Capitulo 6

Revelação

 

- Então ele está procurando informações? – indaga um rapaz de um enigmático par de olhos azuis claros.

- Sim, senhor! – diz um dos seus subordinados.

- Ryori Nako... até quem fim nos conheceremos!

 

*

 

Os finos fios brancos caiam por seus olhos inexpressivos, quem o visse podia classificá-lo como uma máquina totalmente desprovida de emoções, porém ninguém via sua alma para saber realmente se aquele ser era o que aparentava ser.

Suas mãos estavam encostadas no vidro transparente que dividia a grande sala, seus azuis frios e escuros observavam o moreno estirado numa maca do laboratório. Havia exagerado com Suka, mas havia perdido o controle.

- Senhor! – um rapaz se aproxima – O paciente está bem, foi só um desmaio.

- Entendo.

- O levarei para o quarto e...

- Leve-o para meus aposentos.

- Si... Sim senhor! – o rapaz fez um sinal com a cabeça em tom de respeito e se afastou de Rayzen.

Rayzen voltou seu olhar para o belo rapaz que mantinha suas pálpebras cerradas, sentiu vontade de tocá-las, mas acabou se afastando.

 

*

 

Ryori olhou para o moreno que estava deitado ao seu lado na cama, tocou levemente em seus cabelos, sorriu ao ver como era um cara de sorte. Finalmente, depois de tanto tempo podia dizer que estava em paz com seu grande e único amor, no começo ficava a pensar que tudo não se passava de um belo sonho, mas aos poucos, a cada segundo a vida lhe provava que estava saboreando da coisa mais importante da vida, o amor. E agora que descobriu como essa fruta era doce e saborosa não queria mais deixá-la, queria desfrutá-la até que seus ossos virassem poeira.

Sentou-se na cama, olhou mais uma vez para o seu belo amante e suspirou, levantou-se indo até suas roupas que estavam dobradas em cima de uma cadeira. Vestiu-se com suas inseparáveis vestes pretas, colocou seu sobretudo e saiu do quarto deixando um beijo carinhoso na testa do seu amado.

Caminhando pelo corredor se esbarra com Shibushi, o loiro o olhou com interrogação. Tentou passar por ele sem dizer nada, mas ele o segurou perguntando aonde ele iria.

- Não é da sua conta – respondeu seco.

- Vai atrás do líder?

- Se sabe por que pergunta? – encarou-o.

- Não devia fazer isso... – suspirou – não consegue viver em paz?

- Não!

Shibushi soltou-o, ficou a olhar para seus belos olhos azuis, tocou levemente seu rosto pálido constatando que sua pele ainda continuava macia e quente, aproximou-se dele lentamente sem tirar seus olhos dos dele, seus lábios se tocaram levemente, quando se deram conta se beijavam tranqüilamente. Shibushi se afasta limpando seus lábios úmidos com o polegar, ele abaixou a cabeça e sorriu de canto.

- O que foi isso? Não me diga qu...

- Não senti nada! – interrompeu – Nada! – abriu seu sorriso.

- Ah! Shibushi... agora que você percebeu que não me ama mais? – o abraçou.

- Na... ko?

- Quero te ver assim... sorrindo! Não se preocupe... ele vai voltar! – desfez o abraço – e você poderá dizer-lhe que o ama.

Uma fina e brilhante lágrima escorreu pela face pálida do loiro, Ryori fez questão de limpá-la com seu dedão, levou a lágrima até seu lábios sentindo seu gosto salgado. Sorriu para o loiro de uma forma que não sorria há muito tempo tocou no seu rosto e disse:

- Essa será a última lágrima que derramará por mim.

- Sim... – sorriu.

- Eu tenho que ir agora.

- Cuidado!

- Claro!

Deu uma ultima olhada para o loiro e saiu de casa, entrou no seu belo porsche preto e tratou de sair pela noite que o engolia. Sentia-se incrivelmente bem, agora podia sentir seu sangue ferver como antes, só pela a excitação do perigo, pela adrenalina do combate e pela paixão do poder.

Foi até os pontos mais badalados de Rondon, claro que qualquer um ali o tratou como se fosse um rei. Porém queria apenas encontrar o novo líder do tráfico de Pratania, soube que ele curtia algumas boates, e principalmente uma chamada Gaia.

