A LOBA!
Eu loba, uivo minha luxúria
Sobre o homem que desejo.
Minhas ancas arqueiam-se,
Em dança alucinada,
Sobre o homem que me possui,
Mordo-lhe a nuca em controlada fúria.
Assim o tenho,assim o possuo,
Prisioneiro em noite de luar
Vagando em busca do mesmo.
Entro em seus sonhos,
Clamo, gemo, uivo, mordisco...
Vejo-o desejando-me, com loucura
Querendo-me possuir,
Minhas entranhas, minha pele
Meu corpo nu em brasas,
Que queima sua sede de loucura!
Dilene
Maia
|