Passos num corredor escuro sem que
olhemos para atrás
Algemas e correntes rangem seus sons estridentes
Grades e uma pequena janela acabando com toda mossa paz
Companheiros com olhos hostis, mas com bocas sorridentes
Poucos olhos brilham, só que não os percebemos
Ficamos insensíveis e solitários
E com toda a dor, aos poucos perecemos.
Trancafiam nossos anseios e desejos
Em nome de uma imposição denominada moral
E todos a que contrapõe são chamados de anormal
São exclusos por terem seus próprios almejos
Este é o mal e por isso somos sós
E não fazemos nada por nenhum e nós.
Queria entender o porque dessa escuridão
Não queria sofrer dentro da solidão
Queria retirar minhas amarras
E curar as feridas daquelas garras
Que me cortam por ser inocente
E por andar nas ruas como um adolescente.