Um belo par de olhos azuis se estreitou quando vêem a figura marcante do ruivo entrar na boate, seus belos fios roxos estavam mais escuros que o normal por causa da pouca iluminação da boate, seu belo corpo se escondia num canto reservado da boate, em suas mãos possuía um copo de bebida e na outra um cigarro de cravo.

O belo e misterioso rapaz chama um dos empregados da boate discretamente, o rapaz sorri para o dinheiro que recebeu pela troca de serviço e foi logo tratar de cumpri-lo.

Ryori percebeu os vários olhares que caiam sobre ele, eram olhares de ódio, fascinação, desejo, inveja, admiração e surpresa, entretanto nenhum deles o afetava. O ruivo olhou para o fundo da boate, moveu-se a fim de ir para lá quando sentiu uma mão trêmula segurar seu braço. Seus frios azuis olham de canto para o rapaz, este tremeu ainda mais ao ver a sombra que Ryori Nako fazia sobre ele, viu que ele era alguém que fazia jus ao seu nome.

- Se... Senhor Nako?

- Hum?

- Tem um senhor que gostaria de falar com o senhor! – o rapaz apontou para um canto afastado.

Ryori estreitou o seu olhar tentando enxergar o ser que tinha atrás daquela escuridão, mas foi em vão, deu uma outra olhada assassina para o informante fazendo-o soltar o seu braço rapidamente com um pedido de desculpas. Esqueceu-se rapidamente do importuno jovem que ainda o olhava como se ele fosse uma assombração e postou-se a caminhar em direção daquele canto escuro.

Quanto mais adentrava naquela escuridão, menos pessoas via. Seus azuis estavam atentos a qualquer movimento, e sua mão estava na sua cintura pronta para puxar seu revolver para acabar com a raça de qualquer espertinho que se atreva a cruzar o seu caminho.

- Nako... – uma voz estranha invade os ouvidos de Ryori, era uma voz calma carregada de escárnio e deboche.

- Você queria me ver? – perguntou friamente.

- Sente-se!

Ryori deu mais uns passos para frente, finalmente viu o rosto daquele rapaz misterioso, olhou-o nos seus olhos vendo que eram tão azuis quanto os seus, viu que tinha belos cabelos roxos, eram lisos até o meio das suas costas, e eram amarrados no alto da sua cabeça. Suas roupas eram realmente exóticas, usava uma calça jeans toda desfiada, usava uma bota preta, uma blusa de manga longa que cobria só o seu braço direito e no esquerdo ela chegava até seu bíceps que era muito bem definido, usava um lápis preto nos olhos os deixando mais escuros e sinistros, suas orelhas eram repletas de brincos, e possuía uma tatuagem na sua bochecha direita, parecia ser um risco preto.

Puxou uma cadeira sem tirar os olhos do rapaz da sua frente, olhou para sua blusa azul vendo que era cheia de rasgos e alfinetes. Sentou-se finalmente, olhava com um tom desafiador para o rapaz a sua frente.

- Estava a minha procura? – o rapaz pergunta dando uma tragada no seu cigarro.

- Você é?

- Me chame de X!

- X? – indagou.

- O que queria de mim?

- Soube que está destruindo tudo.

- E se estiver?

- Não vou permitir – respondeu seco – você sairá do cargo e dará ele para mim.

- Com uma condição! – sorriu.

- O que?! – assustou-se.

- Ajude-me a acabar com uma pessoa...

 

*

 

Suas pálpebras se abrem lentamente, seus belos verdes focalizam um teto esbranquiçado, sentou-se rapidamente na cama ao ver que não reconhecia o lugar. Uma risada divertida lhe chama a atenção, olhou para um canto vendo Rayzen sentado numa poltrona com um copo de bebida na mão.

- Está no em meu quarto! – informou.

- “Droga!”

- Não gostou? – sorriu.

- “Ele pode ler meus pensamento... tenho que me concentrar!” – Pensou.

- Não adianta.

- O que?

- Você é esperto... Mas saiba que eu não posso ler sua mente a todo o tempo!

- Não?

