Ida ao Cemitério

 

A Limusine Preta parou em frente a um dos galpões do porto, ele não era nada diferente dos outros, por isso era perfeito para um encontro.
- Senhor Nako! Que bom vê-lo! - Um gordinhho com um bigodinho ridículo na cara vai cumprimentar o ruivo.
- Como está? - Ryori nem olhou direito proo homem a sua frente, não gostava dele.
- Muito bem, e o senhor? - Abriu um lindo sorriso pro ruivo mostrando seus dentes de ouro.
- Já chegou alguém?
- Sim, a senhorita Thaís!
Ryori adentrou no galpão sem dar mais atenção ao gordinho que se chamava Gulart.

O ruivo entrou sozinho, deixando todos seus companheiros do lado de fora. A gangue ficava fumando e bebendo dentro dos carros, mas atentos a qualquer movimento suspeito.

Um corredor metálico levava a uma imensa sala, que por sinal era muito luxuosa, tinha uma enorme mesa de madeira retangular e cadeiras estofadas. Não possuía janelas, o ar condicionado tomava conta do local.
Em uma das cadeiras uma linda mulher mexia em seu laptop, era Thaís Felippe, uma mulher admirável, chamava atenção de todos pela sua beleza exótica. Tinha os cabelos castanhos claros até a cintura, grandes olhos verdes e expressivos, era alta, magra e muito elegante. Usava uma saia preta um pouco acima dos joelhos e um blazer preto de conjunto e usava poucas jóias.

- Boa Tarde!
Antes de sentar em umas das cadeiras Thaís cumprimenta o ruivo.
- Boa tarde! - Ryori era bem seco com aqueela gente, não era bom se mostrar muito amigo.
- Como está? - A moça o encara agora com sseus grandes olhos verdes.
- Bem!
Ela riu com muito gosto do jeito do ruivo, sendo assim resolveu deixá-lo em paz.

Ryori ficou olhando atentamente para sala, se tinha uma coisa que ele fazia bem era observar os locais antes de entrar, aprendeu isso a muito custo. O tempo não passava de jeito nenhum para o ruivo, na verdade ele queria estar em outro lugar e com outra pessoa. Pensava no moreno agora, havia feito a maior burrada da sua vida, 1° se apaixonou, 2° arranjou um inimigo perigoso, Doko e 3° matou o pai do seu amado.
Olhou para o chão e viu um lindo tapete amarelo, de repente os fios loiros de Shibushi lhe vieram à mente. Também não sabia onde ele estava e também havia cometido vários erros com ele. Pensava tranqüilamente nos dois garotos que cruzaram sua vida, quando ouve duas vozes imponentes adentrarem na sala.
- Boa tarde Senhores!! - Era Yashin.
Entrou com um lindo sorriso no rosto, era muito bonito, tinha os cabelos castanhos claros até os ombros, mas os mantinha presos a um rabo de cavalo, tinha pequenos olhos azuis... Muito sedutor, seu físico era perfeito e seu modo de falar era muito elegante.
- Boa tarde! - Thaís o cumprimenta com um sorriso, mas logo some ao ver quem entrou na sala.
Era Eduardo Freicione Gamasco, mas mais conhecido como EF. Esse era o único que quebrava a beleza dos quatro traficantes, era gordo, baixinho, tinha aproximadamente 26 anos de idade, tinha os cabelos curtos e loiros, olhos castanhos claros e era extremamente branco, pois em Planton não havia um dia sequer que não nevava.

Os quatro se fitaram por um momento se analisando, foi quando o som da porta abrindo os trouxe de volta a realidade.
- Bom dia senhores!
Dois homens e três mulheres adentraram na sala, eram os ajudantes. Eram de total confiança.
Eles serviam para pegar café, água, comida, mostrar gráficos, apresentações, entre outras coisas para os líderes.

- Como estão? - Jun era o mais velho de todos ali presentes, sempre acompanhava as reuniões entre os líderes, ele era o responsável pela apresentação de gráficos e apresentações nos computadores.
- Muito bem e o senhor? - EF diz e com a mmão fez um sinal para um dos empregados pegar um copo de café para ele.
- Tudo nos conformes... Agora, alguém tem algo a dizer? - Olhou atentamente para os quatro e viu que faltava três pessoas.
Faltavam três figurões do mundo negro, pessoas sem muita importância e era a primeira vez que os três se atrasaram em uma reunião.
- Estão atrasados! - Yashin diz olhando paara seu relógio de pulso.
- Se não chegarem em 20 minutos vamos comeeçar a reunião! - Thaís se manifesta.

Após ter chorado rios de lágrimas no colo do senhor Mafuri, Yuy havia dormido. Mafuri o colocou no quarto, tirou seus sapatos e o cobriu com um lençol azul claro.
- O que farei agora? Vim aqui para dar uma notícia ao meu filho... Mas não posso dar ela assim, não agora. - Mafuri ficou sentado numa poltrona da sala com seus pensamentos.

