Sala de Física

MENTES CRIATIVAS

  

PERGUNTAS PARA PESQUISA E DISCUSSÃO:

Quem inventou o telegrafo?
Historiadores de tecnologia são cautelosos ao nomear quem inventou qualquer coisa. Outra pessoa pode ter pensado primeiro naquilo. O telégrafo não é exceção. O pintor americano Samuel Morse construiu um sistema de telégrafo em 1837. Mas provavelmente foi a criação do "código Morse " que acabou levando-o a receber o crédito como inventor do telégrafo.
A semente para o nascimento do telégrafo surgiu 90 anos antes, em 1747, quando o inglês William Watson mostrou que sinais eletrostáticos poderiam ser enviados por um fio. Em 1753 um escritor anônimo publicou um artigo numa revista mostrando ser possível enviar sinais telegráficos por um fio e compor uma mensagem. Foram construídos vários sistemas utilizando suas idéias na Suíça em 1774, na França em 1787, e na Espanha em 1798.
Por que então Morse recebeu o crédito? O código dele era o melhor até aquele momento, e o sistema dele teve as características essenciais para um sucesso comercial. Além disso, ele lutou pela prioridade na patente do telégrafo. Em 1854 ganhou uma decisão no tribunal que lhe deu a maioria dos créditos. Morreu como um filantrópico rico.

O homem desenvolve a tecnologia ou é a tecnologia que desenvolve nossa mente?
Os antropólogos afirmam que o uso da tecnologia expande nossas capacidades físicas. O uso das ferramentas pelos nossos antepassados levaram ao desenvolvimento fisiológico do dedo polegar, e a habilidade no uso das mãos permitiu que o homem deixasse sua posição de agachado e adquirisse uma posição ereta. Eles afirmam ainda que a tecnologia ampliou nossas mentes e esse desenvolvimento fez crescer a própria tecnologia.
Quem inventou o microcomputador na realidade? Você concordaria se afirmássemos que na verdade ele se inventou sozinho?

A guerra influencia a tecnologia?
A sabedoria comum nos diz que a guerra acelera as invenções. O desempenho dos aviões, a tecnologia dos navios, etc. Os governos investem mais na criação de idéias, tudo se desenvolve mais rápido durante as guerras. Mas será que isto é realmente verdade?
Se pegarmos a velocidade dos aviões durante a segunda guerra mundial, por exemplo, perceberemos que a evolução durante igual período, antes ou depois da guerra, é praticamente a mesma. O mesmo parece ocorrer com outros desenvolvimentos tecnológicos.
Nós costumamos afirmar que "a necessidade é a mãe da invenção" mas quem sabe se a verdadeira mãe das invenções não seja nossa necessidade interior de criar e descobrir coisas novas. A ação do governo aumenta a produção.

Para que servem os balões?
Os primeiros vôos em balões aconteceram na França, em 1783. Os irmãos de Montgolfier fizeram a primeira ascensão tripulada no dia 21 de novembro de 1783 num balão de ar quente.
Benjamim Franklin estava na ocasião em Paris e assistiu a vários dos primeiros vôos. Quando alguém perguntou a ele para que servia aquilo. Ele deu sua famosa resposta : "Para que serve um bebê recém-nascido?
Proposta: O que Benjamim Franklin quis dizer com essa resposta.

O reconhecimento de uma invenção.
"Nós temos que ser apresentados gradualmente para as novas invenções, para que possamos aprender a trabalhar com elas. As grandes invenções, que revolucionaram o mundo, normalmente não foram reconhecidas nas suas primeiras versões. A lâmpada incandescente, o navio a vapor e o telégrafo foram inventados muito antes de Edison, Fulton, e Morse, mas foram eles que nos mostraram o grande potencial dessas descobertas."
Você concorda com essa afirmação? Por que?