- Só à noite... – disse apontando para a janela.

- “Que bom”.

- Bom? Hum... Desvantajoso!

Rayzen se levanta colocando seu copo em cima da mesinha que ficava ao lado da poltrona e postou-se a caminhar em direção a cama, seus frios olhos azuis olhavam com desejo para os belos fios negros do moreno que se encontravam soltos e jogados por seu rosto pálido.

Suka olhou para os lados pensando em fugir, porém ele mesmo sabia que não tinha como fazer isso, e mesmo que por um milagre conseguisse teria muitos outros guardas pelo prédio.

- Pára de tentar fugir... não vê que é inútil! – sentou-se na beirada da cama – Você é meu, seu pai o entregou a mim!

- Eu não pertenço a ninguém!!

- Pertence! – sorriu – Você sabe que é meu, agora vai se comportar direitinho... Sabia que eu o adotei?

- O que?!?! – assustou-se.

- Você foi adotado por mim... o único!

- Seu pervertido... eu era uma criança e já me olhava desse jeito?

- Não, no começo eu só queria usar você para experiências cientificas, mas ao longo do tempo vi que você era especial... e eu podia usar outros garotos para isso! Para você ver que é o único que não foi treinado no laboratório... você é normal, diferente dos outros!

- Hum... sempre fiquei na dúvida... não sabia porque era o único que não fui criado naquele laboratório maldito! – alterou seu tom de voz.

- Parece irritado! – sorriu – Não deveria se sentir assim, pois você não foi criado ali...

- Mas Xyen foi... – tapou a boca com força quando viu que tocou no nome do outro.

- Xyen? – Rayzen irritou-se – então ainda pensa nele...

- Eu... – sentiu um medo percorrer a espinha ao ver o ódio que corria pelos olhos de Rayzen, pensou em se afastar, mas antes mesmo de agir sentiu suas pernas seguradas pelas mãos fortes de Rayzen.

Num forte puxão Suka escorrega até chegar a Rayzen com as pernas abertas, Rayzen lhe deu um forte soco no rosto fazendo Suka morder a língua com o baque e conseqüentemente sair sangue. Ficou meio atordoado, quando consegue levantar a cabeça vê Rayzen se despindo em pé ao lado da cama, viu que só faltava a fina camisa para deixá-lo completamente nu, e sem demoras Rayzen a retirou.

Suka postou-se de joelhos e começou a engatinhar rapidamente para fora da cama, mas foi impedido novamente, seus pés foram agarrados e puxados para trás por Rayzen, Suka cerrou suas mãos no lençol tentou se segurar, entretanto acabou levando-o junto, pois não seria um lençol que o seguraria da ira do seu mestre. Quando chegou até Rayzen, este ergueu sua cabeça para trás puxando-o por seu cabelo, soltou um leve gemido de dor e susto.

- Farei você esquecê-lo! – disse contendo todo seu ódio – nem que tenha que matá-lo!

Uma mão forte agarra-se a cintura de Suka a levantando fazendo o moreno ficar de joelhos na cama, segundos depois sua fina blusa branca é toda rasgada, sua pele branca ficou vermelha com o puxão violento. Suka cerrou os olhos quando sentiu as mãos de Rayzen descerem para sua bunda a apertando com força, Rayzen o jogou para frente com força fazendo o moreno bater com tudo no colchão, Rayzen retirou sua calça junto com sua cueca num único puxão.

Os olhos de Rayzen ficaram num brilho muito diferente, agora ele olhava para o moreno que estava jogado no seu colchão com a respiração descompassada, tratou logo de subir em cima dele o virando de barriga para cima. Com as duas mãos abriu as pernas do moreno com força fazendo ele gritar de dor, olhou para todo seu corpo deixando um sorriso sádico se desenhar em seus lábios.

Um forte tapa deixa a coxa direita de Suka vermelha, ele gemeu, não de dor, mas sim de susto, entretanto sua perna estava começando a doer agora já que Rayzen começou uma sucessiva chuva de tapas na sua perna branca que agora se encontrava avermelhada. Quando pensou que aquilo não ia ter mais fim foi virado novamente de barriga para baixo, sentiu-se inseguro, agora não podia ver o que aquele homem ia fazer com ele.

