Tempo...


Quem tem tempo, joga-o fora,
Quem o não tem, estranha-lhe a
Demora.

Assim com o dinheiro,
Compra-se e vende-se por atacado,
Para gastar-se, mais ao lado.

Quem tem chora por mais,
Quem não tem cai-lhe os ais.

E é jovem, enquanto é tempo,
Quando envelhece, leva dentro
A mágoa do seu lamento.

E roda que roda, sete vezes a rodar,
O relógio altaneiro,
Que não tem como parar.

Jorge Humberto
05/03/05
No Acaso da Poesia
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