Quem inventou o pára-quedas?
O primeiro salto de pára-quedas bem-documentado foi feito por Frenchman Lenormand que pulou para dentro de uma torre em 1783. E também foi Lenormand quem inventou a palavra pára-quedas. O crédito dado habitualmente a Leonardo da Vinci ocorreu porque ele incluiu um pára-quedas piramidal de pano em um dos seus cadernos de esboços, em 1485.
Mas o historiador White de Lynn descobriu em manuscritos italianos do Renascimento, de 1470, dois esboços de pára-quedas. Pode ser que Leonardo não tenha visto o manuscrito, nem havia qualquer lei de patentes naqueles dias. Mas os inventores do Renascimento passavam muitas informações oralmente, através da conversação.

Alfinetes
O alfinete era uma necessidade doméstica muito comum no início do século 19º. A maioria das roupas eram feitas em casa e as costureiras precisam dos alfinetes para trabalhar.
Mas os alfinetes eram difíceis de fazer. Inicialmente foram feitos à mão nas linhas de produção. A fabricação de alfinetes foi uma das primeiras indústrias de produção em massa que surgiu no século 19º.
Como você montaria uma pequena fábrica de alfinetes?

Mosteiros da Idade Média
Na Europa, durante os séculos 12 e 13, os mosteiros eram as melhores fábricas organizadas que o mundo até então tinha visto. Locais onde se produziram invenções e mudanças que alteraram a vida Medieval.
Nós normalmente afirmamos que este período da história foi uma Idade Escura. A razão para isso é que as pessoas que escreveram a História Medieval estavam afastadas dos locais onde a criação ocorria. Os escritores dos reis escreviam sobre exércitos e guerras, eles não dedicavam muito tempo aos inventos que estavam mudando o mundo.
PROPOSTA: Procure saber mais sobre História Medieval, os inventos, tecnologia e conhecimento que se produziu nessa época. De que forma os mosteiros participaram desta evolução?

Túneis
A escavação de túneis foi o principal desafio dos grandes engenheiros civis do século 19º. Dois tipos novos de transporte criaram essa necessidade: As estradas de ferro tinham que ser construídas em um chão quase plano; e o sistema de canais da Inglaterra tinha se tornado sua principal rota de comércio. Canais e estradas de ferro, como os aquedutos romanos antes deles, levaram os homens a escavar obstáculos.
Um típico desses túneis foi o construído por Marc Brunel debaixo do Thames. Sua construção começou em 1825 e foi aberto ao tráfego em 1843. Durante esse 18 anos Brunel inventou toda a tecnologia de escavações em terra-macia. O túnel só foi aberto para trens em1865, 40 anos depois do inicio de sua construção. Mas ainda hoje é usado.
Qual a maior dificuldade que os engenheiros enfrentam ao projetar e construir um túnel?

O nome das máquinas
O nome que nós damos às nossas máquinas depende da maturidade delas. Veja o caso do avião: cem anos atrás ele tinha vários nomes, como: " velocípede aéreo, "máquina aeromotiva," máquina voadora". A maioria desses nomes desapareceu dez anos depois. Hoje, todos nós concordamos com dois nomes: "avião " e " aeronave ".
No início deste século ninguém saberia o que é um refrigerador. Nós conhecíamos a geladeira. Os primeiros nomes que nós damos às tecnologias novas estão relacionados com às tecnologias mais velhas. Assim é ocaso dos primeiros dirigíveis que foram chamados " locomotivas aéreas."
ATIVIDADE: Converse com seus avós ou pessoas idosas e tente descobrir outros equipamentos que tiveram seus nomes mudados ao longo dos anos.