- Fique aqui! – Rayzen se afasta dele.

Suka olhou para trás não encontrando mais o seu mestre, tratou de se levantar e sair correndo dali, estava próximo à porta do seu quarto quando seu pé é puxado com força por um chicote. Seus verdes olharam para trás vendo Rayzen o puxar por um fino chicote preto que estava enrolado no seu braço.

- ME SOLTA! – Encravou as unhas no carpete vermelho do quarto, logo um rastro foi deixado pelas unhas de Suka, algumas até se quebraram.

- Disse para me esperar! – deu um tranco fazendo o rapaz vir com tudo na sua direção.

Abaixou-se ao seu lado tocando levemente em seus cabelos fazendo uma doce caricia, virou-o de barriga para cima olhando-o nos seus verdes.

- Não sei por que gosta do jeito mais difícil! Poderia ser tão simples.

- MALDIT... – um soco faz ele calar a boca.

- Cuidado... não se esqueça que você é um inseto nesse mundo de gigantes, agora trate de ficar no chão onde é seu lugar! – sorriu – estou vendo que ainda me olha com ódio, acho que vou ter que mostrar para você quem é o inferior aqui!

Rayzen se levanta dando um forte chute nas costelas do moreno fazendo ele rolar umas cinco vezes até a cama batendo com força contra seus pés de ferro. Ficou de joelhos com um pouco de dificuldade olhou para Rayzen vendo que ele não estava mais lá, assustou-se.

Um fino e brilhante chicote de borracha enrosca no pescoço de Suka, este apenas grita ao sentir sua garganta ser apertada com tanta força, olhou para trás vendo que Rayzen o puxava com força para cima, aos poucos Suka foi se levantando ou seria enforcado.

- Bom garoto! – riu.

Puxou Suka até a cama o jogando nela, retirou o chicote que prendia seu pescoço. Suka respirou fundo ao sentir-se livre daquele chicote, ficou de bruços na cama sentindo sua respiração acelerada. Estava se acalmando quando um som agudo corta o silêncio do quarto fazendo Suka soltar um grito junto com ele, uma fina gota de sangue escorreu pelas suas costas e pelo chicote que estava parado nela.

Rayzen começou a dar sucessivas chicotada nas costas de Suka.O mestre estava ajoelhado na cama em cima dos pés de Suka para que este não fugisse, e com a outra mão tratava de castigar a pele branca e fina do moreno deixando-a com vários vergões.

Suka estava apoiado pelos seus cotovelos, seus olhos se fechavam a cada chicotada, porém abafava seus gemidos todas as vezes que o chicote golpeava suas costas, não iria dar esse gostinho a Rayzen. Rayzen não parou até deixar uma bela marca coberta com sangue nas costas do moreno, havia feito um grande estrago. Levou o chicote até sua boca sentindo o gosto amargo do sangue que permanecia ali.

- Viu o que me fez fazer? – disse com uma voz bem calma.

Rayzen sorriu, inclinou-se para frente lambendo as costas do moreno fazendo-o agarrar-se mais ao lençol ao sentir o ferimento arder em contado com a saliva de Rayzen.

Rayzen vira Suka de barriga para cima fazendo o lençol branco de manchar de sangue, tocou na face pálida de Suka com delicadeza, passou sua mão pelas suas pálpebras vendo que ele fechou os olhos com isso, contornou seus lábios com seu dedo indicador mostrando-se fascinado com sua beleza.

Aproximou-se dos seus lábios, encostando-os com os seus, ficou assim por um bom tempo apenas sentindo a respiração acelerada do outro, sentia o cheiro de sangue invadir suas narinas, ficou mais excitado ainda. Seu sexo o incomodava, estava muito quente e duro algumas gotas de sêmen já molhava a cabeça do seu sexo.

Abriu sua boca colocando sua língua na boca de Suka, no começo o moreno mostrou-se relutante, mas à medida que Rayzen o forçava ia cedendo, já estava sem forças para continuar a lutar. Agora se via no meio de um forte beijo e molhado, sentia as mãos de Rayzen apertarem suas coxas com força, suas mãos esfregavam-se nas suas pernas mostrando todo o desejo que sentia.

