Antes o verme que se esconde, por debaixo da terra, Que este que me descobriu, ser inerte e passivo... Antes o que passa – sem que o saiba – e é feliz, Que aquele outro, lamentando-se, de sua má sorte... Algures estarei por aqui, em chão, pertença de muitos, Mas quem ao ópio buscar o oriente, não é de ninguém... De gente alguma e eu sou apenas o que, na rude doença, Sou tal o verme, que se esconde, por debaixo da terra e foi feliz., um dia... Mas, ah, que veneno inócuo, inoculei meu ser, já de si tão frágil? Acaso serve gritar ao vento, meu desespero sem regra ou lei? É, meus amigos, antes nada e ter o que dizer, ao que passa pela gente, Que o que caminha e é nada – caminhando terminantemente doente... Mas cubram-me de rosas brancas... sim!, cubram-me, de imensas rosas brancas, Que eu hei de partir, levando-os comigo, na minha despedida, para junto da Grande Família, meus queridos e dóceis amigos... Jorge Humberto (02/01/05) |