Salamandra
de pintas
vermelhas
Nome comum: Salamandra-pintada, salamandra de pinta vermelha, red-spotted newt
Nome científico: Notophtalmus viridescens viridescens
Família: Salamandridae
Tamanho: Atingem entre 6,5 e 14 cm.
Longevidade:
Vivem em média 10 anos.
Distribuição
geográfica: EUA;
podem ser observadas principalmente no norte da Flórida e sul da Geórgia, além
de terem se adaptado a diversas outras regiões do país.
Ambiente:
Lagos e tanques com vegetação submersa abundante; estas salamandras não
gostam de correntezas muito fortes.
Hábitos:
Ativos durante o dia, são caçadores vorazes. Os adultos passam boa parte do
dia mergulhando em busca de presas. Estas salamandras não são territorialistas,
convivendo bem em grupos.
Aquaterrário:
Aquários com 60 x 40 x 30 cm, é suficiente para um casal, como substrato da
parte seca pode-se usar cascalho de rio natural, musgo, barks, litter, pó de
xaxim, ou cascalho de rio coberto com qualquer um dos substratos anteriores etc,
como decoração pode se colocar troncos, pedras, plantas naturais etc, e na
parte aquática pode se deixar sem substrato ou então pode se usar cascalho de
rio natural também, e decorar com plantas aquáticas, rochas, etc. Não use
galhos e troncos na parte aquática por causa que estes matérias acidificam o
pH da água e estas salamandras não gostam de pH muito ácido.
Iluminação:
Fraca e indireta.
Temperatura:
Entre 15° e 25°C (temperaturas menos elevadas durante a noite).
Umidade: Alta, entre 80% e 100% .
Água: Limpa e com mínima agitação, já que estas salamandras não gostam muito de correntezas, com uma filtração constante.
Alimentação: São carnívoras. Aceitam carne de boi micropicada, vermes, tubifex, minhocas, artêmia salina, tenébrios, pequenos insetos, lesmas, pequenos peixes, ovos de outros anfíbios etc. Podem ser acostumadas também com rações de tartarugas como a Reptomin, Gammarus etc.
Dimorfismos
sexuais: Quando a
estação de acasalamento se aproxima, o macho passa por diversas transformações
físicas.
Reprodução:
O macho se exibe para a fêmea. Em seguida, segura a parceira com firmeza, para
transferir o esperma, com as suas patas dianteiras. A maturidade sexual destas
salamandras é entre 2 e 4 anos de idade, sempre na primavera.
Metamorfose:
No ambiente natural, estas salamandras nascem sempre na primavera e permanecem
na fase aquática ate o final do verão. No início do outono, sobem para a
terra.
Informações
adicionais...
Uma das
espécies mais populares entre os criadores, a salamandra-pintada é bastante
semelhante, no formato, às espécies européias do gênero Triturus. Os
espécimes adultos apresentam parte superior do corpo verde-oliva, enquanto a
barriga, a parte inferior da cauda e as faces internas das pernas são
amareladas. O corpo inteiro é salpicado por pintas pretas e nas laterais, desde
o pescoço até a raiz da cauda, surgem manchas arredondadas vermelhas ou
castanhas, que se mostram escuras nos animais mais velhos; em alguns indivíduos,
essas pintas se unem formando estrias. Nesta espécie, os machos não apresentam
crista.
Entretanto
quando se aproxima a estação de acasalamento, a diferença entre os sexos
torna-se progressivamente mais definida: a cauda dos machos se encorpa e surgem
diversas pintas escuras na face interna das pernas traseiras, especialmente nas
coxas e nas pontas dos dedos. Essas manchas, proeminentes, ajudam o macho na
tarefa de agarrar a fêmea, necessária para que o amplexo nupcial possa
ocorrer.
No seu
ambiente natural, o namoro tem início na primavera; em cativeiro, com a elevação
da temperatura do terrário. Durante a corte, os machos procuram atrair as suas
parceiras andando com as narinas infladas e exibindo a cauda engrossada. Os mais
“bem dotados” elevam-se nas patas.
O
pretendente aproxima-se com muito cuidado e rapidamente, antes que a fêmea
escape para a água, agarra-a com as patas e, às vezes, também com a cauda.
Depois de depositar o esperma, através do abraço nupcial, o casal se afasta e
a fêmea vai procurar um local submerso bem plantado para depositar os ovos –
entre 200 e 400 por postura (em cativeiro, as plantas, como a elódea e a
sagittaria são boas opções para ocultar os ovos). Um macho pode acasalar com
varias fêmeas na mesma estação; por isso, em cativeiro, pode-se formar um harém
com 4 a 5 parceiras. A eclosão vai ocorrer entre 3 e 8 semanas, de acordo com a
temperatura da água. O canibalismo é bastante comum entre os filhotes,
inclusive alguns momentos depois do nascimento.
Ao
nascerem, estas salamandras medem cerca de 8 mm; no final do verão (3 a 4 meses
após o nascimento), medindo cerca de 3 cm, atingem o estágio de tritão que
nesta espécie, significa que o espécime chegou à idade sub-adulta. A partir
de então, tornam-se menos dependentes da água, passando parte do dia em terra
firme (em dias de chuva, é comum vê-los caçando a vários metros da margem);
mas, mesmo nas mais precoces, a metamorfose só estará completa cerca de 20
meses depois.
Estas
jovens salamandras são totalmente diferentes das formas adultas: sua cor é
alaranjada e as futuras pintas são de vermelho vivo, motivo pelo nome da espécie
em inglês: “red spotted”.
Os
animais da espécie não gostam de águas muito turbulentas, preferindo viver em
trechos de cursos d’ água onde a vegetação é abundante. Um local especial
para encontrá-los é nos meandros (curvas de rios) e em canais. Também não
suportam águas turvas ou lodosas; a água do aquaterrário dos adultos precisa
ser trocada a cada 2 dias (o tanque deve ter profundidade suficiente para
mergulhos); para filhotes e jovens, são necessárias trocas parciais quinzenais
(não mais do que 20% do volume total); a temperatura deve ser constante (em
torno dos 20°C).
Estas
salamandras são vorazes desde o nascimento e precisam de alimento diário. Os
filhotes podem ser alimentados com artêmias e ração floculada para peixes, à
medida que crescem, podem começar a receber larvas de insetos e vermes, carne
moída, etc. No seu habitat, dispendem a maior parte do seu dia em busca de
presas, normalmente em águas rasas. Aventuram-se inclusive em ninhos de peixes,
à procura de ovos; esta “coragem” é conferida por uma substancia tóxica
presente na sua pele, que mantém eventuais predadores a distância.
Fotos:
Casal Adulto(Notophtalmus viridescens viridescens )
Macho Adulto
Notophthalmus viridescens dorsalis
Notophthalmus viridescens dorsalis