quarta-feira, 23 de maio de 2001
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Matérias
Cedidas por Visitantes:
XRS
Land |
Dj
Xerxes de Oliveira
Desde 89 que o paulistano Xerxes de Oliveira montava seus
próprios equipamentos em casa, alterando os motores de
tape-decks para permitir o sincronismo entre suas fitas de
música. Era a vontade de mixar, de produzir seu próprio
som. Em 92 o DJ conhece pessoas que estavam na mesma
sintonia musical que ele: Ramílson Maia (o Ram Science),
Bruno E (O Discurso) e o então DJ da Sound Factory da
Penha, Markinhos Marky Mark - hoje apenas conhecido como
Marky. Xerxes ficou impressionado com a habilidade e as músicas
tocadas por Marky, e passou a direcionar sua produção
musical para o drum’n’bass.
As
diversas vertentes dentro do estilo o fizeram adotar várias
alcunhas para cada uma que seguia: assim nasceu o XRS Land
(seu primeiro projeto concreto, que começou em 94),
marcado pela influência bossa-novista; o Friendtronik,
que rendeu um disco homônimo lançado pela Sony, com
toques de hip-hop e feito em parceria com Paula; e os
experimentais Sys-X e Kapitel 06.
fonte:headphone
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Goldie
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Goldie
Timeles
Não
é fácil levar a sério um cara com todos os dentes em
ouro. Mas na hora de se falar sobre de seu último disco
solo “Saturn Returns”, a figura muda de situação. A
cruel realidade da perda total é uma obrigação na
entrevista. O motivo de tudo foi querer fazer o diferente.
“Eu sou um artista. Eu não quero me repetir. Eu nunca
mais vou fazer esse caminho... pra mim, tudo o que eu quero
é escrever um livro”, ele diz com um sorriso meio feliz.
Goldie é disléxico, e a escrita e a leitura são coisa
nova e boa para ele, um campo mais elevado onde nem todos
entram. Mas não é fácil. "já joguei muita merda
fora do que eu escrevi”. É um homem corajoso, que
enfrentou suas feridas e está aí. Do sonho do graffiti em
Nova York ao Hip–Hop, Miami e ao Metalheadz. Pode ser o
inferno em meio a um mero passeio.
Goldie não é bobo nem nada. Ele anda com estrelas que não
são tão estrelas. Diferente dos ricos e famosos de sua
terra (Inglaterra), ele é verdadeiramente ele mesmo em
primeiro lugar, e em segundo, vem sua fama. É só passar os
olhos nas notícias de música e ver que a maioria age da
forma contrária. Um exemplo (perfeito para a ocasião)
disso é o fenômeno Robbie Williams. Mas isso é um outro
assunto.
A chateação de Goldie com essa história de celebridades
é óbvia. Calejado pelos velhos tempos e sempre com os dois
pés atrás com gente falsa, o respeito de Goldie com
famosos como Robbie é mínimo. “Essa coisa toda de fama,
eu não estou nem aí pra essa merda”. A forma como ele
diz reafirma minha fé em músicos, mais do que os do estilo
Robbie Williams em suas tentativas de reforçar seus status.
É uma coisa da integridade e Goldie quer manter a sua
intacta.
Antigamente as pessoas eram classificadas como
“artista”, “não artista”, existia uma diferença.
Artistas eram incríveis e intocáveis de um jeito que não
existia nada mais que eles. Isso é um sentimento que vem
gradualmente diminuindo, e Goldie prefere assim.
“Qualquer um pode ser famoso, qualquer um pode ser
conhecido.” Para ele, não existem mais heróis. “Era só
os Beattles botarem o rosto para for a de casa em 67 e todas
as meninas começarem a gritar. Isso não acontece agora...
porque você vê seus heróis na revista, pode ir pra rua,
encontra-los e tomar uma cerveja com eles. O Westlife, o
Robbie Willians e as Spice Girls, não têm atitude, não têm
olhar, e nem mesmo cantam como heróis. A idéia fixa da
fama é seguida e incentivada por uma sociedade que admira
aquelas pessoas que dão seu jeito de se dar bem, mesmo não
fazendo coisas realmente grandes. Esse pensamento de elite
está acabando, e começa o tempo de todo mundo.”
E Goldie gosta deste novo tempo. " as pessoas não
acreditam quando eu ligo para elas: 'Oh meu Deus, Goldie você
teve tempo para dizer que você gosta da minha música!'.
Porque isso se chama fazer realmente alguma coisa; assim você
inspira essa pessoa, e isso tem retorno... eu gostaria que
todos agissem assim."
www.noisegate.co.uk
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By
Naitsirc 2001 |
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