Tritão-de-crista

 

Nome popular: Tritão-de-crista. No Brasil é conhecido pelo nome científico, ou simplesmente por Triturus. O nome em inglês é crested newt (tritão-de-crista). 

Nome científico: Triturus cristatus 

Família: Salamandridae 

Tamanho: Atingem 15 cm em cativeiro.

Distribuição geográfica: São encontrados na maior parte do continente europeu, exceto na península Ibérica e região ocidental da França. 

Ambiente: Podem habitar tanto regiões de planície, como regiões montanhosas (são identificados com freqüência a 1000 metros do nível do mar), mas sempre perto de rios e lagos, em abrigos úmidos, e na época de reprodução (primavera) ficam mais na água. Preferem regiões de vegetação densa. 

Hábitos: Na fase aquática, os Triturus exercitam-se o dia inteiro e são vorazes; na terrestre etapa mais delicada na criação em cativeiro, são noturnos, raramente saindo do esconderijo durante o dia. 

Aquaterrário: Podem ser criados em aquários com 60x40x 30 que é o suficiente para um casal, como substrato da parte seca pode-se usar, cascalho de rio natural, musgo, barks, litter, pó de xaxim, ou cascalho de rio coberto com qualquer um dos substratos anteriores etc, como decoração pode se colocar troncos, pedras, plantas naturais etc, na parte aquática pode se deixar sem substrato ou pode se usar cascalho de rio natural e decorar com plantas aquáticas, rochas, etc, podem também ser criados em grandes lagos externos. O nível mínimo da água deve ser de 10 cm. Os animais que atingem a fase terrestre devem ser instalados num aquaterrário com elemento seco e elemento aquático. A parte aquática devem ser bem arejada. 

Iluminação: Fraca e indireta, apenas para garantir o desenvolvimento adequado das plantas. 

Temperatura: Em torno dos 20°C é o ideal, mas eles mantêm-se ativos mesmo quando a temperatura cai para 5°C. Em climas muito frios eles hibernam, até mesmo no fundo do aquário. No Brasil pode não hibernar.

Umidade: Alta, entre 80% a 100% é o ideal. 

Água: A água não representa um problema para a criação, exceto pela profundidade (em aquários, aconselha-se um nível mínimo de 10 cm). Podem ser instalados filtros semelhantes aos utilizados em aquários marinhos, mas as boas condições podem ser mantidas apenas com trocas parciais de água. 

Alimentação: Preferem alimentos vivos, como artêmias, tubifex, minhocas, vermes, lesmas, tenébrios, pequenos insetos etc, podem ser acostumados a comer rações de tartarugas como a reptomin, Gammarus, pedaços de carne entre outros. 

Dimorfismos sexuais: Os machos exibem cristas no corpo e na cauda; a cloaca é rombuda e intumescida, enquanto a das fêmeas é ligeiramente pontiaguda.

Reprodução: O macho atrai a fêmea para o local em que previamente depositou o espermatóforo; alguns dias depois de recolher o sêmen, a fêmea começa a por os ovos (200 a 300). A incubação leva de alguns dias a algumas semanas.

Alimentação das larvas: Nos primeiros dias, comem infusórios presentes na água; a partir da segunda semana, podem receber a dieta dos adultos.

Observações: Os tritões de crista são as maiores salamandras do gênero Triturus, nome pelo qual são mais conhecidos no pais. São também os mais encorpados e, ao contrário das espécies menores.  Exibem pele áspera. O dorso é marrom ou preto e a barriga, amarela ou alaranjada, com pintas ou manchas pretas regulares. Os machos, na época de acasalamento, desenvolvem uma crista dentada sobre o dorso e listras brancas de cada lado da cauda.
 Originários da região mediterrânea da Europa, adaptaram-se perfeitamente a regiões de clima frio; são bastantes comuns na península Escandinava (Suécia, Noruega e Finlândia) e nas ilhas britânicas.
 O aquaterrário deve ser tampado, porque os Triturus, desde jovens, não tem dificuldades em escalar paredes de vidro, nem de se espremer para passar por pequenas aberturas.
 Os Triturus obedecem ao ciclo comum dos anfíbios: os adultos se acasalam na primavera, sempre em rios ou lagos, onde depositam os ovos, que vão eclodir em alguns dias; no final da estação, as larvas completam a metamorfose e tornando-se sexualmente maduros, passam à fase terrestre. Entretanto, muitos espécimes são parcial ou totalmente neotênicos (mantêm as formas juvenis durante toda a vida, atingindo ou não a maturidade sexual).
 Os ritos de acasalamento são bastantes conhecidos; na "fase de orientação", o macho dança em torno da fêmea, procurando atrair a atenção; em seguida, na "fase de exposição", demonstra a sua virilidade e tenta manter o interesse da parceira; a etapa final é a "fase de transferência do sêmen", depositado o espermatóforo (bolsa com espermatozóides), o macho posiciona a fêmea sobre ele, para que ela o recolha pela cloaca. Os Triturus dispensam o amplexo nupcial.
 É necessária a instalação de uma plataforma no aquário, para que as larvas possam sair da água, caso atinjam a fase terrestre. Uma indicação de que estão completando a fae aquática é a ampliação progressiva dos períodos que passam fora da água. Nessa fase, aceitam penas alimentos vivos, mas pode ser acostumados com as rações de tartarugas. Os Triturus terrestres são mais delicados; é preciso controlar a qualidade da água, garantir alta umidade relativa do ar e borrifar regularmente o substrato, por que a pele desses animais é muito suscetível à desidratação.
 Ao contrário dos adultos, que podem passar vários dias sem comer, as larvas precisam ser alimentadas diariamente. Falta de alimento pode provocar embolia gasosa (os animais ingerem ar), que os obriga a permanecer imóveis à tona d' água. Para tratá-los, retire-os do aquário e coloque num pires, colocando água até que possam se mover livremente. Ofereça uma grande quantidade de alimento; normalmente, enquanto se comem, as bolhas de ar vão sendo expelidas. Esses processo pode levar meia hora ou mais. 
 Em cativeiro, as formas aquáticas, caçadores vorazes desde os primeiros estágios de desenvolvimento, são fáceis de criar. 
 Mantida temperatura constante em torno dos 20ºC, estes tritões permanecem o não todo na água; uma elevação ligeira da temperatura os predispõe para a cruza, mas alguns indivíduos passarão à fase terrestre, em que são mais difíceis de alimentar. É certo que algumas espécies aparentadas lançam na água uma substância que inibe o desenvolvimento dos demais espécimes e é provável que aconteça o mesmo com os T. cristatus.

Fotos:


Macho


Casal



Fêmea