Marilena Basso Mãe? Pai? Pai-Mãe? ou Mãe-Pai? Acreditamos que, neste momento, Não importa como deveríamos chamá-la: Importa sim, o papel que você Representou e representa até hoje Em nossas vidas de filhos. Desde muito cedo, aprendemos a viver Com a figura materna duplicada: Exercendo tarefas inúmeras Para poder sustentar os filhos. Desdobrando-se em conselhos e exemplos Para que chegássemos à juventude sem traumas, Tranqüilos, mesmo com um pai ausente. Confessamos, agora, que nosso coração suspirou Quando você parou de colocar-nos no carro, Com um pacotinho horroroso nas mãos, Para apertar aquela maldita campainha, Esperar aquele homem abrir a porta, Receber o presente, e nem se abaixar Para um beijo nos dar, Ou um "muito obrigado" dizer. Quando o dia do nosso aniversário chegava, você se perdia em desculpas. Acabava ligando, Para que ele não esquecesse da data, E nem assim o telefonema chegava. Lágrimas de seus olhos brotavam, E o nosso bolo, e o "parabéns à você" Acabavam perdendo toda a graça. Mãe, No dia em que comemoramos o "Dia dos Pais" Quem merece o presente é você, Que é a nossa rainha, Que governa nosso lar, Que nos ampara e nos dá carinho. E que, ainda nos dá seu arrimo Para que possamos terminar nossos estudos. Estamos longe, minha querida: Sentimos a falta de sua pessoa Para poder abraçar e beijar todas as noites! Mas, sentimos a sua presença constante, As sua vibrações positivas e confiantes. O som de suas preces chega ao céu, E retorna nos dando força Para enfrentar a saudade doida. Mas, quando nos encontramos, A festa é total: Podemos declarar o nosso amor Bem baixinho no seu ouvido, Dizer ao mundo em altos brados, Que a nossa enorme sorte Teve a sua origem No dia em que você nasceu! Quem precisa de pai, Se tem uma mãe linda como você? |
![]() |