TOLEDO PISA

 

Dois outros inconfidentes, Luiz Vaz de Toledo Pisa e seu irmão Carlos Vaz de Toledo, naturais de Taubaté, pertencentes à velha nobiliarquia portuguesa e paulistana, eram primos de D. João de Toledo Pisa Castelhanos, fundador e guarda-mor de Campanha. Campanha, durante o século passado, foi o grande centro político e o núcleo irradiador do povoamento e colonização de enorme área do sul de Minas. Os hábitos aristocráticos de sua sociedade são acentuados por Francisco de Paula Ferreira de Rezende, que também pertencia a essa nobiliarquia sul-mineira. Suas famílias dominantes eram, entretanto, muito interligadas pelo parentesco. Desse João de Toledo Pisa Castelhanos surgem as linhagens políticas dos Lopes de Araújo, dos Ferreira Lopes, dos Lobo Leite Pereira, dos Xavier da Veiga (pelo casamento de um irmão de Evaristo da Veiga, no início do século com uma Toledo Sales), dos Sales, dos Ribeiro da Luz. Nelas se entrosam por sucessivos casamentos dos Brandão, família de funcionários militares muito cedo enraizada em Vila Rica e a que pertencia a musa da inconfidência, Marília de Dirceu, os quais vão se ligar aos Buenos de Paiva, descendente de Amador Bueno, o Achamado, e que se assinalam entre os primeiros povoadores do sul de Minas. Da família Bueno era integrante Bárbara Heliodora, poetisa e mulher do poeta inconfidente Alvarenga Peixoto. Surgem, assim, através de repetidos entrelaçamentos, famílias que se tornariam politicamente muito atuantes desde os primeiros tempos da Independência: os Buenos de Paiva, os Bueno Brandão, os Vilhena, os Valadão.

Seria muito exaustivo traçar a área política de cada uma dessas famílias campanhenses. Dado o estreito parentesco que mantêm entre si, vou apenas dar uma pequena amostragem a respeito.

 

 

BUENO-BRANDÃO ( Ouro Fino )