Sonho Pagão

De pampanos que eu trago a cabeça cingida
E as pegadas de Pan, pelo vinhedo afora,
Sigo, julgando ver, por vezes, perseguida
Pelo caprino deus, Pythis, que o deus adora.

De Dionísio, na taça, eu ergo um drinque à vida.
E o venenoso vinho eis produz, sem demora,
Tão grande sensação de Alegria, incontida,
Que ao Olimpo, em louvor, desprendo a voz sonora...

Adormeço no chão alcatifado de hera,
Enquanto que Sileno, aos sátiros, proclama
De Baco a juventudo serena Primavera.

Da embriaguez desperto e agora, calmo e bom,
Solfejo, a contemplar de Lyse panorama,
Numa flauta que fiz de junco do Ladon.





Clique na estrela, e envie para quem você ama.
( dir. aut. reserv. )
©2000
Dillenne-Dil


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Autor:
Dr. Jayme de Altavila
"Alagoano Famoso"