Salamandra-tigre

 

 

Nome comum: Salamandra tigre, water dog

Nome científico: Ambystoma tigrinum spp.

Família: Ambystomidae

Tamanho: Os adultos atingem entre 15 e 33 cm. O comprimento varia de acordo com a região natural do espécime.

Longevidade: Chegam aos 20 anos em cativeiro.

Distribuição geográfica: Oeste dos EUA, sudoeste do Canadá e Noroeste do México.

Ambiente: As salamandras-tigres podem ser encontradas em regiões semi-áridas. Habitam perto de cursos d'água que podem ser inclusive lagos de água bastante alcalina (pH acima de 7.1) pequenos e pouco profundos.

Hábitos: Noturnos, durante o dia ficam sob as folhas ou em tocas.

Aquaterrário: Aquaterrário com capacidade para 100 litros acomoda um casal. Como substrato da parte seca pode-se usar, cascalho de rio natural, musgo, barks, litter, pó de xaxim, folhas secas esterilizadas, para que os animais possam se ocultar ou cascalho de rio coberto com qualquer um dos substratos anteriores, como decoração pode se colocar troncos, pedras, plantas naturais, na parte aquática pode se deixar sem substrato ou então pode-se usar cascalho de rio natural também, e decorar com plantas aquáticas, e rochas, etc.

Plantas não são indispensáveis mas ajudam, a manter as condições da água. Não se aconselha o uso de galhos e troncos na parte aquática por causa que estes materiais acidificam o pH da água e estas salamandras não gostam de pH muito ácido. 

Iluminação: Fraca e indireta; a noite deve ser desligada para que elas saiam para caçar.

Temperatura: Entre 15° e 18°C, devendo ser elevada gradualmente até os 23°C no início da primavera para predispor à cruza.

Umidade: Toleram grandes variações da umidade. Apenas para o acasalamento, deve ser alta - entre 80% e 100%.

Alimentação: Comem insetos (grilos, baratinhas, tenébrios), caracóis, lesmas, minhocas, tubifex, artêmias etc. Os espécimes maiores aceitam ocasionalmente uma rãzinha ou um camundongo recém- nascido, comem rações de tartarugas (reptomin, Gammarus) também.

Dimorfismos sexuais: Os machos têm a cauda mais longa do que as fêmeas e
apresentam a cloaca dilatada na época do acasalamento.

Reprodução: A corte tem início com vigorosas chicotadas com a cauda. Em
seguida o macho sobe no corpo da fêmea e libera um espermatóforo para que a
fêmea pegue e coloque-o junto à cloaca.

Postura: A fêmea põe de um a seis ovos por vez, durante 15 dias prendendo-os
a uma pedra ou galho de planta; a eclosão ocorre em 2 ou 3 semanas.

Alimentação das larvas: Nos primeiros dias comem artêmias. Em seguida,
pequenos peixes, insetos aquáticos e outras larvas.

Informações adicionais...

A Ambystoma tigrinum é a salamandra de mais ampla distribuição e de maior tamanho da América do Norte. É da mesma família e gênero dos axolotls, seus parentes mais próximos. É também um dos anfíbios que exibe a maior capacidade para sobreviver em ambientes de baixa umidade. O padrão de sua pele é muito variável e existem várias subespécies classificadas, como o A. tigrinum diaboli (de pele cinza e manchas marrons) e o A. tigrinum melanostictum (pele verde-oliva e manchas da mesma cor mais escuras). A pele da A. tigrinum tigrinum, a subespécie mais comum é preta com manchas irregulares amarelas ou cor de creme que se unem em listras formando o padrão tigrado que lhe dá o nome.

Ao contrário de grande parte das espécies dos anfíbios, as salamandras
tigres não se reproduzem pelo amplexo nupcial, a corte que mais parece uma
briga tem inicio com cutucões, rabanadas e empurrões dos "noivos" e termina
quando o macho rasteja sobre a fêmea, levanta a sua cauda e deposita a bolsa
de esperma para que a fêmea a apanhe e coloque-o junto à cloaca.
No seu ambiente natural a disputa por uma fêmea é uma constante na vida dos
machos: um pretendente frustrado sempre tenta interferir quando identifica a
proximidade de um par acasalando; outra estratégia é depositar o seu
espermatóforo - às vezes produzido durante os poucos minutos em que observa
a cópula - sobre o do macho que cortejou a fêmea para garantir a sua “posteridade". É comum a ocorrência de superpopulação, situação que é controlada pela própria espécie através da prática de canibalismo inclusive entre as larvas. As larvas são dotadas de grandes guelras e uma cauda longa e fina que auxiliam no nado. Podem atingir até 12 cm, antes que a metamorfose se complete. A ocorrência de indivíduos neotênicos (que mantêm características infantis durante toda a vida, porém chegando a ficarem adultos e reproduzirem, mas com forma infantil) e pedogênicos (que se tornam sexualmente maduros antes de completar a sua metamorfose) é comum especialmente em lagos e rios muito profundos. Aparentemente, são adaptações evolutivas da espécie para garantir sua sobrevivência.
Estas salamandras são muito resistentes. Em regiões muito áridas, durante o
verão e os períodos de seca, elas sobrevivem em túneis subterrâneos abandonados, cavados por mamíferos (as larvas utilizam locas de peixes e crustáceos). Geralmente mostram-se ativas apenas à noite e nos períodos de fortes chuvas; no seu ambiente natural acasalam-se somente na estação pluvial que ocorre no final do inverno e início da primavera. Entretanto apesar dessa grande resistência, as salamandras tigres encontram-se em risco de serem extintas, principalmente nos EUA, em função da ampliação das atividades humanas, como agropecuária, e em menor escala a introdução de fazendas de peixes em lagos originalmente utilizados para o desenvolvimentos dos filhotes. A manutenção da espécie tem sido conseguida pela atuação dos criadores que vêm obtendo êxito na reprodução e desenvolvimento das larvas em cativeiro.
No terrário elas necessitam de alimento vivo em abundância, uma fonte de
calor, um tanque de água, especialmente para o acasalamento, muitas folhas e
arranjos de pedras em que possam se ocultar.
Uma das laterais deve ser coberta e o viveiro deve ser instalado em local
tranqüilo, já que estes animais são muito tímidos e em ambientes muito
movimentados, podem concluir que não há segurança para saírem à caça.

Fotos:

 


Ambystoma tigrinum mavortium


Ambystoma tigrinum