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Comitê de solidariedade às comunidades zapatistas. | ||||
Manifesto Enquanto os arautos do capitalismo em sua versão atual, o neoliberalismo, proclama sua vitória e decretam o "fim da história", este modelo perverso condena bilhões de seres humanos à exclusão do sistema produtivo e alimenta o crescimento da barbárie em diversos países. A América Latina não está imune a esta estratégia. Os últimos 500 anos de sua história estão repletos de massacres e opressão dos povos indígenas, dos negros e pobres em geral. São cinco séculos de exploração e miséria espalhados pela região e que hoje adquirem contornos de um abismo social cada vez mais profundo.
Mas a história dos povos latino-americanos, que não se escreve apenas nos livros oficiais também é uma história de lutas e de resistência permanente aos opressores.
Justamente no momento em que a globalização - ou a internacionalização dos Mercados - e a formação dos grandes blocos econômicos como o Mercado Comum Europeu, o Nafta e o Mercosul dominam o cenário mundial, em muitos países ganham força, movimentos sociais que contestam esses modelos de integração de cima para baixo, propondo alternativas às políticas neoliberais.
Em 1º de janeiro de 1994 enquanto entrava em vigor o Nafta (Tratado de Livre Comércio da América do Norte), no esquecido estado mexicano de Chiapas, milhares de combatentes do Exército Zapatista de Liberação Nacional (EZLN) deram o seu grito de "JÁ BASTA!" e surpreenderam ao mundo com suas ações e seus rostos indígenas cobertos por passa-montanhas e suas armas.
O Zapatismo tornou-se um movimento sem precedentes no história recente das lutas sociais no continente. Mais que uma guerrilha, a resistência das comunidades indígenas e camponesas de Chiapas contagia milhares de pessoas no México e em todo o mundo, que se solidarizam com o EZLN em sua luta por terra, trabalho, teto, saúde, educação, independência, liberdade, democracia, justiça e um movimento que reacende as esperanças e que diz ao mundo - A HISTÓRIA NÃO ACABOU.
Esse grito "JÁ BASTA!" se faz ecoar nas periferias das grandes cidades, no campo, no primeiro e terceiro mundo, entre aqueles setores sociais que não se submetem o modelo neoliberal.
É o mesmo contra a exclusão que no Brasil unifica em uma mesma luta os trabalhadores, os sem-terra, os desempregados, os excluídos em geral, os negros, os indígenas. Acreditamos que hoje o EZLN e o MST representam dois dos maiores e mais importantes movimentos populares do planeta.
O povo brasileiro não poderia ficar indiferente, pois as feridas ainda abertas nos massacres de Corumbiara e Carajás tiveram os mesmos requintes de crueldade que o de Acteal-México.
Por tudo isso, companheiras e companheiros de vários movimentos populares, entidades da sociedade civil, partidos da esquerda, sindicatos e outras organizações sociais, nos reconhecemos neste grito "JÁ BASTA!" E propomos construir juntos o Comitê de SOLIDARIEDADE AS COMUNIDADES ZAPATISTAS.
Um comitê constituído por voluntários, que não terá donos ou melhor dizendo, será de todos os companheiros e companheiras que se identificam com a luta das comunidades Zapatistas em resistência. Que acreditam no sonho de um mundo justo, igualitário, de pessoas livres e que estão dispostas a realizá-lo.
"Um mundo onde caibam todos os mundos" |