Arte e ciência

 

 

Meus versos vão a ti tão desarmados,
no entanto atingem-te como estiletes,
como balas de fuzis e canivetes,
como facões por astros derramados.

Meus versos vão a ti qual marionetes,
desejam ser por ti direcionados,
tão mansos vão, porém interpretados
por tua razão se tornam alfinetes.

Tu me demonstras que eles muito ferem,
que aborrecer-te apenas é o que querem,
no entanto os mando com tão grande amor!

Perdoa-me escreve-los e os mandar-te ...
Tu és ciência e eu tão somente arte ...
És pés na terra ... E eu, vôo de condor ...

 

 

Fernanda Kato

 

 

 

 

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