Respirou fundo quando sua boca foi solta, agora tinha seu pescoço atacado pela língua e os dentes de Rayzen, este foi descendo por seu corpo deixando um rastro de saliva, parou nos seus mamilos os mordendo com força fazendo uma gota de sangue acompanhada de um longo gemido deixar o corpo do moreno, satisfeito foi pro outro mamilo repetindo a mesma ação.

Suka afundou a cabeça no colchão ao sentir seu sexo ser manipulado pela forte mão de Rayzen, estava com os olhos semicerrados a única coisa que vinha a sua mente era dor, dor e mais dor, nada mais preenchia sua mente nublada, agora estava em transe. Cada vez mais foi se afundando nas suas mágoas, a cada toque que sentia sangrava por dentro, seu brilho sumia à medida que o tempo passava. O som e a imagem pareceram fugir do seu alcance, agora só sentia a si mesmo, como se fosse uma grande ferida aberta onde Rayzen cutucava toda hora pelo simples prazer de lhe ver sangrar.

Entristeceu ao sentir prazer naquela masturbação, agora fechou os olhos sentindo suas bochechas corarem de excitação e vergonha, vergonha por ser tão fraco e imprestável. Uma lágrima fria e solitária escorre por sua face entristecida fazendo o seu agressor sorrir.

Rayzen estrangulou o sexo de Suka fazendo-o gemer, num movimento forte e rápido virou-o de barriga para baixo novamente, passou sua mãos por suas costas delicadamente sentindo que Suka tremia toda a vez que o tocava, parecia estar com medo de outra violência como aquela contra seu corpo. Porém Rayzen já tinha outros planos, agora queria entrar naquele corpo, queria feri-lo por dentro, queria que Suka parasse de se mostrar indiferente e o sentisse dentro dele.

Um braço se fechou na sua cintura a puxando para cima fazendo-o ficar de quatro, Rayzen deu vários beijinhos molhados pelas costas de Suka até chegar nas suas nádegas lhe dando uma forte mordida, desceu um pouco mais passando a língua no meio delas, lentamente introduziu a língua naquele buraco quente e apertado, ouviu um gemido tímido de Suka vendo que ele já estava pronto para algo maior.

Sem preparo ou cuidado algum deu uma única estocada no rapaz fazendo-o gritar de dor, o moreno tentou ir para frente para fugir das suas investidas, entretanto o braço que prendia a cintura de Suka o impediu de fugir. O moreno sentiu-se rasgado, aquele membro grosso e grande havia entrado pela metade nele, e sem mesmo se acostumar com a invasão, Rayzen começou a empurrar seu membro cada vez mais sentindo o anel ceder aos poucos, quando entrou por inteiro soltou um gemido baixo mostrando todo o seu prazer, tocou nas costas cortadas de Suka a apertando com força fazendo-o gritar, quando Suka gritou Rayzen começou com as fortes estocadas, saindo e entrando cada vez mais forte fazendo o corpo do moreno ir para frente e para trás.

Os fios brancos grudavam na sua testa onde varias gotículas de suor permaneciam, por sua boca semicerrada saia sua forte respiração, seus olhos estava bem abertos para não perder nenhuma reação da sua vitima. Acelerou os seus movimentos fazendo a cama fazer um barulho incomodo, o ar pareceu ficar mais quente para ambos.

Suka sentia um calor invadir todo seu corpo, sabia que seu orgasmo estava próximo, entretanto não queria isso, não queria sentir nada, não queria mostrar para Rayzen que ele sentia o seu toques apesar de frios e dolorosos. Fechou suas pálpebras com força sentindo as fortes estocadas que Rayzen lhe dava, por um momento sentiu que ele aumentou o ritmo, com certeza devia estar chegando ao seu limite também.

Seus corpos suados estavam mais colados agora, Suka cerrou os dentes tentando conter em vão o gemido que denunciaria a chegada do seu gozo. Rayzen sorriu ao ver que ele gostou, que apesar de toda aquela dor ele pôde sentir nem que fosse o mínimo de prazer possível. Agora era a sua vez também, apertou mais ainda o corpo de Suka ao sentir seu orgasmo vir à tona preenchendo todo o corpo de Suka, gozou com abundância fazendo seu sêmen escorrer pelas coxas do moreno, continuou a estocá-lo até que a última gota saísse.