Enquanto isso Yuy sonhava... Era um sonho muito agitado e perturbador.

Suas mãos estavam cheias de sangue, olhou para os lados e imensas paredes pretas o rodeavam, o chão era todo de vidro que estava manchado de sangue.
Yuy esfregava suas mãos tentando tirar o sangue, mas ele não saia de jeito nenhum, assustou-se ao ver o corpo do seu pai pendurado na parede, ele estava pregado na parede por 4 estacas de madeira que cortava sua carne, dos pés e nos pulsos.
O moreno corria até seu pai tentando alcançá-lo, mas ele nunca chegava, até que seu pai se moveu, abriu seus olhos que estavam brancos, olhos de um morto...
O senhor Okan tentava se soltar das estacas, mas não conseguia, seu olhar não era de afeto ao seu filho, mas sim de ódio e maldade. Yuy ficou com medo, virou-se de costas para seu pai, para tentar fugir... Mas ele aparece na sua frente.
Sua expressão era perturbadora, assustadora e assassina, Yuy gritou, mas nenhum som saiu, tentou correr, mas suas pernas não obedeciam. Okan pegou seu filho pelo pescoço e começou a enforcá-lo, dizendo:
- Você me matou! Você me matou! Você me matou! Você me matou!!!!!!!!
- Não... Não, não fui eu, pai! Não tive culpa, me perdoe, não!! NÃOOOO!!!!


Yuy acorda do seu pesadelo, não havia sido o primeiro, por esses pesadelos estava começando a se sentir culpado pela morte do pai.
- Algum problema? - Mafuri entra no quartoo ao ouvir algo quebrando.
- Na... Não! - Yuy olha assustado para o cchão, havia derrubado o abajur no chão.
- Está precisando ir... Visitar seu pai! - Ele foi enterrado? Mas como? Já?!!! Por que o Ryori fez isso comigo?!!
- Pense, ele não podia ficar com o corpo ppor muito tempo, ele não sabia que horas você iria retornar, acho que foi isso que ele pensou.
- Sei, mas ele não tinha o direito...
- Eu encontrei esse documento em cima da eescrivaninha do escritório... - Mafuri mostrou um papel para Yuy.
- O que é?
- Documento do necrotério!
- Tem o endereço aí? - Yuy se levanta da ccama.
- Sim!

Shibushi ouviu barulho de helicópteros saindo, o velho devia ter saído da ilha para resolver algum assunto. Agora o loiro tinha chance de fugir dali. Começou a caminhar novamente, podia ouvir o barulho do mar, isso o alegrou intensamente. Estava com fome e frio, precisava sair urgentemente dali ou morreria.
Seus olhos brilharam de alegria quando avistou o mar, o imenso azul lhe representava liberdade. Viu as lanchas estacionadas à beira da praia e os homens de Doko ao lado delas.
- Droga! Tenho que tentar ao anoitecer! - Shibushi subiu novamente a montanha, se escondendo no meio de algumas rochas.

Um carro branco parou na frente de um imenso portão de ferro, era o cemitério particular de Nequing, uma cidade vizinha de Rondon.
- É aqui... - Yuy diz tristemente.
Mafuri põe a mão no seu ombro o reconfortando, Yuy fecha os olhos ao receber esse reconforto e começa a chorar novamente.
- Vamos... - Os dois caminhavam calmamentee pelo cemitério.
Vinte minutos depois ele acharam o túmulo desejado.
- Pai!! - Yuy cai de joelhos na terra averrmelhada.
- Olhe... - Mafuri apontou para lápide. Estava escrito o seguinte:
“Eis aqui um homem que amava demais seu filho”.
- Foi o Ryori que colocou? - Yuy passou a mão pela lápide.
- Sim... Ele que acompanhou o enterro soziinho...
- Ele não tinha o direito! Eu queria ver mmeu pai!!!
- Você gostaria de vê-lo? Mas você o viu ddurante 15 anos na sua melhor forma, você deve lembrar do seu pai vivo e não morto num caixão!!
Parecia que yuy levou um choque com as palavras de Mafuri.
- O QUE VOCÊ ENTENDE DISSO, AFINAL? - Dissse irritado.
- O que eu entendo? Háháháhá... Eu perdi mmeu filho e minha esposa, eu tento lembrar deles de como eram vivos, mas eu não consigo... Toda a vez que eu recordo.... Eu sempre os vejo no caixão... Isso é muito... - Mafuri calou-se chateado, resolveu deixar Yuy sozinho.
- Er... Senhor... - Yuy ia dizer algo, mass Mafuri já tinha saído.
Yuy olhou para terra abaixo dele e o pesadelo veio novamente a sua mente, levantou-se assustado.