Adeus aos Faróis
Os Faróis são usados à noite para marcar qualquer perigo para a navegação marítima, como pedras, e principalmente recifes. O alcance da luz no horizonte depende da altura da torre. Se a luz for colocada numa altura de 15 metros poderá ser vista numa distância de 4½ quilômetros, e assim sucessivamente.
Mas, atualmente, o radar, o sonar e as bóias eletrônicas estão acabando com os faróis. Nós teremos que viver em um mundo sem os bonitos minaretes que orientavam os pescadores que estavam longe de casa.
Os faróis foram inventados para cumprir uma necessidade humana, mas a atração que ele exerce sobre nós mostra que as invenções podem ser simbólicas e funcionais.
Na sua opinião, por que nos locais onde existe um farol ele é quase sempre uma atração turística?

Você compraria um telefone logo após a sua invenção?
Alexander Graham Bell patenteou o telefone em 1876. Antes de 1880 um americano em mil tinha um telefone.
O telefone foi visto inicialmente como substituto do telégrafo. Os anunciantes mostravam que os telefones eram melhores para transmitir notícias e enviar mensagens urgentes. A rapidez tinha sido muito importante no uso do telégrafo, por isso eles se apoiaram nela para vender seus telefones.
As fofocas e recados eram constantes. As companhias de telefone se queixaram do uso frívolo de seus telefones e pediram que os usuários fossem mais eficientes. Afinal de contas, as máquinas deles eram importantes.
Mesmo hoje, apesar do grande uso nos negócios, os telefones unem as famílias e mantêm viva as amizades.
Alexander Graham Bell previa o uso social do telefone, mas desde cedo seus fabricantes e usuários não viam desse modo. Muitas pessoas não conseguiam relaxar e conversar em um telefone. Só na geração seguinte as pessoas perceberam o uso social do telefone.
Nossas invenções nos ensinam. Elas dirigem nossas mentes e evoluem em nossas vidas. Algumas fazem isto mais depressa que outras. Levou muito tempo para o telefone ser aceito por nós.

Como nasce uma invenção?
Elas nascem na mente dos inventores ou são fruto das necessidades humanas? Olhe para o barco a vapor. Ninguém se interessou por ele inicialmente. Foi reinventado várias vezes até surgir uma demanda pública para ele.
Compare com a criação dos supercondutores artificiais. Desde 1911 o homem procura um condutor que não tenha nenhuma resistência elétrica. Ninguém precisa ser convencido da sua importância.
Assim, o que é que estimula uma invenção?
Não é a mera necessidade. O cientista gosta de trabalhar em suas idéias e ter o reconhecimento do público.

Quantos anos tem a ampulheta? 2000 anos? 4000 anos?
Pode parecer estranho, mas o historiador R.T. Balmer data sua origem como sendo a mesma dos primeiros relógios mecânicos. Ou seja, tem aproximadamente 700 anos.
A ampulheta tinha algumas características importantes. No lado positivo, era de longe mais simples e mais barata que os relógios mecânicos ou os anteriores relógios de água.
No lado negativo, as ampulhetas eram cronômetros para tempos curtos. Era difícil encontrar uma que corresse mais que uma hora. A outra grande desvantagem é que elas não podiam ser calibradas. A areia cai de forma desigual. As ampulhetas tiveram sua utilidade na marcação de blocos de tempo, como o tempo entre horas canônicas em um mosteiro. Elas foram o cronômetro dos homens pobres.
O relógio mecânico com suas complexas engrenagens rotativas se tornou um símbolo das esferas divinas ou da roda da fortuna. Mas a ampulheta, cuja areia corria para fora, se tornou um símbolo universal da morte. O relógio mecânico evoca coisas celestiais, e a ampulheta que nos faz lembrar a terra onde pisamos.
Você concorda com essa análise dos símbolos?