Caiu pesadamente sobre o corpo do menor fazendo-o gemer, já que suas costas ainda ardiam pelas chicotadas que recebeu.

 

*

 

- “Que cheiro estranho!” – Shibushi que estava na sala lendo se levanta indo até a cozinha, olhou para todos os lugares procurando o causador daquele odor desagradável – “Será que o gás está ligado?”.

Os azuis escuros de Shibushi se arregalam de susto, viu que aquilo era gás sonífero, quando se virou de costas para sair correndo deu de cara com um rapaz mascarado todo vestido de preto, deu passos para trás temendo aquele olhar amedrontador para cima dele.

- Então você é o Shibushi? – sorriu – Muito bonito!

- Quem é você?

- Isso realmente não interessa!

O rapaz segurou o braço de Shibushi o trazendo mais próximo a ele, fechou seus braços na sua cintura a apertando, Shibushi tentou empurrar o homem que o segurava, entretanto ele era bem mais forte.

- YUY!!! – Shibushi gritou ao ver o moreno no colo de um outro homem encapuzado.

- Tsc... eu tenho que ir gracinha! – o rapaz levantou sua máscara até seu nariz para poder deixar sua boca livre para dar um beijo no loiro.

A boca do rapaz devorou a de Shibushi num forte e lambuzado beijo, sua mão desceu até suas nádegas a massageando com força fazendo o loiro soltar um gemido em tom de protesto.

- Vamos Z1! – o outro homem que estava com Yuy chamou.

- Estou indo Z2! – colocou a máscara de volta dando uma última olhada para os olhos de Shibushi que se fechavam por causa do gás sonífero. Segurou-o pelos ombros o colocando com delicadeza no chão.

Mais um chamado de Z2 e partiu dando uma última olha para Shibushi que estava caído no chão da cozinha.

 

*

 

- Então é isso? – nako olha para a figura exótica que estava do lado de passageiros do seu porsche.

- Sim, só quero vingança!

- Por isso tornou-se líder?

- Tive que dar um fim no líder anterior! – sorriu de canto – agora quero detonar!

- Hum! – Ryori olhou para frente.

O porsche preto passava em alta velocidade pelas avenidas deixando poeira para o que ficavam para trás. Os frios azuis de Ryori mostravam-se preocupados agora, sem querer acabou se envolvendo mais do que queria nesse assunto.

O porsche pára na frente da casa de Shibushi, Ryori e Xyen saem do carro indo até a porta. Ryori ergueu sua mão para bater na porta, mas Xyen se adiantou girando a maçaneta e entrando na casa, Ryori ficou com a mão estendida olhando incrédulo para Xyen que já ia entrando na casa.

- Gás!

- O que? – Ryori caminhava até ele.

- Está sentindo?

- Hum... YUY! – Ryori correu até o quarto abrindo vendo que o moreno não estava mais ali, foi correndo por toda a casa, parou quando viu Xyen carregar Shibushi até uma das almofadas na sala.

- Que homem bonito! – Xyen comentou tocando em seus fios loiros.

- Shibushi! – Ryori ajoelha-se ao seu lado tocando no rosto do rapaz adormecido.

- Acho que aquele maldito do Rayzen já está agindo.

- O que ele quer? – indagou.

- Acho que quer matar Yuy para que você pense que fui eu... Assim você virá me matar!

- “Mas é claro, ele mata Yuy e joga a culpa em cima do novo líder, pois ele quer que o novo líder morra já que ele está infernizando Rayzen, só que ele não tem idéia que o novo líder do tráfico era um dos seus homens!” – pensou.

Nako se levantou enfurecido, estava atordoado, um monte de coisas começaram a passar por sua cabeça.

- Ihh!!! Calma aí ruivinho.... – riu – vamos esperar esse gatinho aqui acordar, pode deixar que quem deve matar o seu gatinho vai ser Suka, já que ele faz o trabalho sujo sempre.

- Quem é Suka?

- Meu amante.

- O que?

- Calma, não me olhe desse jeito – sorriu – Eu vou lhe contar...Foi assim...