- Desculpem pelo atraso!
Parecia que haviam combinado, os três figurões haviam chegado no mesmo instante.
- Já era hora!! - Yashin diz mal humorado..
- Desculpe senhores!! - Doko sentou-se bemm longe de Ryori.
- Perdão, tive problemas pessoais! - Longaai Lee, um dos figurões diz. Não tinha nada de especial nele, era um homem comum. Era um japonês típico e aparentava ter mais idade que os outros.
- Com licença! - Andy, o último a entrar nna sala. Era muito magro, tinha os cabelos azuis enrolados até os ombros, tinha olhos pretos e sorriso maldoso no rosto.
- Prontos?! - Jun olhou para todos – Gabriiele, dê um copo de água para todos!
- Sim senhor!

Jun começou a reunião depois disso, apresentou todos os continentes, dizendo a importância de cada um deles.

Arrarrio: Um continente composto de 10 paises de 1° mundo.
Um país com um clima tropical. Rico em petróleo, maior exportador de carne, algodão, borracha e armas do mundo. Possui a melhor qualidade de vida do mundo, a taxa de analfabetismo é de apenas 4%. O país mais importante é Urugo, onde permanece o centro econômico do continente.

Planton: Um continente composto de 20 paises de 2° e 3° mundo.
Não existe um dia sequer que não neve nesse continente. É o maior exportador de peixes e aves do mundo. O turismo é muito grande em todo continente. É o continente mais populoso do mundo, possui mortalidade infantil, analfabetismo e muita violência. O país mais importante é Agase, onde se concentra o turismo.

Brincamasca: Continente com um clima Tropical. Composto de 15 paises de 1° a 3° mundo.
Possui muita desigualdade social, mortalidade infantil e analfabetismo. O continente possui sistema de monarquia. É um continente que incentiva o esporte e todas as atividades sociais.
É o maior exportador de leite, cerveja, calçados, cobre e produtos agrícolas do mundo. O país mais importante é a Greogia, onde está localizado o castelo Greogia.

Pratania: Um continente que possui diversos tipos de climas. Possui 10 paises de 1° e 2° mundo. Possui a maior tecnologia do mundo. É o maior exportador de produtos magnéticos e industriais. Nas grandes metrópoles tudo é regido por um robô gigante que fica no núcleo da cidade. Também possui o interior, as partes pobres, aonde esses benefícios ainda não chegaram. O País mais importante é Nodai, possui a base de lançamentos de foguetes.

Em todos os continentes só existe uma moeda o “Real”.

- Estamos conseguindo 2,6 milhões de Reais na venda de armas... - Yashin comenta olhando para Ryori.
- Eu consegui 2,7 milhões na venda de Ninffeto e Coca, para o continente Brincamasca! - Eduardo sorri vitorioso para Yashin. Os dois sempre tiveram muita concorrência.
- 3 milhões em Ninfeto, essa é a droga maiis popular! - Thaís mostra seus papéis.
- Senhor Nako? - Jun o chama.
- 2,2 bilhões em Ninfeto, armas e Coca... Com isso consegui erguer três pontos de poder em cada país do meu continente e consegui ter um acesso ao computador central de Nodai.
Todos se calaram, com certeza Ryori Nako sabia administrar seu dinheiro. Mas ele nem dava importância, detestava essas reuniões, ele sempre tinha que negociar alguma coisa sua com os demais, não via necessidade de fazer isso, mas como Sirie lhe dizia “É preciso abrir mão de algumas coisas para conseguir outras”.
- Nos surpreende como sempre, senhor Nako!! - Thaís comenta com uma dor de cotovelo.
- Acho que precisamos trocar nossos produttos... Três pontos de poder? Nossa!! - Eduardo comenta.
- Sim, eu estou percebendo a entrada dessee dinheiro no armamento do tráfico e na subordinação de muitos policiais. - Afirma Doko.
- Percebe-se senhor Doko! - Jun diz debochhando do seu comentário. Doko queria aparecer na reunião, mas Jun não deixaria, porque não gostava nenhum pouco do velho gagá.
- Temos que negociar mais armamento em Briincamasca... Yashin! Preciso de 2,5 milhões de armamento, estamos tendo problemas com a fiscalização. - Thaís entregou um gráfico para Jun mostrar.
- Realmente... Você decaiu muito... - Longgai comenta.
- Eu posso resolver isso, se você me dar 220% das 5 empresas da Greogia. - Ryori sugere.
- 20%?!!! Háháháhá... Ficou louco!? - Thaíís encara o ruivo, que não achou graça alguma.

Yuy finalmente deixou o cemitério com o senhor Mafuri, estava com remorso de ter discutido com ele. Os dois estavam em total silêncio dentro do carro, até que Yuy resolve falar para quebrar a tensão.
- Senhor...
- Esqueça!
- Me desculpe, eu...
- Não teve culpa! - Disse sem tirar os olhhos da direção.
- Fui rude, aliás, sou muito rude com as ppessoas!! Sempre fui assim... Ah! Como sinto falta daquele tempo... - Diz se lembrando da época que vivia com seu pai.
- Não viva no passado, essas lembranças veelhas não lhe ajudarão em nada...
Yuy ouviu o conselho calado, precisava tomar uma decisão. E o quanto antes melhor.


Continua...