Máquinas de escrever
A historiadora Cynthia Monaco nos conta que só 5000 máquinas de escrever tinham sido vendidas até 1880. As pessoas gostavam de ver as demonstrações das máquinas nas lojas, era uma novidade interessante, mas não viam um uso prático para elas nas suas vidas diárias. Afinal de contas, escrever uma carta era um rito vitoriano - algo que estava de acordo com as regras e convenções. A carta à mão, bem escrita, era a marca de uma senhora ou de um cavalheiro. Uma carta digitada se parecia com um bilhete impresso.
Quando a máquina de escrever finalmente triunfou, foram vendidas dez vezes mais máquinas entre 1880 e 1886 do que nos seis anos precedentes.
Como tantos outras máquinas - como os processadores de textos atuais - a máquina de escrever teve que nos ensinar qual era sua utilidade logo depois que foi inventada. Afinal de contas, nós ainda gostamos de receber uma nota manuscrita de um amigo; mas quanto tempo nós poderíamos sobreviver no meio empresarial de hoje usando cartas manuscritos?

Partes trocáveis
A industrialização mundial teve duas fases muito importantes: primeiro foi a Revolução Industrial na Inglaterra por volta de 1880, que implantou a energia a vapor nas fabricas. Segundo foi o desenvolvimento de equipamentos nas linhas de montagem que usavam partes trocáveis. Isso aconteceu só por volta de 100 anos atrás.
A idéia de fazer máquinas com partes separadas era bem antiga, mas o primeiro país que tentou montar fabricas com partes trocáveis foi a França.
Em 1785 Benjamim Franklin contou sobre um armeiro francês que conseguiu fazer mosquetes com partes trocáveis.
Armas com partes verdadeiramente trocáveis eram muito difíceis de fazer. Já se faziam relógios com partes trocáveis em 1828.
Antes de 1860, nas vésperas da guerra civil, o exercito americano conseguia fazer mosquetes e rifles com certa possibilidade de trocas, mas não conseguiam fazer isso com os revólveres. Depois da guerra civil, a idéia de peças trocáveis se esparramou rapidamente pelos fabricantes. Remington ampliou a idéia criando inicialmente a máquina de costura e logo a seguir a máquina de escrever. Até que Henry Ford levasse a linha de montagem a um nível notável em 1913, com a produção dos automóveis.

Relógios de água
Os relógios de água foram usados na antigüidade até a sua substituição pelos relógios mecânicos, aproximadamente 700 anos atrás. Todos os relógios de água, de uma maneira ou de outra, usavam um fluxo fixo de água para medir o tempo. Os egípcios tinham um tipo inteligente de auto-regulação para controlar o fluxo de água. A versão deles foi copiada pelos artesões árabes; e os mouros da Espanha medieval aprimoraram esse modelo.
A maioria dos relógios antigos procurava fazer mais do que simplesmente mostrar o tempo. Eles tinham sinos e quadrantes que exibiam os movimentos planetários. Mas era difícil os relógios de água fazerem todas estas coisas, porque o indicador montado na superfície de água não tinha força bastante para movimentas essa maquinaria extra.
Como você construiria um relógio de água?

A pergunta sem resposta
Llewellen M.K. Boelter foi um pedagogo, nasceu em 1898 em uma fazenda do estado de Minnesota nos Estados Unidos. Ele se formou em Berkeley e ficou sócio de uma faculdade. Foi lá que ele desenvolveu seu método sobre como ensinar.
O método dele era simples: Ele entrava diretamente na mente do estudante. Ele afirmava que os estudantes deveriam ir à pergunta sem resposta, atacar o próprio desconhecimento deles.
A pergunta sem resposta era a única mestra absoluta, e ele tinha certeza que ao enfrentar as perguntas os estudantes dele seriam conduzidos ao conhecimento.
Ele disse:
Você tem que lembrar que os produtos de sua mente podem ser usados por outras pessoas para o bem ou para o mal, e que você tem uma responsabilidade: Que eles sejam usados para o bem. Você não pode evitar esta responsabilidade A menos que você decida se tornar um escravo intelectual, que deixa outras pessoas avaliarem e julgarem por você. Você tem que aceitar a responsabilidade.