 

(Flash back)

 

- Então você foi mandando para me matar!

- Sim!

Suka e Xyen estavam numa fábrica abandonada, que ficava bem afastado da cidade, era um lugar totalmente inabitado.

Numa das áreas da fábrica onde a luz do sol era impedida pelas grandes taboas de madeira que cobriam a janelas estavam Suka e Xyen. Os dois pareciam estar bem tensos, principalmente Suka que foi mandado para uma missão tão dolorosa.

- Aquele velho não me quer perto de você! – sorriu Xyen – sou má influência!

- Hum... – Suka desviou o olhar.

- Eu cansei dele... quero me libertar... e a você também! – Xyen começou a se aproximar com passos lentos e determinados ignorando a arma que lhe era apontada.

Ergueu sua mão tocando num dos fios negros que cobriam os belos verdes de Suka, inclinou-se para frente dando um beijo na sua bochecha.

- O que você deseja? – perguntou retirando a arma das mãos de Suka.

- Liberdade... – sussurrou.

- Eu também... e também... desejo ficar com você! – dizendo isso beijou seus lábios com leveza. Momentos depois, o beijo se encerra e os dois se encaram de forma doce.

- Não podemos fugir desse destino... seremos escravos para sempre...

- Shhhh!! – interrompeu-o ponto seu dedo na frente dos lábios do moreno – Para derrubarmos Rayzen precisamos ficar mais poderosos que ele...

- Isso não é possível!

- O que mais da poder e grana desse mundo é violência, prostituição e drogas... é só entrar numa dessas roubadas e você fica rico! – sorriu.

- Você sempre acha tudo muito fácil! Não é assim...

- Eu vou fugir... mas eu prometo que volto para lhe buscar! Não, eu juro por tudo que eu mais amo e amei que volto para te buscar! – sorriu.

- Eu.... nunca iria te matar! – confessa.

- Eu sei disso... pois você me ama como eu te amo! – o abraçou – agora me espere!

- Cuidado... se Rayzen...

- Shhhh!!! Lembre-se que eu sou o Xyen, nada vai acontecer comigo!

- Convencido! – sorriu.

Os dois se olharam mais uma vez cheios de amor e esperanças e se abraçam bem forte e apertado como se fosse a última vez que eles se veriam. Momentos depois, seus braços largam o corpo do outro com hesitação, não queriam se separar de jeito nenhum, entretanto era necessário. Os dois trocam mais um beijo longo e apaixonado, e finalmente se separaram, cada um foi para um lado sem olhar para trás, pois saberiam que não teriam forças para continuar sem o outro.

 

(fim do flash back)

 

Ryori encarou o rapaz a sua frente com suspeitas, agarrou a sua camiseta e o puxou na sua direção.

- Essa história está muito mal contada...

- Está? – indagou.

- E o corpo que Suka usou para provar sua morte?

- Ele queimou um corpo qualquer e jogou num terreno baldio...

- E a autópsia? – o ruivo perguntou.

- Isso não é necessário, quem iria desconfiar que tínhamos um plano desses?

- Não sei... mas essa história está muito mal contada! – estreitou o olhar.

- Me solta... não tenho nada contra você!

- Diga a verdade!

Xyen agarrou a mão do ruivo que o segurava com força fazendo Ryori ter que usar a outra mão para segurá-lo, então Xyen num movimento incrivelmente rápido da uma rasteira do ruivo fazendo-o cair no chão.

- Eu posso acabar com você agora ruivinho... então acalme-se, ambos temos interesses comuns, então vamos trabalhar juntos! – disse mais sério dessa vez.

- Mal... dito! – Ryori sentou-se no chão olhando com ódio, ficou assustado com sua força e velocidade.

Os dois se encaravam de uma forma assustadora, o clima estava tenso, entretanto foi quebrado com o abrir dos olhos de Shibushi. O loiro sentou-se na almofada que estava deitado e encarou os dois com curiosidade.

- Er... Ryori? – ficou confuso.

- Parece que a jóia acordou! – Xyen sorriu para o loiro e logo em seguida lhe deu uma piscada.

- Hum... – o loiro desviou o olhar para Ryori o ignorando completamente.

