Rã-macaco

 

Nome comum: Rã macaco, Rã de cera, monkey treefrog

Nome científico: Phyllomedusa sauvagi, P. hypocondrialis, P. bicolor, P. tomoterna e P. vailanti, sendo que as mais comuns são as P. sauvagi.

Família: Hylidae

Manuseio: O manuseio não deve ser feito, pois pode causar problemas na pele

do animal, estas rãs são muito mansas e de temperamento calmo.

Longevidade: 10 anos em média.

Hábitos: Noturnos e arborícolas, sempre perto de cursos d’água

Distribuição geográfica: Região central da América do Sul, Argentina, Brasil, Bolívia e Paraguai.

Tamanho: Alcançam 10 cm com as pernas traseiras recolhida (as pernas correspondem a pouco menos da metade do animal).

Ambiente: Campos e cerrados.

Terrário: Um terrário com 70 x 30 x 45 cm acomoda 6 animais. O substrato pode ser de musgo, litter, pó de xaxim, cascalho de rio, córtex de árvore etc.. O terrário deve estar plantados com plantas de folhas largas e deve dispor de um tanque com água para banhos.

Iluminação: Forte, com lâmpadas ultravioletas.

Temperatura: A temperatura deve ser de 25°C à 30°C.

Umidade: Deve girar em torno de 75 e 80%. Borrife água (sem cloro) todos os dias para manter a umidade.

Alimentação: Pequenos besouros, baratas, grilos, superworms, moscas, tenébrios, etc. O Tenebrio molitor é uma boa fonte de proteína. Alimente-as diariamente, ou de 3 em 3 dias caso ela não queria comer diariamente.

Dimorfismos sexuais: Na época do acasalamento os machos emitem gritos estridentes, semelhantes ao “canto” de um grilo. Num grupo sob as mesmas condições pode-se observar que as fêmeas são maiores que os machos.

Reprodução: A corte acontece no período das chuvas, quando a umidade do ar aumenta. Os machos cantam para atrair as fêmeas. A fecundação é externa.

Postura: O casal faz o ninho de folhas, ou aproveita os reservatórios naturais de água existente em alguma planta. A fêmea deposita os ovos, protegidos por uma substância aderente numa folha sobre o tanque de água. Os girinos nascem entre 7 à 8 dias

Alimentação dos girinos: Algas e ração para peixes vegetarianos.

Informações adicionais...

As rãs macacos exibem duas adaptações evolutivas importantes: a sua incrível habilidade de escalar árvores (já foram observados espécimes a mais de 5 m do solo) e a produção, em grande quantidade de uma substância com a consistência de cera que lhes envolve o corpo e permite a sobrevivência em regiões áridas. essa substância é tão eficiente que impede a desidratação, mesmo quando as rãs são manuseadas.

Todo o corpo da rã macaco - cabeça, dorso, barriga e patas - é verde brilhante, com algumas manchas brancas irregulares e arredondadas nas costas e nas dobras das pernas. Os dedos são esbranquiçados, principalmente nas pontas e o polegar se opõe aos demais e as patas não apresentam membrana, facilitando a subida em árvores. A glândula paratireóide é saliente e perfeitamente visível entre os olhos formando um "nariz" grande e destacado. Nos espécimes jovens, podem ocorrer algumas manchas alaranjadas nas costas e cauda, que desaparecem quando se completa a metamorfose.

As pupilas elípticas, funcionam como uma objetiva, controlando a entrada de luz. Apesar de os hábitos dessas rãs não estarem completamente definidos, esse fator sugere que elas sejam basicamente noturnas.

 As rãs macaco conseguem se ocultar facilmente permanecendo imóvel por períodos consideráveis, quando consideram que existe algum predador no território. Entretanto elas podem ser observadas am árvores e arbustos cujas folhas retêm água da chuva. Esses locais são utilizados para descanso, o namoro e a postura dos ovos.

As fêmeas são mudas e geralmente, os machos são silenciosos, este comportamento se altera apenas na estação das chuvas, quando gritam alto para chamar as fêmeas. O som que emitem é muito parecido com o canto dos grilos, o que pode ser também uma estratégia de caça.

Atraídas pelos insistentes gritos dos machos, as fêmeas descem das suas árvores com uma rapidez espantosa e imediatamente o par começa a construir o ninho, caso não possam dispor de um arranjo natural, como as bromélias, que atuam como reservatórios naturais de água de chuva. Em seguida, acontece o amplexo sexual, em que, aparentemente, o macho estimula a fêmea à postura dos ovos.

A fecundação é externa (o macho deposita seu esperma sobre os ovos, à medida que vão sendo colocados, protegidos por uma substância gelatinosa). O ninho é feito de modo que ao nascerem, os girinos caiam na água, onde iniciarão a sua metamorfose. Os pais não cuidam dos ovos.

Existem poucos estudos sobre a reprodução das rãs macacos em cativeiro; entretanto, eles indicam que é uma tarefa relativamente fácil e já que pode ser estimulada com o aumento da umidade relativa do ar e da temperatura ambiente. Esses animais só se reproduzem se encontrarem folhas para fazer o ninho e houver água disponível para a deposição dos girinos.       

A predação de ovos, girinos e jovens é comum na espécie. Os ovos devem ser retirados logo depois que o macho os fertiliza, o que, geralmente, acontece poucos minutos depois da postura. Uma folha dobrada ou meia cana de bambu são ideais para retirar e transportar os ovos.

No aquaterrário dos filhotes, o material utilizado para a coleta dos ovos deve ser instalada na diagonal, tombando para um recipiente com água, de maneira a permitir que os girinos mergulhem imediatamente após a eclosão, uma semana depois da postura. O nível de água deve atingir cerca de 10 cm e a partir da terceira semana de vida, deve-se providenciar uma rampa para permitir que as rãs jovens possam sair para o elemento seco. A metamorfose se completa em 4 semanas, quando os indivíduos podem ser inseridos no terrário. Não existem estudos concludentes sobre territorialismo, mas a proporção se 6 animais para um terrário com capacidade de 100 litros deve ser mantida.

Fotos:

 



Phyllomedusa sauvagi


Phyllomedusa azurea



Pachymedusa hypocondrialis



Pachymedusa tomoterna



Pachymedusa bicolor



Pachymedusa vailanti



Pachymedusa dacnicolor