A Matriz de Competências foi desenvolvida para estruturar
o ENEM, a fim de definir claramente seus pressupostos e delinear suas características
operacionias.
A Matriz foi construída por um grupo de profissionais
da educação - especialistas em psicologia do desenvolvimento,
pesquisadores e professores das diferentes áreas de conhecimento
e especialistas em psicometria - a partir de um projeto elaborado e coordenado
pelo INEP.
O modelo da Matriz contempla a indicação
das competências e habilidades gerais próprias do aluno, na
fase de desenvolvimento cognitivo correspondente ao término da escolaridade
básica. Competências são as modalidades estruturais
da inteligência, ou melhor, ações e operações
que utilizamos para estabelecer relações com e entre objetos,
situações, fenômenos e pessoas que desejamos conhecer.
As habilidades decorrem das competências adquiridas e referem-se
ao plano imediato do "saber fazer". Por meio das ações e
operações, as habilidades aperfeiçoam-se e articulam-se,
possibilitando nova reorganização das competências.
A Matriz pressupõe, ainda, que a competência
de ler, compreender, interpretar e produzir textos, no sentido mais amplo
do termo, se desenvolve em todas as áreas e disciplinas que estruturam
as atividades pedagógicas na escola. O aluno deve, portanto, demonstrar,
concomitantemente, possuir instrumental de comunicação e
expressão adequado tanto para a compreensão de um problema
matemático quanto para a descrição de um processo
físico, químico ou biológico e, mesmo, para a percepção
das transformações de espaço/tempo da história,
geografia e da literatura.
A Matriz assim construída fornece indicações
do que se pretender valorizar nessa avaliação. Busca-se,
desta maneira, verificar se o participante é capaz de ler
e interpretar textos de linguagem verbal, visual e enunciados