- Shibushi! – Ryori avançou nele – quem levou o Yuy?

- Yuy? – ficou confuso, não estava se lembrando das coisas.

- Calma ruivinho... ele ainda está meio atordoado por causa do gás... – Xyen abaixa ficando do lado de Shibushi.

O loiro ficou confuso, fechou os olhos tentando se recordar do que aconteceu, soltou um longo suspiro e finalmente lembrou-se de um cara todo mascarado levando Yuy.

- Eram dois caras... chamavam-se Z1 e Z2... eles levaram o Yuy e o outro... – silenciou-se.

- E o outro? – os dois perguntam em uníssono.

- Me beijou... – abaixou a cabeça.

- Só pode ser o tarado do Shell – Xyen sorriu.

- Quem?

- Um dos 5 soldados de Rayzen...

- Quais são os outros? – Ryori pergunta.

- Shell, Suka, Aizu, Ruk e eu!

- Ruk? – Shibushi pergunta.

- Sim, o seu Rukinho fofo é um assassino de Rayzen.

Shibushi arregalou os olhos assustando-se com a revelação, sabia que o passado de seu amado não era muito bom, mas não imaginara que ele fazia parte de uma organização tão grande e que era um dos principais soldados de Rayzen.

- Precisamos recuperar o seu garoto Ryori... ou ele pode morrer! – Xyen diz.

- Mas como os encontraremos?

- Eu sei onde ele deve estar... preciso entrar em contado com Suka também... o bom é que temos Ruk ao nosso lado e se temos Ruk temos Aizu também!

- Por que? – o loiro indaga.

- Porque o Aizu é apaixonado por ele... – sorriu – mas não fique com ciúmes! Se ele não te quiser mais eu fico com você! – deu uma piscada pervertida para o loiro.

- Idiota! – Ryori o empurra longe – não se preocupe Shibushi... Ruk te ama!

- Ai... que cara violento... bom, vamos logo!

- Eu... também vou!! – o loiro se levantou sentindo-se ainda meio tonto com o gás.

- Não vai! ¬¬

- Tudo bem! ^^

Ryori e Xyen dizem ao mesmo tempo fazendo um encarar. ¬¬ X ^^”

- Eu concordo com o Xyen! – Shibushi sorriu.

- Mas... é muito perigoso! – Ryori diz.

- Dois votos contra um! – Xyen sorriu – eu te protejo loiro!

- “Quem ele pensa que é para falar assim com Shibushi?” – ficou enciumado.

 

*

 

Uma Van preta corria por umas ruas desertas de Rondon, logo parou na frente de uns balcões que rodeavam uma das quadras da cidade. A noite caia com uma luva para os seqüestradores, ninguém os via, por isso mesmo o trabalho estava sendo cada vez mais fácil e além do mais, seqüestrar Yuy havia sido muito fácil.

O carro entra numa das garagens e estaciona em um lugar qualquer, os dois motoristas pegam descem do carro indo para parte traseira da Van onde tinham mais três homens e um deles carregava Yuy.

- Vamos! – um deles diz.

- Sim!

Os outros saem da Van rapidamente indo em direção a um corredor escuro. Momentos depois, os cinco mascarados estavam numa sala bem grande onde não havia nada, era um chão liso e empoeirado, e paredes sujas e amareladas e nem janela tinha.

- Coloque-o no chão! – um deles ordenou.

- Sim.

Yuy foi colocado no chão com suas mãos amarradas nas costas e seus belos olhos atados por uma grande faixa preta.

Os cinco homens ficam de braços cruzados ao redor da velha sala olhando para o corpo dormente de Yuy no chão, estavam apenas esperando novas ordens.

 

Continua...

 

Hello!!!

O que acharam desse capitulo? *ansiosa*

Eu quero agradecer aos comentários que eu recebi até agora!

Obrigada pelo meu dia especial Dark_Wolf! ^^

Espero que o darklemon tenha ficado bom!

E o que acharam do Xyen? Bonito? Feio? Chato? Brincalhão? Forte? Pervertido?

Bom, é isso.

Ah! E obrigada por lerem.

 

26/08/2004

16:32h.

Leona-EBM