Um gato um caco Parecia-me a mim um gato sem cabeça, Quando, por sobre o ombro, retorqui: Parece um sofá, ou uma cabeça – assenti! Mas onde, a cabeça do gato, do gato (sem cabeça? Vendo bem, nem uma nem outra cousa, Tem lá isso, de estrondosa importância. Mas o que, por sobre o ombro (na distância), Parecia-me a mim estar a ver, Não era senão um caco de louça, A seu belo prazer. Isso e não outra coisa. Jorge Humberto (14/12/04) |