As mudanças em uma geração
Quais conhecimentos tecnológicos que não existiam nos anos sessenta? A que mudanças uma pessoa idosa se adaptou inconscientemente? Nos anos sessenta essa pessoa não tinha visto a televisão colorida, o forno de microondas, os computadores pessoais, ou até mesmo as calculadoras eletrônicas de bolso. Nós não tínhamos o videocassete, ou a televisão a cabo. Os satélites em órbita não tornavam as comunicações mais rápidas. Não havia gravadores de cassete, o que não possibilitava que as pessoas ouvissem músicas do seu gosto dentro do próprio carro.
Outras coisas quase não mudaram. Os automóveis podem estar mais confortáveis, mas eles não andam muito mais rápido.
A revolução tecnológica que aconteceu nas últimas décadas esteve mais centrada na manipulação de informações.
Dos anos trinta aos anos sessenta, muitos conhecimentos tecnológicos, não tão novos, alteraram a vida das pessoas. É o caso do transporte aéreo em aviões a jato, dos medicamentos e da odontologia que deixou a idade da pedra.
Se retornarmos mais uma geração, perceberemos verdadeiras mudanças, porque as pessoas viviam sem telefones, automóveis, rádios, aviões, luzes elétricas, ou energia elétrica. As tecnologias principais que entraram em uso no começo deste século envolveram fontes de energia.

A canoa dos índios americanos
As invenções realmente inteligentes nunca se afastam muito da sua forma original, passam por mudanças até ter êxito ou desaparecem. De vez em quando uma idéia nova parece não funcionar, as pessoas fazem mudanças até que o invento se ajuste perfeitamente aos seus propósitos, dai em diante nada mais pode ser mudado. Isso foi o que aconteceu com as canoas índias.
Hoje em dia a maioria das canoas são feitas de alumínio ou fibra de vidro, mas elas ainda são cópias idênticas da canoa de madeira dos antigos índios.
Os historiadores sabem pouco sobre a origem da canoa índia, porque os índios não mantiveram registros escritos. As canoas deles eram totalmente biodegradáveis, assim não existe uma arqueologia sobre o assunto. Tudo existe são alguns registros escassos fornecidos por exploradores europeus depois do século dezesseis. O que podemos afirmar é que as canoas foram aperfeiçoadas a muito tempo atrás e que nos séculos seguintes não sofreram alterações.
O formato hidrodinâmico das canoas é perfeito e tem muita coisa em comum com o navio Viquingue A maioria das canoas índias eram pequena, leves e rápidas. Eles levavam poucas pessoas pelos rios e lagos.
A canoa índia era uma dura armação de madeira revestida com pele, às vezes calafetada com goma. As técnicas de coser, ligar, esculpir e preparar os materiais eram sofisticadas. O estilo variava de uma tribo para outra, de acordo com as condições locais.
O ser humano às vezes desenvolve um tipo de tecnologia que parece ter atingido a perfeição funcional. Uma mudança adicional tem que vir além da nossa imaginação.
Os índios latino americanos usavam canoas? Como elas eram, ou são atualmente?

O que é razoável?
Na ciência precisamos aprender a conviver com a surpresa.
Por exemplo: Quando construímos uma encruzilhada entre rodovias de muito tráfego. Nós certamente esperamos que a encruzilhada aumente as opções para o motorista e dê mais velocidade ao tráfego. Mas pode acontecer que o aumento de velocidade nas estradas gere maiores engarrafamentos nas entradas das cidades.
O bom senso nem sempre nos conduz a uma boa solução. Os tecnólogos e cientistas são levados a pensar abstratamente Isso porque a natureza do processo criativo pode nos levar onde nós não esperávamos ir. A descoberta nos permite ver coisas que a visão direta não revela.
O fato simples é que se o que nós aprendemos for o que nós esperamos aprender, então nós não aprendemos nada.
É a surpresa - a expectativa que envolve uma idéia - que estimula o trabalho na ciência, na tecnologia e na invenção.

