o crescimento das cidades, podem ser observados também em jardins e praças.

Hábitos: Os lagartos cabeçudos são diurnos e arborícolas, escalando árvores bastante altas quando estão caçando.

Temperamento: Tímidos, ocultam-se rapidamente sob folhas ou troncos quando percebem a aproximação de outros animais, prováveis predadores.

Terrário: Um aquário de vidro ou acrílico, com tampa em tela para ventilação com 50 x 40 x 40 cm de largura acomoda um casal. Como decoração pode-se usar, pedras e galhos, troncos, arbustos largos com alturas diferentes, plantas naturais, ou artificiais etc. Como substrato, use, folhas secas, terra vegetal, areia, bark, litter, cascalho de rio natural, etc. Um pequeno tanque com água deve ser instalado para manter a umidade e impedir o ressecamento da pele, a fonte de umidade deve ser colocada oposto ao a fonte de aquecimento. Deve haver esconderijos para os lagartos regularem a temperatura do corpo. É necessário manter o terrário fechado, para evitar possíveis fugas.

Temperatura: Entre 20° e 25°C. Para manter a temperatura ideal, pode-se usar, lâmpadas de cerâmica, lâmpadas infravermelhos, lâmpadas do tipo basking spot, rochas aquecidas, placas de aquecimento, etc. Uma ligeira elevação da temperatura predispõe ao acasalamento.

Iluminação: Lâmpadas que emitam raios UV-A e UV-B, como a Reptile day light, para auxiliar a manter os níveis de cálcio no organismo do animal. Caso o local em que o terrário esteja bata sol diretamente, estas lâmpadas podem ser dispensadas. Se o terrário tiver plantas o ideal é ter uma lâmpada forte para manter as plantas.

Alimentação: Insetívoros. Cupins e formigas são seu prato favorito, mas aceitam grilos, baratas, gafanhotos, besouros, larvas de tenébrios, superworms, etc. No seu habitat os animais desta espécie são um elemento importante no controle dessas populações, principalmente nas populações de cupins e formigas, em especial na época da reprodução, quando os insetos fêmeas criam asas para melhor captar vitamina D3, necessária à postura.

Dimorfismo sexuais: Os machos possuem as "bochechas" salientes, que são formadas pela mandíbula ainda mais larga do que a de suas parceiras, além disto a cor da cabeça dos machos é laranja.

Reprodução: No ambiente natural, ocorre entre abril e maio. O macho, menor do que a fêmea, exibe as suas "bochechas", inflando-as ainda mais. Em seguida, prende-a com as patas dianteiras, obrigando-a a se posicionar sobre a bolsa de esperma. O acasalamento ocorre entre abril e maio. Lagartos-cabeçudos são ovíparos e estão entre os poucos répteis que chocam seus ovos. Depois da postura, a fêmea escava um buraco num tronco caído e permanece sobre ele; em alguns casos, ela se enrodilha diretamente sobre os ovos, afastando-se apenas o tempo necessário para se alimentar. Mesmo assim, ela passa vários dias sem procurar presas. Em cativeiro deve-se reduzir a temperatura ambiente em alguns graus (estabilizando-a em torno dos 15°C) e manter as lâmpadas apagadas por períodos mais longos (em torno de 14 a 16 horas diárias). Com isso os animais naturalmente entram em hibernação. Passado um mês, é necessário elevar a temperatura e o tempo de exposição à luz. Os lagartos cabeçudos retomam as suas atividades e é quase certo que se mostrem sexualmente ativos. O rito de acasalamento é rápido e violento, com rabadas e mordidas,a te que o macho consiga prender a parceira e levá-la ao local em que ele depositou o espermatóforo (bolsa de sêmen). Uma vez que a fêmea tenha recolhido o esperma, o macho precisa ser retirado, e se possível, reunido com outra parceira.
A mãe cuida de ocultar os 6 a 16 ovos, chocá-los e alimentar os bebês nos primeiros dias de vida. Entretanto, o ideal é separar os ovos depois da postura por que as crias podem ser entendidas como presas. Nas primeiras semanas de vida, os jovens lagartos podem receber larvas de Tenebrio molitor e pequenas moscas, pulverizadas com suplementos de vitaminas e cálcio. Eles se desenvolvem rapidamente e estarão prontos para o primeiro acasalamento no ano seguinte.

Incubação: Juntamente com outras espécies do gênero Eumeces, a fêmea do lagarto-cabeçudo está entre as poucas que incuba os ovos, aquecendo-os num ninho formado pelo seu corpo enrodilhado. A eclosão ocorre 2 ou 3 meses depois da postura. Depois da postura; algumas semanas depois, a mãe se afasta das crias.

Observações: Grande e bonito, o lagarto cabeçudo recebe este nome por uma característica que é exclusiva dos machos: "as bochechas".
Adultos exibem corpo brilhante, marrom ou esverdeado, enquanto os filhotes são pretos, com 5 ou 6 listras verticais amarelas ou creme, além de uma cauda azul. Em alguns indivíduos, a cauda azul e as listras permanecem por toda a vida, tornando-se, porém, gradativamente menos definidas.
Passam boa parte do dia tomando sol sobre as rochas e usam essas mesmas rochas como abrigo durante a noite, quando o metabolismo é reduzido e o risco de serem atacados por predadores é bem maior. Sua atividade principal, porém, é subir nas árvores em busca de comida. Estes lagartos são bastante ágeis e suas patas providas de garras afiadas permitem que escalem vários tipo de superfície; no gênero Eumeces, são ao "alpinistas" mais competentes.
Enquanto estão em fase de desenvolvimento, os lagartos-cabeçudos jovens trocam de pele 3 a 4 vezes por verão, à medida que crescem. A pele antiga é solta em pedaços grandes. Depois de adultos, continuam trocando de pele, mas a ecdise (troca de pele) passa a ser anual e incompleta.
São capazes de amputar a cauda quando estão sendo perseguidos. Deixam o apêndice saltitando por alguns segundos, tempo suficiente para que encontrem um refúgio. É comum encontrar animais com a cauda dupla ou bifurcada, resultante de uma quebra incompleta.