Noite Vazia


    

O soluço que trago retido em meu peito
Do choro contido, do grito que não ousei
Reflete na alma o frio vazio do meu leito
Desse medo insensato que eu mesma criei

Se o medo eu cortasse nesse grito rasgado
Se o soluço escapasse num choro atrevido
Se do peito eu soltasse esse medo guardado
Talvez esse frio vazio não tivesse surgido

Esse medo de amar essa dor tão antiga
Acompanha os passos das noites vazias
Solidão companheira, tão íntima e amiga
Guardiã do soluço retido em horas tardias


Sapeka
Poema 4
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