Planeta Terra e Lua
Formado há cerca de 4,6 bilhões de anos , apresenta grande quantidade de oxigênio na atmosfera. O aspecto de globo azulado, se deve à grande quantidade de água existente.
Possui quatro camadas : crosta,manto,núcleo e núcleo interno.
A crosta é a parte mais superficial, sendo que sua parte externa é sólida, formada por granito e a interna é pastosa, constituída de rochas magmáticas.
O manto é composto de silício, ferro e magnésio.Da perspectiva na Terra, o nosso planeta parece ser grande e robusto, com um oceano interminável de ar. Do espaço, os astronautas muitas vezes têm a impressão de que a Terra é pequena, e tem uma fina e frágil camada de atmosfera. Para um viajante do espaço, as características que distinguem a Terra são as águas azuis, as massas de terra verdes e castanhas, e o conjunto de nuvens brancas contra um fundo negro.
Muitos sonham em viajar pelo espaço e ver as maravilhas do universo. Na realidade, todos nós somos viajantes espaciais. A nossa nave é o planeta Terra, viajando a uma velocidade de 108.000 quilómetros (67.000 milhas) por hora.
A Terra é o terceiro planeta a contar do Sol, a uma distância de 150 milhões de quilómetros (93,2 milhões de milhas). Demora 365,256 dias para girar em volta do Sol e 23.9345 horas para a Terra efectuar uma rotação completa. Tem um diâmetro de 12.756 quilómetros (7.973 milhas), apenas poucas centenas de quilómetros maior que o de Vénus. A nossa atmosfera é composta por 78 por cento de azoto, 21 por cento de oxigénio e 1 por cento de outros componentes.
A Terra é o único planeta conhecido a abrigar vida, no sistema solar. O núcleo do nosso planeta, de níquel-ferro fundido girando rapidamente, provoca um extenso campo magnético que, junto com a atmosfera, nos protege de praticamente toda a radiação prejudicial vinda do Sol e outras estrelas. A atmosfera da Terra protege-nos dos meteoros, cuja maioria se queima antes de poder atingir a superfície.
A Lua é o único satélite da terra.A Lua sempre fascinou a espécie humana ao longo dos tempos. Mas simplesmente observando-a a olho nu, só se conseguem discernir dois principais tipos de terreno: terras relativamente brilhantes e planos escuros. A meados do século XVII, Galileo e outros astrónomos fizeram observações telescópicas, notando uma sobreposição de crateras quase infinito. Sabe-se há mais de um século que a Lua é menos densa do que a Terra. Apesar de se terem feito muitas descobertas sobre a Lua antes da era espacial, esta nova era revelou muitos segredos dificilmente imagináveis anteriormente. Os conhecimentos actuais da Lua são maiores do que de qualquer outro objecto do sistema solar, à excepção da Terra. Isto conduz-nos a um maior conhecimento de processo geológicos e maior apreciação da complexidade dos planetas terrestres.
Em 20 de Julho de 1969, Neil Armstrong tornou-se no primeiro homem a pisar a superfície lunar. Ele foi seguido por Edwin Aldrin, ambos da missão Apollo 11. Eles e outros caminhantes lunares experimentaram os efeitos da ausência da atmosfera. Eram usadas comunicações por rádio porque as ondas sonoras só podem ser ouvidas através do ar. O céu lunar é sempre preto porque a difracção da luz necessita de uma atmosfera. Os astronautas também experimentaram diferenças gravitacionais. A gravidade na Lua é um sexto da gravidade na Terra; um homem com o peso de 82 kgf (quilogramas-força = 180 libras-força) na Terra pesa apenas 14 kgf (30 libras-força) na Lua. (O peso métrico equivalente (ou força) é o Newton, em que 4.45 Newtons equivale a uma libra-força.)
A Lua está a 384,403 quilómetros (238,857 milhas) da Terra. O seu diâmetro é de 3,476 quilómetros (2,160 milhas). Tanto a rotação da Lua como a translação à volta da Terra demora 27 dias, 7 horas e 43 minutos. Esta rotação síncrona é causada pela distribuição assimétrica da massa na Lua, o que permitiu à gravidade terrestre manter sempre um hemisfério lunar virado para a Terra. Desde meados do séc. XVII foram observadas telescopicamente pequenas variações. Estas variações muito pequenas mas reais (no máximo cerca de 0°.04) são causadas pelo efeito da gravidade do Sol e pela excentricidade da órbita terrestre, perturbando a órbita lunar e permitindo a preponderância cíclica do movimento torsor nas direcções este-oeste e norte-sul.
