Quarentena

   A quarentena é um procedimento que visa prevenir a introdução de doenças nas espécies do acervo. Todo animal é um carreador em potencial de microorganismos patogênicos. Isolar um réptil não significa que este esteja em quarentena. Não deve existir a possibilidade de transmissão de doenças por meio de excrementos, água, fômites, ou pela via aerosol. Os materiais de limpeza, utensílios e vestimentas devem, por exemplo, ser exclusivo desse setor. Procure lidar com os animais em quarentena por último , evitando levar organismos patogênicos para dentro da coleção. O período de quarentena é variável, dependendo das condições de cada estabelecimento e região geográfica. Como regra, recomenda-se um período de 30 a 90 dias. Nesse período são realizados exames laboratoriais. No exame coprológico, pesquisa-se ovos de helmintos, oocistos, cistos e trofozoítos de protozoários e espera-se encontrar três exames negativos consecutivos, assegurando-se que o animal isolado está realmente livre de endoparasitas. No exame físico, procura-se ectoparasitas e verifica-se a integridade da pele, boca, olhos, narinas e cloaca (certamente de maneira segura para quem faz a contenção do animal). Os ácaros em cobras e iguanas podem ser melhor observados, passando-se suavemente uma escova na pele sobre uma folha branca de papel. Deve-se evitar manejar lagartos e cobras em processo de muda; nessa fase , a nova pele não esta formada e o manejo pode forçar uma muda prematura, ocasionando lesões dérmicas. Diversas viroses têm sido relatadas em répteis, sendo portanto recomendável conhecê-las e preveni-las. Sempre que necessário, outros exames laboratoriais deveram ser solicitados. O tratamento profilático de animais em quarentena com vermífugos e amebicidas é uma prática freqüente.