As árvores e as cidades
Uma árvore tem que manter suas folhas - seu coletor solar - uniformemente espaçadas. As folhas precisam se mostrar ao sol sem que os ramos caiam devido ao seu próprio peso. Uma árvore minimiza seu peso subdividindo seu talo - dividido em dois, inúmeras vezes - até terminar num pequeno ramo.
A natureza tem seus truques guardados. As arvores conseguem se proteger do peso da neve que cai sobre ela, do vento, etc.
As cidades, é claro, também são parte da natureza, e nós somos os agentes da natureza colaborando na sua construção. As cidades possuem casas, catedrais, rodovias, etc.
De que forma as arvores podem ser comparadas às cidades? Suponha que você seja um ser de outro galáxia que nunca esteve na Terra e nunca viu um ser humano, será que você entenderia a finalidade de uma casa, uma rodovia, ou de uma catedral.

Traçando um mapa da lua
Mapas da lua se tornaram um assunto muito difundido logo depois que ela foi vista pelos primeiros telescópios, em 1609. Galileo fez os primeiros desenhos realmente bons da lua - a luz vista em suas várias fases. Esses desenhos poderiam ser chamados de mapas. Ele fez estimativas topográficas até mesmo estimou a altura de montanhas baseando-se no comprimento das sombras.
O telescópio evoluiu rapidamente. Em 1747 Johannes de de Hevelius Danzig produziu um bom mapa. Não só mostrou todas as principais características, mas também levou em conta de algo que muitos de nós poderiam não perceber hoje: embora a lua esteja em rotação sincronizada com a terra, e nos mostra só um lado, seu eixo de rotação não fica paralelo com nosso. Nós conseguimos ver um pouco da parte de cima e uma parte debaixo. Nós na verdade conseguimos ver daqui da Terra 59 por cento da superfície da lua.
Quatro anos depois de Hevelius, um Jesuíta chamado Riccioli fez um mapa e nomeou muitos dos nomes que nós usamos hoje para a superfície lunar. Ele acreditava que as regiões escuras da superfície lunar fossem oceanos. Então nos deu estes bonitos nomes: Mar da Tranqüilidade, Mar da Serenidade, Mar da Fertilidade, e Mar das Tempestades.
Robert Hooke finalmente percebeu que os águas não eram águas. Elas eram regiões arenosas que refletiram menos luz.
Durante os trezentos anos seguintes a cartografia da lua teve muitas melhorias. Só aqueles 41 por cento da superfície, não visíveis aos nossos olhos, desafiavam a imaginação humana. Esse lado só foi desvendado em outubro de 1959 por um satélite russo não tripulado.
Proposta: Construir um mapa da lua desatacando suas principais características geográficas.

O chifre francês
O chifre de francês é um termo usado para designar um instrumento sonoro de caça, longo e curvado, como um rolo.
Os chifres de animais se transformaram em muitos instrumentos de sopro, antes de 1600, mas a maioria deles eram tubos diretos, usados para um fim.
Os chifres eram considerados muito cumpridos pelos caçadores e soldados do exercito, então os "fabricantes de chifres" começaram a dobrar esses instrumentos para que ficassem mais compactos.
Em pouco tempo os chifres longos apareceram completamente enrolados. As formas variavam muito. Ao mesmo tempo os instrumentos das orquestras assumiram uma profusão de formas. Alguns se tornaram um pesadelo para os fabricantes.
A música, como os instrumentos, sofreram uma grande mudança durante a Revolução Industrial. As válvulas, como nas máquinas a vapor, foram adaptadas aos instrumentos para produzirem novos sons.
Proposta: Fazer uma pesquisa sobre instrumentos sonoros antigos, suas formas e transformações nos últimos séculos.