Foram instaladas quatro estações sísmicas alimentadas por energia nuclear durante o projecto Apollo para obter dados sísmicos sobre o interior da Lua. Existe apenas actividade tectónica residual devida às forças do arrefecimento e das marés, mas outros lunamotos têm sido causados por impactos de meteoros e meios artificiais, tais como embates provocados de módulos lunares contra a Lua. Os resultados mostrara que a Lua tem uma crusta com 60 quilómetros (37 milhas) de espessura no centro do lado mais próximo. Se esta crusta é uniforme em toda a Lua, constitui cerca de 10% do volume da Lua comparado com menos de 1% na Terra. As medidas sísmicas de uma crusta e manto na Lua indicam um planeta estratificado com diferenciação por processos ígneos. Não há evidência de um núcleo rico em ferro a não ser que seja pequeno. As informações sísmicas influenciaram a criação de teorias acerca da formação e evolução da Lua.
A Lua foi fortemente bombardeada no início da sua história, o que causou muitas das rochas originais da crusta antiga serem misturadas, fundidas, enterradas ou desaparecidas. Impactos meteóricos trouxeram uma variedade de rochas "exóticas" para a Lua de tal modo que amostras recolhidas em 9 locais deram muitos tipos diferentes de rochas para estudo. Os impactos também expuseram rochas lunares de grande profundidade e distribuíram os seus fragmentos para longe dos seus lugares de origem, tornando-os mais acessíveis. A crusta subjacente foi tornada mais fina e partida, permitindo que o basalto fundido do interior atingisse a superfície. Por a Lua não ter atmosfera nem água, os componentes do solo não se modificam quimicamente ao contrário do que acontece na Terra. Ainda lá existem rochas com mais de 4 biliões de anos, dando-nos informações sobre a história da origem do sistema solar que não é possível na Terra. A actividade geológica na Lua consiste em grandes impactos ocasionais e na contínua formação de regolitos. É por isso considerada geologicamente morta. Com uma história original tão activa de bombardeamentos e um fim relativamente abrupto em impactos fortes, a Lua é considerada fossilizada no tempo.
As missões Apollo e Luna trouxeram 382 quilogramas (840 libras) de rochas e solo dos quais três principais materiais da superfície foram estudados: os regolitos, os mares e as terras. Bombardeamentos de micrometeoritos pulverizaram as superfícies rochosas produzindo detritos de grão fino chamados regolito. O regolito, ou solo lunar, é composto por grãos minerais não consolidados, fragmentos de rochas e uma combinação destes que foram soldados em forma de vidro pelos impactos. São encontrados por toda a superfície da Lua, com excepção de paredes inclinadas de crateras e vales. Têm uma espessura de 2 a 8 metros (7 a 26 pés) nos mares e podem exceder 15 metros (49 pés) nas terras, dependendo de quanto tempo a camada de rochas por baixo esteve exposta aos bombardeamentos de meteoros.
O núcleo é composto de ferro e níquel e tem aspecto fluido. O núcleo interno é sólido.O ponto mais alto da superfície terrestre é o Monte Everest com 8848m,na fronteira China-Nepal e o ponto mais baixo é o Mar Morto,na Jordania com -400m. Até hoje não se conseguiu informações diretas sobre o que há no interior terrestre, pois a perfuração mais profunda, conseguida na década de 80 na então URSS, não chega a 13 km. É uma distância infima, em relação ao raio terrestre, que nem se quer atravessa a crosta. Os estudos sobre o interior terrestre são feitas de formas indiretas, pesquisando-se principalmente os abalos sísmicos (terremotos), que chegam a 300.000 por ano, dos quais não mais do que 100 são perceptíveis no mundo todo e pelas rochas trazidas pelas erupções vulcânicas. Mas foi pelo estudo da propagação das ondas sísmicas é que se concluiu quase todo o estudo estrutura geológica existente hoje. . Crosta: Pode ser crosta continental e oceânica. A crosta oceânica com expessura média de cinco quilometros, é composta principalmente de rochas basálticas e ricas em sílicio, alumínio, ferro e magnésio. A continental com uma espessura que varia de 20 a 65 km, rica em granito e pobre em sílicio na parte superior, é separada pela descontinuidade de Conrad da parte inferior, que contém rochas ricas em sílicio. A densidade na crosta é de 2,8 g/cm3 em média, chega a 3,3 no manto superior e aumenta com a profundidade até 5,7 g/cm3 antes da transição manto-núcleo, onde passa bruscamente a 