RODRIGUES PEREIRA versus BAETA NEVES

Acresce ainda acrescentar que um bisneto de Aires Gomes, José Bonifácio de Andrada, ligou-se pelo casamento com a filha de Lafaiete Rodrigues Pereira, o que lembra a luta famosa que principia no início do 2º Reinado, entre o Barão de Pouso Alegre ( Rodrigues Pereira ) e o Barão de Queluz ( Baeta Neves ). Em Carandaí, essa luta continua acesa, estando na oposição os Rodrigues Pereira e, na prefeitura, os Baeta Neves que têm no deputado Patrus de Souza, casado na família, o seu representante na Assembléia Estadual. Em Lafaiete, Francisco Rodrigues Pereira, até há bem pouco deputado federal, presidente do PSD local em luta contra a outra facção que tem a chefia dos Nogueira de Rezende, sucessores diretos da corrente Baeta Neves. Estes entrosam-se como os Monteiro de Barros, que adiante veremos, assim como com os Teixeira de Souza, cujo chefe o Barão de Camargos (Manuel Teixeira de Souza) foi o dirigente do conservadorismo em Minas durante quarenta anos. Deputado provincial e geral, senador e vice-presidente da Província, com exercício em sete períodos, o Barão de Camargos, ao falecer deixou na chefia do Partido Conservador o seu filho Antônio Teixeira de Souza Magalhães, segundo barão do mesmo título, o qual, como seu pai, ocupou durante várias vezes o governo provincial como seu vice-presidente. Os Teixeira de Souza ligam-se, por seu turno, aos Mosqueira, outra linhagem de grande tradição política no Império ( já se representa na 2ª Junta Governativa de Minas através do comendador Fernando Machado de Magalhães) e que tem hoje um representante de larga projeção nacional na pessoa do Engenheiro Lucas Lopes.