Um segundo a mais
Você provavelmente não sentiu a diferença, mas 1987 teve um segundo a mais que 1986. Nós acrescentamos um segundo a 1987 porque a terra tinha reduzido a sua velocidade no ano anterior.
Desde 1972 nos já adicionamos 17 segundos aos anos.
Suponha que a Terra mantenha essa tendência, de reduzir sua velocidade de translação ao longo dos anos futuros, quais seriam, na sua opinião as conseqüências para o planeta em que vivemos?

O real e a imitação
Um professor de história da música perguntou em certa ocasião: Por que eu devo ir ao concerto amanhã? Eu tenho três gravações do programa. Eu poço ouvir qualquer uma delas na hora e dia que quiser. Os músicos que ouviram esta afirmação ficaram enfurecidos.
A pergunta do professor nos leva a pensar na tecnologia moderna. Onde termina o que é real e onde se inicia a imitação? A música que você ouve numa estação de radio é real ou é uma imitação?
Essa pergunta era mais explícita no dias em que se iniciou o uso da fotografia.
No princípio a finalidade da fotografia oscilou entre a documentação e um novo meio de arte. Nós achamos cenas da Bíblia, mitologia, quadros que tentam fotografar fantasmas.
Atualmente a fotografia passou os limites da imitação. Se tornou uma forma nova de ver a realidade.
Nós hoje estamos tão inseridos em produtos sintéticos e experiências sintéticas que deixamos de perceber a diferença. Os prazeres táteis da música, do futebol, tornaram-se uma experiência sintética. Muitos parecem mais ricos na televisão do que são na realidade.
A imagem pode estar tão divorciada da realidade que a imagem real pode se tornar uma imagem nova para a nossa idade.
Qual a diferença de se assistir um show ao vivo ou vê-lo na televisão? Até onde a tecnologia da imagem nos ajuda e a partir de que ponto ela nos prejudica?

Bombas de sucção
Qual foi o artigo de provisão mais importante a bordo de um navio de navegação no século XV? Era a vela? Os mastros excedentes? A comida? A água? Alguns historiadores afirmam que uma bomba de sucção eficiente era mais importante que todo o resto.
Imagine que você esteja velejando a milhares de quilômetros da costa e descubra uma rachadura no casco do seu navio abaixo da linha de água. Imagine que a água do oceano vaze para dentro num fluxo maior do que aquele que você consegue escoar.
Os livros de história afirmam que as bomba de sucção substituíram os baldes 60 anos antes de Colombo. As primeiras bombas de sucção eram bem simples: tubos longos com uma válvula presa a uma vareta. Você puxava e trazia a água para cima. Quando descia, a válvula deixava a água passar, mas fechava quando trazida para cima. Um trabalhador empurrava a vareta para cima e para baixo, e água fluía continuamente para cima.
A bomba de sucção foi uma invenção simples, mas de grande importância pois permitiu que as viagens pudessem alcançar lugares mais distantes.
Proposta: Descubra como funciona uma bomba de sucção simples e faça um desenho dessa bomba.

Nossas máquinas refletem os seres vivos
Nós fizemos os primeiros tratores com o cavalo em mente. Os computadores copiam as mais baixas funções do nosso próprio cérebro. Nós inventamos o avião pensando nos pássaros. Essa atitude dá às nossas máquinas uma certa intimidade conosco, mas também limita o que elas podem fazer.
Quando os desenhistas fizeram os primeiros robôs, eles tiveram que desaprender o que eles sabiam sobre os próprios braços. O movimento das juntas das máquinas não precisavam ser limitados como são nossos cotovelos e joelhos.
Olhe para o avião: Inicialmente tentamos voar copiando pássaros. Essa atitude nos manteve por muito tempo no chão.
Nós também não temos submarinos que nadam como peixes, veículos que se movem como animais, ou computadores que pensam como humanos. O motivo é que a natureza faz as coisas de uma forma muito complexa e difícil de copiar.
Proposta: Tente comparar através de imagens as máquinas e os animais. Procure mostrar as semelhanças e diferenças.

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