9,7 g/cm3 , até chegar a 15 g/cm3 o centro da Terra. Lá a pressão é de 3,6 milhões de atmosferas e a temperatura é estimada em torno de 3500 K, no mínimo. Forma: É um elipsóide de revolução com achatamento de 1/300 do raio equatorial. Essa forma é uma aproximação bastante boa, porém na realidade a forma é bem mais complexa, devido a ação de várias forças: a gravidade e a força centrípeta, (devido a rotação) é que dão a forma de elipsóide e as outras forças que são bem menores provocam um desvio mínimo dessa forma. Mantos: Tanto a crosta continental como a oceânica são separadas do manto pela descontinuidade de Mohorovic. O manto ocupa 80% do volume terretre e é divídido em manto superior (com 1000 km de espessura) e o inferior (com 1900 km de espessura), totalizando 2900 km de espessura total. Núcleo Externo: Com 2100 km de espessura é formado por uma liga líquida de ferro e níquel. Núcleo Interno: com raio de 1370 km, é de composição idêntica ao núcleo externo, porém em estado sólido. A sua existência não é totalmente comprovada, mas é uma teoria bem aceita na comunidade científica, principalmente por aqueles que estudam as origens do campo magnético da Terra e se baseiam na existência do núcleo metálico dessa forma, para explicarem suas teorias. Existe uma camada de transição entre os núcleo externos e internos que não chega a 100 km. A Lua é um satélite que tem ¼ do diâmetro da Terra, e está apenas a 380 mil Km de distância da Terra. A superfície da Lua é rica em alumínio e titânio e seu interior é rochoso. Há possibilidades de existir na Lua (em pequena quantidade), mas não atmosfera. A falta de água líquida e de atmosfera que forme ventos, impede qualquer erosão, por isso a Lua tem grande quantidade de crateras visíveis. Qualquer buraco formado na Lua não desmancha pois não há erosão. A quantidade de meteoritos que caem na Terra é muito maior do que a quantidade que cai na Lua, só que na Terra a erosão causada pela chuva e vento desmancha as crateras produzida por eles. Ela é um dos maiores satélites relativo ao seu planeta, com uma relação 1/81 da massa terrestre. Por isso o sistema Terra-Lua pode ser considerado um sistema planetário duplo. Por ser o objeto celeste mais próximo da Terra, foi possível, através de missões tripuladas, trazer para a Terra amostras de sua superfície. Da análise dessas amostras, verificou-se que sua composição é muito semelhante à da Terra, contendo praticamente os mesmos minerais. Porém não foi encontrado nenhum traço de água nem erosão atmosférica, apesar das amostras trazidas serem mais antigas que as terretres. Concluiu-se que a Lua, no início de sua formação era recoberta por uma espessa camada de lava fundida, que se resfriou gradualmente formando a crosta uniforme e de rochas claras. Essa crosta recém formada foi submetida a um intenso bombardeio de meteoritos que deu origem ãs crateras conhecidas. O choque de meteoritos com dimensões quilômétricas provocaram as grandes depressões. A energia gerada e a contração provocada pelos impactos, fizeram com que o interior lunar ainda quente voltasse a se aquecer e fundir o magma. Esse magma fundido (de origem basáltica) aflorou à superfície nos locais enfraquecidos pelo impacto. O magma espalhou e formou as regiões baixas, vista da Terra como manchas escuras, os mares lunares. Isso aconteceu até cerca de dois bilhões de anos depois de sua formação. Desta época até agora, a Lua tem estado praticamente inativa, ocorrendo poucos impactos de grande porte que terminaram por fragmentar as rochas superfíciais, fazendo com que toda a superfície ficasse recoberta por minúsculos grãos de poeira. Devido a baixa gravidade lunar, (que permite maior espalhamento das partículas) os últimos impactos de grande porte fizeram com que toda essa poeira se misturasse tornando possível se colher num único local, amostras de diversas regiões da Lua. Como aconteceu com todos os planetas terrestres em sua formação, quando ainda estavam na fase líquida, os materiais mais densos vão para o centro e os menos densos ficam na crosta. Isso aconteceu na Lua também, porém foi modificado posteriormente pelo bombardeio de meteoros. As análises feitas revelam que os continentes (regiões claras) são formadas por um tipo de rocha a base de óxido de cálcio, alumínio e silício. Já os mares (regiões escuras) apresentam grande quantidade de ferro e titânio, que se afloraram das regiões bem escuras mais profundas.