Esperança
Se a ilusão da minh'alma
foi a mentira precipitada da vida,
se por sonhos e amor
a um homem
sacrifiquei meu porvir
e por ele fui induzida.
Se minh'alma foi consumida
pela agonia em forma
de lágrima entrelaçada,
se meu último reduto
foi a insensatez do pranto,
agora te peço...
Não me abomines, nem me odeies!
Não me conduza à loucura!
Eu ainda te amo!
Te amo feito anjos e céu,
mar e gaivotas,
flor e colibri.
Eu te amo
como a noite
ama seus amantes,
como os sonhos
invadem o sono,
como o mistério
necessita da noite,
como a esperança
brilha com as estrelas,
assim te amo!
Como insana
consumida
pelo mal
que desmedidamente,
suga o bem
sem temor,
sem rancor,
com langor
em nome do
AMOR!
Nanda Kato
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