Mantella dourada

 

Nome popular: Mantella dourada, golden mantella      

Nome científico: Mantella aurantiaca      

Família: Ranídeos

Tamanho: 2 cm

Longevidade: 8 anos em média.

Distribuição geográfica: Ilha de Madagascar (sudeste africano).

Ambiente: Florestas tropicais.

Hábitos: São animais terrestres e diurnos, usando as folhas caídas para se ocultarem. São bastante ágeis, mas muito tímidos.

Terrário: Terrário com capacidade de 30 litros é suficiente, para abrigar 6 rãzinhas.  Como decoração use muitas plantas, pedaços de córtex de árvores e um tanque para banhos, com água sem cloro. Alguns galhos devem ser colocados no tanque de modo a formar esconderijos sob a água. O substrato pode ser cascalho de rio, barks (casca de árvore), litter, pó de xaxim, cobertos com musgos ou folhas secas.

Iluminação: Moderada, com lâmpadas ultravioleta.

Temperatura: Entre 20°C e 25°C. são bastante resistentes ao frio, dispensando por isso a instalação de aquecedores.

Umidade: Alta, 80%.

Alimentação: Pequenos insetos, como grilos recém-nascidos, moscas de frutas (Drosófilas), mosquitos, larvas de tenébrios, cupins, etc, que devem ser oferecidos vivos. Deve-se suplementar a dieta com complementos vitamínicos e minerais. Sob baixas temperaturas, as mantellas requerem uma quantidade menor de alimento. Em casas especializadas, pode-se comprar colônias de insetos, mas existe uma forma mais prática e econômica para conseguir alimentos: basta deixar um pedaço de fruta, como banana ou maçã, exposto e que em pouco tempo será possível coletar um bom número de drosófilas. Para os espécimes jovens, pode-se oferecer as larvas das drosófilas, depositadas nas frutas.

Dimorfismos sexuais: Os machos gritam alto, para atrair as suas parceiras. A diferenciação é mais fácil na época do acasalamento, quando as fêmeas, carregadas de óvulos, apresentam-se mais encorpadas.

Reprodução: As mantellas são ovíparas. A fecundação é externa e ocorre depois do amplexo nupcial. O tempo de incubação é de 10 dias. Os ovos, ocultados em esconderijos subaquáticos ou à tona d’ água, são protegidos por um cordão gelatinoso. E a quantidade de filhotes fica entre cerca de 20 girinos, que devem ser retirados do terrário. A quantidade de ovos varia de acordo com a idade da fêmea.

Alimentação dos girinos: A dieta é vegetariana. Algas ou musgo no tanque suprem as necessidades nutricionais. Pode-se oferecer alimentos floculados para peixes herbívoros.

Observações: De acordo com a região em que vivem, as mantellas douradas podem apresentar tonalidades mais avermelhadas, sempre muito brilhantes. Entretanto, trata-se apenas de diferença de pigmentação: as temperaturas elevadas estimulam a produção de melanina, tornando os animais mais vermelhos, o que pode ser comprovado inclusive em cativeiro.
Durante o inverno, as mantellas douradas tornam-se manos ágeis e podem recusar alimento; porém quando chega a primavera, mostram-se bastante vorazes e demandam grande quantidade de alimento, necessária para a produção de óvulos e espermatozóides.
As mantellas douradas são muito resistentes ao frio, só necessitando de fontes de calor em regiões de temperaturas muito baixas; entretanto, o calor excessivo pode desidratá-las com facilidade. Os animais doentes recusam alimentos e passam muito tempo imersos na água.
Não se recomenda o manuseio freqüente de qualquer anfíbio e as mantellas douradas, devido ao seu tamanho reduzido, requerem ainda mais cuidado, porque podem ser feridas com qualquer movimento mais brusco. Esses animais tem a pele muito sensível e qualquer toque pode contaminá-la com fungos ou vírus. Sempre que for necessário, pegue-as comas mãos úmidas.  
Grupo de 4 a 6 espécimes podem ser mantidos num terrário pequeno, com substrato de cascalho de rio decorado com plantas e folhas largas, para que os animais possam se ocultar sempre que se sentirem ameaçados. Alguns criadores sugerem que o tanque para banhos seja relativamente profundo (cerca de 5 cm de altura), com agitação leve.
Na época do acasalamento, deve-se oferecer uma quantidade maior de alimentos e, caso seja necessário, aumentar ligeiramente a temperatura ambiente. O macho começa a emitir gritos agudos e se a fêmea mostrar disposta, caberá a ela a aproximação. Em seguida, o casal vai se ocultar, procurando um esconderijo para os ovos, que geralmente são depositados dentro da água ou na margem do tanque; ao nascerem, 10 a 12 dias depois, os filhotes vão mergulhar e iniciar o seu desenvolvimento.
Sugere-se a separação dos girinos, para evitar que sejam devorados pelos adultos. Os filhotes devem ser colocados num recipiente de vidro ou plástico, com cerca de 2 cm de altura de água e repleto de musgos ou algas, fonte de alimento. Ração para peixes herbívoros também podem ser oferecida.
A metamorfose tem início com 4 semanas de vida a partir daí, o nível de água  deve ser progressivamente reduzido. Quando os espécimes começam a atingir a superfície da água, deve-se inclinar o recipiente para que eles possam ter acesso ao solo seco.
As mantellas jovens (que ainda não completaram a sua metamorfose) são muito pequenas, mas, apesar disso, requerem uma grande quantidade de larvas e ovos de drosófilas. Com cerca de 8 meses de idade, as rãs podem começar a receber insetos maiores (como cupins, por exemplo). Quando completam 1 ano de idade, as mantellas atingem o seu amadurecimento sexual.
Um arranjo alternativo para a criação das mantellas é a utilização de um tanque maior, que comporte entre 15 e 20 animais. Os ovos ocultados pelos pais, podem ser deixados no próprio terrário, sem quaisquer cuidados. Alguns girinos conseguirão encontrar alimento suficiente e atingida a maturidade, vão se espalhar pelo ambiente e reunir-se à colônias já formadas.
Diversas novas espécies do gênero Mantella vêm sendo coletadas nos últimos anos, o que pode determinar uma revisão completa da classificação taxonômica das mesmas.
Estas rãs foram recentemente incluída no CITES.

Fotos: